Ministério do Esporte Consagração verde e amarela
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Consagração verde e amarela

Os Jogos Sul-Americanos reservaram uma festa completa para o esporte brasileiro. Depois de seis edições com hegemonia argentina, o Brasil se consolidou como força maior do continente ao garantir um inédito primeiro lugar no quadro geral de medalhas da competição, com 146 de ouro, 94 de prata e 89 de bronze. O número total de medalhas (329) é recorde na história do evento, superando a marca da Argentina (272), em Rosário-1982. A quantidade de ouros também é inédita, com 32 a mais do que os argentinos conseguiram há 20 anos. E ainda, 39 anos depois de sediar uma competição internacional deste tipo (o Pan-Americano de 1963, em São Paulo), o Brasil foi responsável por uma organização nunca vista nos Jogos, dando um passo importante para realizar o sonho de receber o Pan-Americano de 2007 e até os Jogos Olímpicos de 2012. - Esses Jogos foram os melhores da história da América do Sul. Parabenizo o Brasil. Estive nas quatro sedes (Rio, São Paulo, Belém e Curitiba) e vi que tudo funcionou muito bem - afirmou ontem, na cerimônia de encerramento dos Jogos, o presidente da Organização Desportiva Sul-Americana (Odesur), o argentino Antonio Rodríguez. Um golpe na crise do esporte brasileiro Nos 11 dias de provas, o Brasil sequer foi ameaçado pelo segundo lugar geral, a Venezuela, que terminou com 95 medalhas de ouro, 68 de prata e 66 de bronze. A supremacia brasileira pôde ser notada, por exemplo, no atletismo e na natação, modalidades em que o país conquistou, respectivamente, 32 e 21 medalhas de ouro. Os bons ventos trazidos pelos Jogos Sul-Americanos coincidem com o momento de crise financeira vivido pelo esporte brasileiro em geral. Embora os clubes tenham freado consideravelmente seus investimentos, a competição revelou promessas em quase todas as modalidades. Esperanças como Keila Costa, de 19 anos, que conquistou duas medalhas de ouro: no salto em distância e no salto triplo. Ou como a ex-trabalhadora rural Rosane Kirch, que levou duas medalhas de bronze no ciclismo na segunda vez que disputou uma prova de pista. Estrelas já consagradas do esporte brasileiro também brilharam. Ontem, último dia de competição, a ginasta Danielle Hipólito adicionou mais cinco medalhas de ouro e uma de prata à sua coleção. O futsal do Brasil também fez a festa ontem ao vencer a Argentina por 5 a 0 na decisão. Um desfecho perfeito para a goleada geral verde-e-amarela. Brasileira do atletismo é primeiro caso de doping No último dia dos Jogos Sul-Americanos, a comissão médica da competição anunciou o primeiro caso de doping. Foi detectada a substância proibida estanozolol no exame da brasileira Eliane Luanda Pereira, de 19 anos, medalha de ouro nos 1.500m rasos do atletismo. O resultado positivo tirou dela o ouro, que passou para a chilena Eliana Vásquez, segunda colocada na prova disputada no último dia 3. Até ser julgada, Eliana está suspensa pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). O médico de Eliana, Júlio César Alves, reconheceu que o pré-hormônio androstene pode ser convertido em estanozolol. Na lista de complementos nutricionais que Júlio César mandou à comissão médica foram listadas as seguintes substâncias: creatina (5g/dia), BCAA (5g/dia), L-Glutamina (3g/dia), Complete Works (40g/dia) e Nor-andro-stack (2 cápsulas/dia). Segundo o médico, o objetivo era "melhorar o aspecto físico e o rendimento técnico" da atleta. Eliane cruzou a linha de chegada em primeiro lugar com o tempo de 4m33s19, mais de seis segundos à frente de Eliana Vasquez. Daniele Hypólito brilha com cinco medalhas de ouro Maria Tereza Boccardi CURITIBA. Daniele Hypólito encerrou a sua participação nos Jogos Sul-Americanos confirmando a condição de melhor ginasta do continente com a conquista de cinco medalhas de ouro e uma de prata. A Pequena Notável terminou como a atleta brasileira com o maior número de vitórias nesta edição dos Jogos. Só ontem, Daniele levou três dos quatro ouros disputados, em Curitiba. Ela obteve o primeiro lugar no solo, na trave e na mesa de salto, consagrando-se como o maior destaque brasileiro. Com excelente preparo físico, a ginasta tirou nota 9,5 na apresentação de solo, que arrancou aplausos da platéia. Na trave ganhou nota 9,125 e no salto obteve 9,037. As outras medalhas de ouro foram conquistadas nas provas por equipes e individual geral. Ao final, a ginasta brincava orgulhosa com o peso das seis medalhas no pescoço. - Foi ótimo conseguir tantas vitórias. As medalhas estavam programadas, mas mesmo assim tive que treinar muito. Meu objetivo agora são as Olimpíadas - disse ela. Com esse projeto e empolgada com as excelentes condições de treinamento na Universidade do Esporte de Curitiba, centro de excelência da ginástica artística, Daniele anunciou ontem a sua intenção de passar a treinar permanentemente na capital paranaense. - Por que me mudar para Curitiba? Pelo conjunto da seleção e pela nossa grande chance de medalha nas Olimpíadas ao treinar com um técnico (referindo-se ao ucraniano Oleg Ostapenko) que já fez quatro campeões olímpicos- justificou a atleta. Técnico da seleção elogia a mudança de cidade Das dez ginastas que integram a seleção brasileira permanente mantida pela confederação, Daniele é a única que ainda não mora em Curitiba. A atleta treina no Flamengo, clube pelo qual foi revelada e onde era comandada pela técnica Georgette Vidor. O técnico ucraniano considerou que a união dela ao restante da seleção é o último ponto que falta para o Brasil buscar uma medalha olímpica na ginástica nos Jogos de Atenas, em 2004. - Ela é uma atleta que pode evoluir e ganhar uma medalha para o Brasil em Atenas - disse Oleg. A presidente do comitê técnico da organização, Eliane Martins, também ressaltou o bom trabalho técnico feito pelos ucranianos. - Em apenas três dias, a Daniele aprendeu um salto novo que vale mais pontos. Isto sem desmerecer os nossos técnicos, mas temos muito a aprender com os ucranianos. A única condição imposta por Daniele foi para que seu treinador, Ricardo Pereira, pudesse estar junto. Apesar de não ter confirmado a data em que poderá se mudar para Curitiba, o pedido da atleta foi atendido e a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) confirmou a contratação de Ricardo Pereira. - Era uma chance que ele merecia e que foi dada a ele. Mas agora tenho que conversar com os meus patrocinadores, empresários e isso leva um tempo - justificou Daniele, a maior ginasta brasileira de todos os tempos. O dia só não foi perfeito para a Pequena Notável porque, na prova de barras assimétricas, ela ficou com a medalha de prata. O ouro foi conquistado pela curitibana Ana Paula Rodrigues, de 14 anos, a única que quebrou a série de vitórias de Daniele ontem. - A Daniele é meu ídolo, é superboa e ganhar dela é superbom - admitiu Ana Paula, com orgulho. Nos dois dias de disputa feminina da ginástica olímpica, o Brasil ficou com seis ouros e uma prata. No masculino, o brasileiro Mosiah Rodrigues levou o ouro no cavalo e Danilo Nogueira, a prata na argola. Já Victor Rosa ganhou dois bronzes: na barra e no solo. Na ginástica rítmica, Larissa Barata foi o maior destaque do Brasil. Ela conquistou quatro medalhas de ouro (individual geral, por equipes, na maça e na bola). - Não esperava um resultado tão bom - disse Larrisa, que tem apenas 15 anos.
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