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Grandes momentos de 2013: Arthur Zanetti
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- Publicado em Sexta, 22 Novembro 2013 15:48
O ano de 2013 do ginasta Arthur Zanetti, antes da medalha de ouro nas argolas no Mundial de Ginástica Artística, disputado na Antuérpia, na Bélgica, entre 30 de setembro e 6 de outubro, teve alguns “pequenos grandes momentos”, se seus resultados forem comparados ao que ele conquistou nos Jogos Olímpicos de Londres-2012, onde foi ouro nas argolas, e no próprio Mundial.
O ginasta brasileiro venceu, nas argolas, duas etapas da Copa do Mundo de Ginástica Artística, disputadas em Doha, no Catar (em março), e em Anadia, em Portugal (em junho). Depois, foi bicampeão do aparelho na Universíade de Kazã, na Rússia (em julho). E foi com esses títulos na bagagem e com a confiança em alta que ele seguiu para a Antuérpia, onde brilhou no Mundial.
Esses “pequenos grandes momentos” fizeram parte do planejamento que Arthur Zanetti e seu técnico, Marcos Goto, traçaram. E foram fundamentais no que diz respeito à confiança necessária para que o campeão olímpico pudesse conquistar também o título de campeão mundial logo na temporada pós-Jogos Olímpicos, que sempre chega carregada de grande pressão por resultados para quem brilhou nos Jogos.
“Para mim, 2013 foi excelente. Ganhei as etapas que competi da Copa do Mundo, que faziam parte da base de preparação para o Mundial. E ainda a Universíade, que também me serviu de preparação. Com os bons resultados, fui ganhando confiança”, explica Zanetti. “Tinha uma série nova, que apresentei na etapa de Portugal, mas acabamos optando por não fazer no Mundial porque o desgaste seria muito grande. Ela é muito cansativa e não valeria a pena para a nota. Não daria muito mais que a série antiga”, revela o ginasta.
Marcos e Arthur apresentaram, em Anadia, o novo elemento, que recebeu classificação “E” no grau de dificuldade (0,500 na nota). Depois de se pedir revisão à Federação Internacional de Ginástica (FIG), o movimento, que passará a ser denominado Zanetti, teve a nota revista para “F” (0,600, o máximo a ser acrescentado na nota) já para o Mundial da Antuérpia. No movimento, o ginasta fica com o corpo na horizontal, paralelo ao chão, com os braços abertos. Primeiro, os braços estão acima do corpo e, na sequência, abaixo. Levantar o corpo dessa maneira exige muita força.
A diferença final
Decidido que o elemento não seria incluído na série do Mundial na Antuérpia, Zanetti se concentrou na aterrissagem. “È o que diferencia a série. Treinamos muito mesmo e ganhei confiança.”
Outro reforço importante foi o trabalho que Arthur Zanetti fez em 2013 com a psicóloga Maria Cristina Nunes Miguel. Isso foi determinante para fortalecimento do aspecto emocional nas competições. “Este ano pós-olímpico foi de muita pressão e cobrança”, conta Zanetti, que treina no SESC Santa Maria, em São Caetano, São Paulo. “Trabalhamos para que isso não interferisse. É a gente mesmo que tem de se cobrar”, ensina.
Depois de se tornar campeão olímpico, tudo o que Arthur Zanetti queria era o título mundial. “O ano foi muito bom. Eu queria ganhar o ouro no Mundial. Era um sonho e foi um grande momento”, comemora. “Mas senti alívio também. Cheguei ao Mundial com mais pressão do que em Londres. Por isso, foi um pouquinho mais difícil do que os Jogos Olímpicos. Realmente senti alívio depois do ouro no Mundial. Agora estou mais tranqüilo, pensando no único título que ainda me falta, que é dos Jogos Pan-Americanos (os próximos serão em Toronto 2015)”, adianta Zanetti.
“O esporte brasileiro teve muitos grandes momentos em 2013. A gente acompanha. A natação teve um grande ano, o judô... E o atletismo também, apesar de não ter conseguido medalha (no Mundial de Moscou). Todo mundo só fala em medalha, mas a gente, como atleta, entende que não é bem assim”, ressalta.
Para 2014, Zanetti tem na agenda os Jogos Sul-Americanos (em Santiago, no Chile, em março) e também o Mundial de Nanning, de 3 a 12 de outubro. Esse Mundial, na China, terá competições por equipes, o que não ocorre em anos pós-olímpicos, como o de 2013.
Denise Mirás
Ascom – Ministério do Esporte
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