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Brasil e República Tcheca estudam intercâmbio esportivo
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- Publicado em Segunda, 18 Agosto 2014 18:20
Atletismo e canoagem são, em princípio, os esportes com os quais os tchecos poderiam começar o trabalho com os brasileiros. O tcheco Jan Zelezny, por exemplo, é referência no lançamento do dardo. Ele foi o “responsável” pela mudança do centro de gravidade do dardo realizada pela IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo), já que suas marcas estavam perto de atravessar o campo e chegar às arquibancadas.
Zelezny detém o recorde mundial do novo dardo desde 1996, com a marca de 98,48 m, atingida na cidade de Jena, na Alemanha. “Hoje, como técnico, poderia vir ao Brasil para dar palestras ou mesmo participar de treinamentos com brasileiros”, diz Viktor Dolista, que acredita no esporte como “excelente ferramenta” para desenvolver as relações entre países.
O secretário da Embaixada exalta ainda a possibilidade da vinda de grupos de atletas ao Brasil para treinamentos conjuntos. Os tchecos contam também com Bárbora Spotakova, recordista mundial do dardo desde 1991, quando alcançou 72,28 m em Stuttgart, na Alemanha, e atual campeã olímpica (ouro em Londres 2012 com 69,55 m). “Os brasileiros também poderiam ser recebidos em nossa Associação de Clubes do Exército. Além do dardo, temos grandes atletas nas provas com barreiras, no decatlo...”, cita Dolista.
Contribuição para o Rio 2016
Outro esporte de tradição na República Tcheca é a canoagem slalom. O projeto da pista que será construída no Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de 2016 está sendo elaborado pela Universidade de Praga, responsável também pela estrutura utilizada em Londres 2012.
Assim como no atletismo, os tchecos poderiam vir para treinar em pistas de canoagem no Brasil e receber brasileiros por lá, segundo Viktor Dolista. “Será uma questão de identificarmos aqueles que têm interesse e vermos as melhores datas, em acordo com os técnicos dos dois países.”
Para o secretário Ricardo Leyser, além de receber os grupos de atletas para treinar, também se poderia pensar em trazer técnicos para morar no Brasil. “Nossa estrutura esportiva era bem antiga. Mas agora estamos montando uma boa estrutura no Brasil. No atletismo, por exemplo, estamos com pistas novas, já sendo utilizadas. Queremos chegar a 2016 com 53 pistas certificadas pela IAAF e, assim, diminuir a distância entre os equipamentos e a população.”
Apesar de o governo federal ser financiador do esporte e não executor, como explica o secretário, há interesse na proposta da Embaixada da República Tcheca. “A Secretaria de Alto Rendimento poderia ajudar na apresentação dos tchecos a representantes de Confederações Brasileiras de vários esportes, para que fossem estudadas formas de se desenvolver esse intercâmbio”, afirma Leyser.
Denise Mirás
Ascom – Ministério do Esporte
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