Ministério do Esporte Medalhas para a superação
Ir para conteúdo 1 Ir para menu 2 Ir para a busca 3 Ir para o rodapé 4 Página Inicial Mapa do Site Ouvidoria Acessibilidade MAPA DO SITE ALTO CONTRASTE ACESSIBILIDADE

|   Ouvidoria   |

 
Conheça os principais programas e ações da Secretaria Especial do Esporte.
Videorreportagens, textos e fotos mostram como os projetos são colocados em prática e os resultados alcançados em todo o país.

Informações:  (61) 3217-1875E-mail:O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

                          

Medalhas para a superação

Lúcio de Castro Talvez não combinasse muito com o clima de um ginásio lotado para uma competição de judô. Mas bem que Flávio Canto e Sebástian Pereira poderiam ter adentrado o dojô do Tijuca para defender o Brasil nos Jogos Sul-Americanos, no fim de semana, ao som dos famosos versos de Paulo Vanzolini em Volta por Cima. "Um homem de moral não fica no chão...Reconhece a queda e não desanima. Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima" teria sido a trilha exata e justa para duas grandes histórias de superação. Flávio arrasou seus adversários na categoria meio-médio, no sábado, e garantiu ouro para o Brasil. Sebástian Pereira fez o mesmo ontem, entre os leves. Depois de conhecerem o fundo do poço no esporte, os dois estão de volta, liderando o ranking nacional em suas categorias, campeões sul-americanos e esperanças verde e amarelas para os Jogos Olímpicos de Atenas em 2004. De cabeça erguida, depois de levantarem, sacudirem a poeira e darem a volta por cima. A queda foi em 2000. Eram nomes mais do que cotados para a disputa de medalhas em Sydney mas acabaram fora das Olimpíadas na seletiva. Viajaram para a Austrália na condição de reservas, auxiliando os titulares nos treinamentos. Brasil mantém o domínio nos Jogos O mundo caiu para os dois. Parecia o fim de duas carreiras que surgiram brilhantes nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996. - Foi muito duro. Projetava um monte de coisas. Mas cometemos o erro de pensarmos primeiro nas Olimpíadas. Antes era preciso estar concentrado e treinando para a seletiva. Perdemos a vaga. Foi uma dor muito grande. Deu vontade de parar, desistir quando fiquei fora em Sydney. Não tinha mais vontade de nada. Na verdade, já tinha ido embora do judô. Foi Deus que me trouxe de novo - conta Flávio Canto. A dor de Sebástian foi parecida. - Foi muito duro o que passamos. Sonhamos muito com o título olímpico e veio aquele baque. Fomos ao fundo do poço, doeu muito. Procurei até auxílio de uma psicóloga para me recuperar. A cabeça mandava parar, mas o coração não. Segui o coração, e agora vejo que segui certo - diz Sebástian. Verdade. Tanto com Sebástian Pereira quanto com Flávio Canto. O esporte brasileiro agradece. Ontem, o Brasil conquistou quatro medalhas de ouro no último dia de disputas do judô. Tânia Ferreira (contra a equatoriana Diana Villavicencio, na leve), Viviane Ferreira (diante da equatoriana Carmem Chalá, no absoluto), Sebástian Pereira (diante do argentino Rodrigo Lucenti, leve) e Daniel Hernandes (final com o chileno Gabriel Lama, absoluto) venceram suas lutas por ippon. A competição do judô acabou com o Brasil em primeiro lugar, com 14 medalhas de ouro e 3 de prata. O Equador ficou em segundo, com duas de ouro, 4 de prata e 4 de bronze; e a Argentina em terceiro, com 1 ouro, 5 pratas e 3 bronzes. No quadro geral dos Jogos, o Brasil tem 133 medalhas (59 ouro, 39 de prata e 35 bronze), seguido por Venezuela, com 114 (50 ouros, 34 pratas e 30 bronzes) e Argentina, com 92 (24 ouros, 34 pratas e 34 bronzes). Brasil brilha no nado sincronizado Ismael Machado BELÉM. Com a torcida recorde de 3 mil pessoas, a equipe brasileira de nado sincronizado venceu a competição de ponta a ponta, em Belém. Na prova de figuras, disputada no sábado, o país conquistou as três medalhas. Caroline Hildebrandt venceu a prova com 77.198. A medalha de prata ficou com Lara Teixeira (76.498) e a de bronze foi conquistada por Carmen Lúcia de Moraes (75.297). O bom desempenho continuou na disputa de solo. Caroline Hildebrandt ficou com a medalha de ouro, seguida de Julieta Díaz, da Argentina, e Luciana García, do Uruguai. A dupla Carmen Lúcia/Lara Teixeira também deu o ouro ao Brasil no dueto, com 81.448. A medalha de prata foi para a Argentina e a de bronze, para o Uruguai. Hoje, ainda na capital paraense, começam as disputas de boxe. A expectativa é que os 12 lutadores do Brasil conquistem medalhas, já que é considerada uma das melhores fases do boxe amador brasileiro dos últimos anos. Argentina, Colômbia e Venezuela são os principais adversários. Amanhã começam as competições de natação. O Brasil, que conta com 23 atletas de até 18 anos, também é favorito. O principal destaque é Lucas Salatta, de apenas 15 anos, que já acumula várias medalhas no currículo. A vovó não perde uma regata Ricardo Westin Todos os dias uma simpática senhora, de 67 anos, vai ao Iate Clube do Rio acompanhar as regatas de vela dos Jogos Sul-Americanos. Ao meio-dia, quando é dado o sinal para que os competidores levem seus iates para as raias, a aposentada Aline Teixeira procura carona em algum barco até o meio da Baía de Guanabara. Tanto interesse pelo esporte tem motivo: um dos atletas que representam o Brasil é Filipe Novello, seu ídolo. E único neto. - Vou em bote, em rebocador, no barco da imprensa, onde eu puder - explica Aline, sempre com um casaco nas costas para se proteger dos respingos das ondas. A avó já viajou aos Estados Unidos só para torcer Filipe tem 18 anos e divide o barco da classe snipe com o tarimbado Ivan Pimentel desde janeiro. Ele veleja desde os oito anos e teve na avó a maior incentivadora. Quando precisava, ela levava o barco para as competições. A idolatria é tanta que Aline viajou por conta própria para torcer por ele num torneio nos Estados Unidos. Ainda hoje, ela é mais conhecida no Iate Clube como "avó", desde a época em que acompanhava Filipe nas aulas de vela. - Ele é um garoto esforçado. É um prêmio ser avó do Filipe - derrete-se. O jovem velejador, que nestes Jogos compete de igual para igual com os melhores atletas da América do Sul, tem no currículo o primeiro lugar nos campeonatos de snipe brasileiro, do leste brasileiro e do hemisfério ocidental, entre outros. A orgulhosa avó ainda faz questão de contar que Filipe estuda italiano, fala inglês fluentemente e quer cursar biomedicina. Tímido e de poucas palavras, o velejador prefere não ser o centro das atenções. - Já pedi várias vezes que ela não tirasse fotografia quando eu estou competindo. Mas não adianta. Às vezes brigamos por causa disso. Ivan, o timoneiro de Filipe, é um dos velejadores mais experientes do país. Aos 63 anos, ele foi escolhido para ser o treinador da equipe permanente de vela. Também é conhecido pelo temperamento. - Esse guri (Filipe) deve estar sofrendo. O Ivan é bravo até quando está ganhando - ri o gaúcho Alexandre Paradeda, que, faltando dois dias de regatas, lidera na classe snipe ao lado de Flávio Fernandes; Ivan e Filipe estão em quarto.
{audio}{/audio}

Desenvolvido com o CMS de código aberto Joomla