Ministério do Esporte Eles ouvem o coração para acertar na mosca
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Eles ouvem o coração para acertar na mosca

Ricardo Westin RESENDE (RJ). O alvo é pequeno e está longe. Mas para acertá-lo é preciso mais que técnica e condição física. Antes de tudo, os atletas precisam estar atentos ao coração nas competições de tiro esportivo. Na tentativa de alcançar o tiro certeiro, eles só apertam o gatilho entre um batimento do coração e outro. O tiro esportivo é uma das 26 modalidades dos Jogos Sul-Americanos. As provas do esporte terminam hoje na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende (RJ). Nas disputas de ontem, os brasileiros ficaram com duas medalhas de prata. Como é um esporte em que a precisão é fundamental, o mínimo movimento pode ser decisivo. - Você tem que atirar entre um pulo e outro do coração para que o mínimo de vibração chegue às mãos - explica o brasileiro Antônio Batelli, que ganhou a medalha de bronze nas provas de carabina de ar comprimido por equipe. Atletas recorrem a droga que retarda os batimentos O problema é que o batimento cardíaco é involuntário. E quanto mais nervoso está o atleta - principalmente em disputas decisivas - mais rapidamente seu coração pulsa, não deixando aquele intervalo ideal para o tiro. - Por isso que é nos testes que saem os melhores tiros - conta Batelli. Para driblar esse problema e evitar que as mãos tremam, o atirador sempre respira fundo antes de atirar. Batelli chegou até a fazer auto-hipnose. Dessa forma, os batimentos cardíacos ficam mais lentos. Mas nem sempre os atletas estão dispostos a passar por treinamentos psicológicos. Nesses casos, muitos acabam recorrendo aos betabloqueadores, indicados para o tratamento da hipertensão arterial, mas considerado doping no esporte. Seu principal efeito é manter constante o ritmo cardíaco, independentemente do estado emocional. Major-atleta conquista a medalha de prata - O betabloqueador aumenta o intervalo entre as batidas do coração. Quem usa chega a ter um rendimento até 20% maior - explica o especialista em medicina esportiva Eduardo de Rose, membro da comissão médica do Comitê Olímpico Internacional. A atiradora Renata Damy Castro afirma que o uso de betabloqueadores não é tão comum quanto era no passado. Nestes Jogos, por exemplo, são chamados para fazer exame antidoping os dois primeiros colocados de cada prova, além de um atleta sorteado. - Dá para perceber quando o atirador usou um betabloqueador reparando na ponta da arma dele. Os movimentos ficam pouco perceptíveis. E isso não é normal - conta Renata, que conquistou a medalha de prata nas provas de pistola de ar comprimido para mulheres por equipe. Segundo o médico Newton Camargo, coordenador da comissão antidoping nas competições de tiro esportivo, os resultados dos exames saem em 24 horas. Portanto, um atleta vitorioso pode perder a medalha se for constatado o doping. Por ora, nenhum caso foi registrado nestes Jogos. Atiradores reclamam das dificuldades no Brasil Ontem, no penúltimo dia de competições na Aman, a Argentina foi soberana e ganhou todas as seis medalhas de ouro em disputa. O Brasil ficou com duas medalhas de prata, ambas conquistadas por Fernando Cardoso Júnior, no tiro rápido 25m para homens individual, e, ao lado de Ricardo Miguel Santos, no tiro rápido por equipes. O major Fernando Cardoso é instrutor-chefe do estande de tiros da Aman e teve que se dividir entre sua preparação para os Jogos e a organização da competição. Foi o tiro esportivo que deu as primeiras medalhas para o Brasil na história dos Jogos Olímpicos. O ouro, a prata e o bronze de estréia foram conquistados nas Olimpíadas de Antuérpia, na Bélgica, em 1920. O país não se classificou no esporte, em Sydney-2000. Os atiradores reclamam das dificuldades que enfrentam no país. O principal problema é o custo. As armas e a munição, que muitas vezes precisam ser importadas, são caras. Pela falta de patrocínio, os atletas não podem dedicar-se integralmente à modalidade. - Além disso, ainda existe nos brasileiros a mentalidade que liga o tiro esportivo à criminalidade - lamenta o medalhista de prata Ricardo Miguel Santos. Ouro reluz nos pódios brasileiros O dia de ontem foi dourado para o Brasil nos Jogos Sul-Americanos. O país ganhou sete medalhas de ouro na natação, três no caratê, duas no taekwondo e uma no handebol feminino. Ninguém brilhou tanto quanto a natação. Em Belém, Marcelle Lopes venceu os 200m peito, com 2m36s92. Nos 100m borboleta masculino, Wesley Mancio conquistou o ouro (56s66) e Anderson Antônio ficou com o bronze (57s60). Mais uma dupla brasileira subiu ao pódio nos 200m medley masculino, com Lucas Salatta (2m07s45) conquistando o ouro e Alan Nagaoka (2m09s14), o bronze. Outra vitória foi nos 200m feminino, com Ana Carolina Muniz (2m05s51). Nos 200m borboleta, Bárbara Jatobá ganhou, com 2m21s80, e Ivi Monteiro levou bronze (2m22s03). Houve dobradinha nos 50m livre: Rodrigo Oliveira (ouro, com 24s00) e Antônio Paz (prata, 24s02). E no 4x100m feminino, vitória da equipe brasileira: 3m55s02. No caratê, em São Paulo, ouro no kumite masculino e no kata feminino por equipes. A outra medalha dourada foi no kata, com Cíntia Lassalbia. No Rio, no taekwondo, Carlos Costa foi campeão na light masculino (72kg) e Nathalia Falavigna, na middle feminino (72kg). Na final do handebol feminino, em São Bernardo (SP), o Brasil bateu a Argentina por 26 a 13.
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