Videorreportagens, textos e fotos mostram como os projetos são colocados em prática e os resultados alcançados em todo o país.
Informações: (61) 3217-1875E-mail:O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
Treinos na "terra do judô” e esperança de pódio na China
- Detalhes
- Publicado em Sexta, 13 Junho 2014 10:31
Treinar na “terra do judô” é um sonho de Layana Lacerda Soares Colman, atleta de 17 anos que fará um estágio de dez dias no Japão (3 a 13 de agosto), ao lado de José Victor Romeu Basile e sob o comanda da técnica Danusa Shira Bittencourt, para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos da Juventude, de 16 a 28 de agosto, em Nanquim, na China.
“Estou muito feliz, muito mesmo. E ansiosa, como os outros também, só de pensar em ir treinar na terra do judô”, diz Layana, que diz também estar “treinando muito forte” para chegar ao pódio na China, depois do período de aclimatação.
Kenji Saito, gestor das equipes de base da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), diz que os dois judocas – que fazem parte do programa Bolsa-Atleta do Ministério do Esporte – são “jovens talentos” e terão uma “experiência fantástica”. Na volta, observa, certamente serão atletas mais maduros.
De olho no Leste Europeu
Saito explica que as categorias de base do judô ficam entre a sub-13 e a sub-21, mas o foco de investimentos da CBJ está entre o sub-18 e o sub-21, com treinamentos e viagens nacionais e internacionais já voltados para a transição à seleção adulta, para o alto desempenho.
Layana e Basile, por exemplo, já são observados há algum tempo. Layana (da categoria até 52 kg), conseguiu vaga automática nos Jogos da Juventude com a medalha de bronze do Mundial Sub-18 de 2013; Basile (que vai lutar em Nanquim na categoria até 81 kg) não foi medalhista no Mundial, mas recebeu convite da Federação Internacional (IJF).
No judô, mesmo nessa faixa mais jovem, os adversários já são conhecidos, pelo bom intercâmbio internacional que é feito. “Além dos judocas de países onde já se tem tradição de medalhas, como França, Alemanha e Japão, temos também o pessoal da Rússia, da Geórgia e do Azerbaijão”, diz Saito.
O gestor de base da CBJ acrescenta que o Brasil já está de olho em uma característica dessa nova geração do Leste Europeu: muita força. “Fisicamente esses judocas estão mais maduros que os nossos. Falo em força física, mesmo. Porque em técnica, Brasil e Japão estão juntos como melhores do mundo”, afirma.
Treinando para 2020
Layana é de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Foi levada para o judô “aos 9, 10 anos, por uma amiga, a Ariane, que virou modelo”. Acabou se empolgando com as viagens e seguiu no esporte. Para o Mundial sub-18, treinou com a seleção principal no CT de Saquarema, no Rio de Janeiro e diz que cada treino foi um aprendizado.
Sobre os Jogos Olímpicos da Juventude, Layana assinala: “Sei que será difícil, mas penso em pódio. Depois, no fim do ano, teremos a seletiva olímpica, para a seleção principal. Não sei se já conseguiria entrar... Meu foco mesmo é mais para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.”
Apenas para a preparação das seleções de base, a CBJ conta com convênio de 2012 firmado com o Ministério do Esporte, que garante cerca de R$ 3,4 milhões para deslocamentos, hospedagem e alimentação em treinos e competições no Brasil e no exterior, além de contratação de equipe multidisciplinar.
A CBJ tem dois outros convênios do mesmo ano. Um, de R$ 3,8 milhões, para a segunda parte do projeto de desenvolvimento do judô nos estados, com 4.500 placas de tatame, além de 25 kits eletrônicos; outro, de R$ 2.9 milhões, relacionado à contratação de equipe multidisciplinar para as seleções principais.
São, no total, mais de R$ 10,2 milhões em recursos do governo federal em três convênios de 2012, acrescentados aos R$ 2,6 milhões de convênio de 2010, para compra de equipamentos e desenvolvimento do judô.
Denise Mirás
Ascom - Ministério do Esporte
Acompanhe as notícias do Ministério do Esporte no Twitter e no Facebook