Ministério entrega equipamentos de tiro com arco neste sábado em BH

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Publicado em Sexta, 06 Junho 2014 16:45

O secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento, Ricardo Leyser, estará neste sábado (07.06) em Belo Horizonte, para a 6ª Prova do Campeonato Mineiro Outdoor de Tiro com Arco de 2014 e a 1ª Etapa do Campeonato Mineiro de Iniciantes, organizados pela Federação Mineira de Arco e Flecha (FMAF). Os equipamentos das duas competições foram comprados pela Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTArco) com recursos de convênio com o Ministério do Esporte, e repassados à Federação estadual. No total, 13 estados foram contemplados com novos materiais, entre eles Minas Gerais.

Para a compra dos equipamentos, modernização de infraestrutura de locais de treinamento e preparação da seleção olímpica, que inclui viagens para treinos e competições, o Ministério repassou à Confederação cerca de R$ 2,6 milhões, entre 2012 e 2013.

Apoio federal ao ABTArco:
Objeto: Modernização da infraestrutura de equipamentos e materiais esportivos para preparação da Seleção Brasileira para os Jogos Olímpicos Rio 2016
Valor: R$ 1,2 milhão

Objeto: Modernização da infraestrutura de equipamentos e materiais para treinamentos; realização de competições e participação em disputas internacionais
Valor: R$ 950 mil

Objeto: Participação nas competições mundiais World Archery Cup Stage 1, 2, 3, 4 e final; e na World Archery Youth Championship, para preparação dos atletas para os Jogos Olímpicos Rio 2016
Valor: R$ 423 mil

Coordenador do Masterplan da Confederação, Eros Fauni explica que o objetivo maior da CBTArco é a formação de atletas. “Assim, a distribuição do material por 13 estados foi feita de acordo com o solicitado pelas Federações, seguindo a característica de cada local”.

São arcos para escola e para competição, miras, estabilizadores, dedeiras, anteparos e alvos de papelão, esteiras, flechas de treinamento e de competição, entre outros itens, que foram para Federações do Rio Grande do Sul, São Paulo, Amazonas, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Santa Catarina, Ceará, Piauí e Pernambuco.

Para a etapa do Campeonato Mineiro, são esperados 42 atletas (alguns dos destaques inscritos são Marcos Leão, Leonardo Lacerda e Daniel Xavier, Isabela Xavier, Andreia Michaelsen e Brunna Hellen Araujo); para o de Iniciantes, 28 (dez deles do Projeto Escola).

A CBTArco tem seu Centro de Treinamento em Maricá, no Rio de Janeiro, onde surgiu Marcus Vinícius D’Almeida. O garoto de 16 anos e apenas três anos no esporte já está entre os melhores do mundo – chegou a quinto no ranking da Copa do Mundo (que já teve em 2014 duas etapas das quatro agendadas, além da grande final). O arqueiro também ajudou o Brasil a aparecer em quarto lugar no ranking, depois da inédita medalha de prata conquistada pela dupla mista que ele formou com Sarah Nikitin, na etapa de Medellín, na Colômbia, em meados de maio.

Assombrando adversários de tradição
O tiro com arco brasileiro vem apresentando rápida evolução. Em 2013, quando o país participou pela primeira vez de todas as etapas da Copa do Mundo, Sarah Nikitin conseguiu o inédito oitavo lugar na prova de arco recurvo (olímpica) no Mundial de Berek, província de Antália, na Turquia (Marcus Vinícius foi 17º).

Este ano, nos Jogos Sul-Americanos de Santiago do Chile em março, Marcus Vinícius foi medalha de ouro, além de quebrar recordes sul-americanos das distâncias 70m, 50m e 30m (Daniel Rezende Xavier quebrou o de 90m). Sarah foi medalha de bronze.

Na primeira etapa da Copa do Mundo de 2014, em Xangai, Marcus Vinícius foi nono e Sarah, 33ª.
Em maio a conquista foi maior, na segunda etapa, em Medellín, na Colômbia, que recebeu 255 arqueiros de 36 países: pela primeira vez na história o Brasil passou a uma final de Copa do Mundo, nas duplas mistas, e ainda terminou com a prata de Marcus Vinícius e Sarah, que perderam apenas da dupla da Coreia do Sul (onde o tiro com arco “equivale” ao futebol), vencendo países importantes como Estados Unidos (prata olímpica masculina por equipes em Londres 2012), México (campeão pan-americano) e Canadá. Além da medalha na dupla mista, Marcus Vinícus foi quinto individual e Sarah, nono.

Em Medellín, na modalidade arco recurvo, além dos dois o Brasil teve Bernardo Oliveira, Daniel Xavier, Ane Marcelle e Marina Canetta (há seletivas para vagas a cada etapa de Copa do Mundo).

Ainda haverá as etapas de Antália, na Turquia, entre os dias 10 e 15 de junho – que, segundo Eros Fauni, equivale a um Mundial, onde comparecem todos os melhores, por sua tradição – e em Wroclaw, na Polônia, de 5 a 10 de agosto. A grande final, em Lausanne, na Suíça, de 5 a 7 de setembro, é apenas para os oito melhores de cada categoria, que viajam com despesas pagas pela Federação Internacional (World Archery).

Marcus Vinicius ainda terá os Jogos Olímpicos da Juventude, de 16 a 28 de agosto, onde representará o Brasil ao lado de Ana Clara Dias de Carvalho Machado, de 14 anos.

Renzo Ruele, técnico italiano que substitui o inglês Richard Priestman, na seleção brasileira principal, chegou nesta semana a Campinas, onde a Confederação mantém seu principal local de treiamento, no Círculo Militar (até o fim do ano, os atletas e técnicos deverão passar a treinar no Rio de Janeiro). Ele já viaja com o técnico Evandro França e os atletas para a Turquia.

“Todo esse apoio é recompensado pelos excelentes resultados que a modalidade vem obtendo”, afirma Ricardo Leyser, do Ministério do Esporte. “Nossa meta de ficar entre os dez primeiros países no quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro inclui esforço para que todas as modalidades melhorem seu desempenho, ainda que não consigam lutar por pódio. Importante é que todas busquem seu melhor resultado na história. O tiro com arco está trilhando esse caminho, e não será surpresa se nossa equipe beliscar uma medalha”, arrisca o secretário.

Outros apoios federais:

Bolsa Pódio
A Bolsa Pódio é um programa do governo federal que compõe o Plano Brasil Medalhas e garante apoio direto aos atletas contemplados, com bolsas que variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil mensais. Eles precisam estar entre os 20 melhores do ranking internacional de suas provas. Dois atletas do tiro com arco acabaram de ser contemplados: Marcus Vinícius e Sarah Nikitin.

Bolsa-Atleta
Outro patrocínio direto do governo federal é o programa Bolsa Atleta, que apoia 62 atletas do tiro com arco, nas diversas categorias de bolsa, sendo dez paraolímpicos. A soma de dinheiro para essas bolsas é de R$ 869 mil em um ano.

Lei Agnelo/Piva (loterias)
Outra fonte de apoio público ao tiro com arco são os recursos de arrecadação das loterias federais repassados pela Caixa ao Comitê Olímpico Brasileiro, que os repassa às confederações. Desde 2013, com a nova regulamentação da Lei Pelé, o repasse das loterias passou a ser considerado oficialmente recurso público. Para este ano, a previsão é que a CBTArco receba R$ 1,7 milhão.

Ascom – Ministério do Esporte
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