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Em Cuba, Brasil encerra participação em Grand Prix de judô com mais duas medalhas
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- Publicado em Segunda, 09 Junho 2014 11:18
Já no domingo (08.06), Tiago Camilo se classificou para a decisão fazendo jus ao seu apelido, rei do ippon: foram três vitórias com a pontuação máxima. O duas vezes medalhista olímpico – prata em Sidney 2000 e bronze em Pequim 2008 – começou sua caminhada no Grand Prix de Havana já nas oitavas de final, vencendo o cubano Liester Cardona. Nas quartas, vitória sobre o suíço Ciril Grossklaus. E na semifinal, vitória sobre Christophe Lambert, da Alemanha. Na decisão, contudo, Tiago não conseguiu encaixar seu melhor judô contra o georgiano Varlam Liparteliani, número um do mundo, e ficou com a prata.
Hugo Pessanha também ficou quase um ano parado por conta de uma lesão e voltou a competir no segundo semestre do ano passado. No Grand Prix de Havana, competição com um alto nível técnico, mostrou que está voltando à sua melhor forma. Na primeira luta, passou pelo sérvio Stefan Jurisic com placar completo (um yuko, um wazari e um ippon) e, na sequência, pelo húngaro Gergo Fogasy por ippon. Na semifinal, foi derrotado para Toma Nikiforov, da Bélgica, que conquistou o título da competição. Na disputa pelo bronze, uma luta dura contra o sueco Martin Pacek, 12º colocado no ranking mundial. Depois de cada um conseguir um wazari, a luta foi decidida num ippon do brasileiro em uma reversão a um golpe do adversário.
“Nós não fomos com a força máxima para a competição. Levamos alguns atletas que precisavam ganhar ritmo, corrigir alguma deficiência. O Hugo e o Tiago são exemplos de atletas que ficaram muito tempo parados e precisam competir mais. O Tiago competiu bem, fez boas lutas, derrotou adversários fortes”, analisou Ney Wilson, gestor de alto rendimento da Confederação Brasileira de Judô (CBJ).
Também no meio pesado, Renan Nunes (100kg) foi derrotado quando faltava menos de um minuto para o fim da luta pelo português Jorge Fonseca e não chegou à disputa por medalhas. Já Walter Santos (+100kg) começou vencendo o cubano Yoandry Hernandez mas perdeu na segunda luta para o georgiano Levani Matiashvili, garantindo uma vaga na repescagem. Mas não conseguiu se impor contra Adam Okruashvili, também da Geórgia, número quatro do mundo, e acabou na sétima colocação.
“Acredito que ficou faltando um ouro mas não foi nada que estivesse fora do nosso planejamento ou que nos faça mudar nossa linha de trabalho. Acho que em termos de organização, esse evento foi um marco para o continente. Gostei muito do que vi e acredito que a Federação Internacional também”, concluiu Ney Wilson.
Ascom - Ministério do Esporte