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Em Curitiba, acadêmicos e gestores discutem políticas para o esporte de alto rendimento
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- Publicado em Sábado, 30 Agosto 2014 09:26
Estudiosos do meio esportivo, gestores públicos e dirigentes de entidades olímpicas discutiram, nesta quinta-feira (28.08) e sexta (29), temas da área esportiva no Seminário Internacional de Políticas Públicas para o Esporte de Alto Rendimento, em Curitiba (PR). Organizado pela Universidade Federal do Paraná, o encontro aproveita o momento que o Brasil vive – com o sucesso da Copa do Mundo FIFA 2014 e a organização dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paraolímpicos Rio 2016 – e traz grandes nomes do mundo acadêmico internacional para discutir os rumos do esporte de ponta no Brasil e o legado que os eventos deixarão. O objetivo do encontro é discutir bases científicas para o desenvolvimento do esporte de rendimento e buscar aproximação entre a academia e o cotidiano da prática do esporte.
Participaram do encontro os professores Barrie Houlihan, da universidade britânica de Loughborough, Gonzalo Alfredo Bravo, da Universidade de West Virginia, e Peter Donnelly, da Universidade de Toronto, que apresentaram estudos de caso sobre políticas para o esporte. Um dos pontos altos do primeiro dia do evento foi a palestra do professor Barrie Houlihan, que fez uma análise comparativa do desenvolvimento do esporte de alto rendimento em países como Canadá, Noruega, Alemanha e Inglaterra, tendo como base, principalmente, o que aconteceu com os atletas e medalhistas ingleses antes e depois que seu país sediou os Jogos em Londres, em 2012. Ele analisa o desenvolvimento esportivo de cada país comparando indicadores econômicos, políticos e religiosos que possam interferir no desempenho de atletas e equipes. Comentando o legado olímpico em diferentes países, ele disse que “se quiser um legado, é preciso planejá-lo e financiá-lo”.
Representando o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, o secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, abriu as discussões lembrando da trajetória do Brasil nos últimos anos, ao sediar os Jogos Pan-americanos de 2007, os Jogos Mundiais Militares de 2011, a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo 2014. Leyser explicou que o Brasil vem em um processo crescente, consistente e planejado na execução da política de esporte num ciclo que vai ter ápice nos Jogos Rio 2016.
Segundo o secretário, o caminho tido como natural para o desenvolvimento do esporte é começar pelo esporte educacional, ou de lazer ou de inclusão, para só então chegar ao topo, à elite do esporte de competição. “No Brasil, historicamente, nunca conseguimos vencer essa batalha de garantir o esporte como direito social. Sempre enfrentamos dificuldade para conseguir orçamento, mas, agora, com a realização dos Jogos Olímpicos no Brasil e consequentemente a visibilidade do esporte de alto rendimento, estamos fazendo o movimento inverso”, afirma Leyser.
Para o secretário, o investimento que o esporte de alto rendimento angariou desde 2010, após a escolha do Rio como sede olímpica, está irradiando para a base. “Estamos conseguindo levantar recursos para recuperar a infraestrutura esportiva do país, criar programas de iniciação e incrementar a preparação das categorias iniciantes ou intermediárias. Tudo isso motivado pela necessidade e oportunidade de preparar as equipes que vão representar o país nos Jogos Rio 2016”, acrescenta o secretário.
O secretário Leyser também fez uma palestra sobre a preparação das delegações brasileiras que vão disputar os Jogos Olímpicos de 2016 e o legado esportivo que o evento está trazendo para o país. “Nossa meta é ficarmos entre as dez principais potências esportivas do mundo no Rio 2016, mas o objetivo é que os Jogos Olímpicos do Rio sejam o início de um novo ciclo de crescimento do esporte brasileiro, não o ápice do nosso desempenho”.
Fabíola Pessoa, de Curitiba, especial para o Ministério do Esporte
Ascom – Ministério do Esporte
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