Ministério do Esporte Rio Grande do Norte comemora chegada de novos equipamentos de taekwondo
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Rio Grande do Norte comemora chegada de novos equipamentos de taekwondo

Coletes eletrônicos, protetores de cabeça, placas de tatame, equipamentos para sistema de placar e vídeos, como conjuntos de transmissores, telas em LED, laptops e radiotransmissores já são parte do mais novo acervo de materiais esportivos da Federação Potiguar de Taekwondo, agora ao alcance dos atletas da modalidade no Rio Grande do Norte.

O Ministério do Esporte e a Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD), parceiros em programa que beneficia a modalidade em 15 estados brasileiros, promoveram a entrega oficial do kit de materiais durante a Copa das Federações, realizada no Ginásio Nélio Dias, em Natal, entre a última sexta-feira (30.05) e esta segunda-feira (02.06).

A competição nacional, que reúne alguns dos atletas brasileiros expoentes no taekwondo e outros tantos que brigam pelo destaque na modalidade, contou com a retaguarda dos novos equipamentos, que garantiram ainda mais brilho às disputas nas categorias cadetes, juvenil, sub-21, adulto e máster.

O paraibano Edival Marques, de 17 anos, campeão mundial juvenil neste ano, em Taiwan, e campeão Sul-Americano em 2013; a paulista Milena Titoneli Guimarães, 15 anos, medalha de bronze no Pré-Olímpico da Juventude (ambos conquistaram recentemente vagas para os Jogos Olímpicos da Juventude, em agosto, na China) e o potiguar Paulo Ricardo Souza de Melo, 17 anos, primeiro no ranking nacional na categoria júnior masculino (até 48 kg), comemoraram a iniciativa.

De acordo com eles, a chegada dos novos equipamentos significa uma evolução importante para o desenvolvimento do esporte no Brasil, possibilitando a padronização e equiparação na qualidade das disputas em casa e fora do país, assim como confiabilidade nos resultados. “Antes, não tínhamos videorreplays e coletes eletrônicos para ajudar e facilitar o trabalho da arbitragem”, lembrou Edival, que treina desde os 6 anos de idade. Hoje, vemos quatro tatames para as disputas neste campeonato (Copa das Federações). Acho que o taekwondo vem mudando bastante. É muito importante ter cada vez mais investimentos, inclusive nas categorias de base”, completou o lutador, que nos treinos se reveza entre Brasília e a Paraíba.

Milena, que treina há apenas dois anos, diz que o uso de transmissores e, principalmente, do colete eletrônico eleva as disputas para um outro patamar. “Isso deixa a luta mais justa, porque mostra exatamente onde foi dado o golpe e melhora muito o trabalho da arbitragem”. Paulo Ricardo tem a mesma opinião sobre a evolução. “Acho que o taekwondo está mais equiparado. Além de estar abrindo portas para novos atletas, o esporte está mais bem equipado. Estamos evoluindo com coletes de proteção eletrônicos. Antes também eram poucos os tatames, então, o campeonato demorava mais, porque era preciso revezar as equipes”, lembrou o atleta, que é do município de Assú e treina desde os 10 anos.

Para o vice-presidente da CBTKD, José Santos, presente ao evento em Natal, os novos equipamentos que a confederação está distribuindo às federações é o resultado de uma importante parceria. “Esse é o fruto de um trabalho conjunto com o Ministério do Esporte juntando esforços para irmos ainda mais longe”, disse.

O coordenador técnico da CBTKD, Jadir Fialho, disse que o kit de materiais esportivos é um “divisor de águas” na história do taekwondo. “Antes, ficava difícil a meta de melhor posicionamento no cenário internacional porque não tínhamos equipamentos. Agora equalizou e temos uma padronização que beneficia tanto as disputas no Brasil como as internacionais. Hoje temos perspectivas bem otimistas”, comemorou.

O diretor de Esporte de Alto Rendimento Ricardo Avellar, representante do Ministério do Esporte na cerimônia de Abertura da Copa das Federações, que marcou a entrega dos novos equipamentos em Natal, compartilha da opinião de atletas e dirigentes da CBTKD sobre a necessidade de mais iniciativas para a melhoria do desempenho das modalidades no Brasil.

“Estamos dando passos importantes. Sabemos que é um processo. A oportunidade de termos os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro em 2016 deve ser estendida ao Brasil como um todo, dando melhores condições aos atletas em trabalho conjunto com as confederações, as federações e os clubes. Estamos buscando padronizar a estrutura e aumentar as possibilidades para o surgimento de novos talentos, a exemplo do taekwondo, que tem celeiro no Nordeste e vem melhorando de desempenho nas competições internacionais. O importante é elevar o patamar do esporte brasileiro”, disse Avellar.

Em Natal, Ricardo Avellar teve a oportunidade de conversar com representantes da confederação, entre eles o presidente Carlos Fernandes, e também com representantes de federações de taekwondo do Nordeste (Gilberto da Silva, de Alagoas; Francisco de Almeida Gomes, do Ceará; Tomás André de Azevedo Silva, da Paraíba: Eduardo Gonçalves, de Sergipe; e Eliezer Dantas, do Rio Grande do Norte).

Os presidentes das entidades estaduais falaram sobre projetos para difundir a modalidade nas escolas e também sobre a importância de investir mais em capacitação profissional e criar espaços para trocas entre as entidades em trabalho colaborativo para o desenvolvimento da modalidade nas diversas regiões do país.

Com apoio do Ministério do Esporte, em dois anos, entre 2011 e 2013, o taekwondo viu seu número de atletas subir de 1.612 para 3.736, o que representa crescimento de 232%. Os números são da CBTKD, que agora também tem eventos homologados por todo o País — não apenas nas regiões Sul e Sudeste.

Kit de material esportivo
O kit de material esportivo está sendo entregue para 15 estados: Santa Catarina, Pará, Goiás, Sergipe, Amazonas, Mato Grosso, Pernambuco, Amapá, Bahia, Acre, Tocantins, Roraima, Alagoas, Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul.

No total, o investimento federal foi de R$ 3 milhões. Cada kit contém, entre outros itens, 300 placas de tatame — que permitem montagem de duas áreas de luta com 100 placas cada e uma área de aquecimento com as outras 100 placas — e diversos equipamentos eletrônicos de última geração. Também há materiais de segurança para os atletas: 20 protetores de cabeça e 32 coletes eletrônicos, dos quais 20 para competir e 12 sobressalentes, para substituição em caso de danos.

Márcia Penna Firme, especial para o Brasil 2016
Ascom - Ministério do Esporte
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