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Presidente da CBH encontra ministro e fala sobre o futuro do hipismo
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- Publicado em Quinta, 15 Janeiro 2015 17:46
“Hoje os animais não podem ser deslocados diretamente do Brasil para a Europa. A viagem dos cavalos é complexa, existe uma série de regras sanitárias que enfrentamos. Esse foi um dos pontos que tratei com o ministro, pois nosso caminho hoje passa por quarentena nos Estados Unidos para depois ir à Europa. É muito mais custoso e exige que você mantenha um cavaleiro, cavalo e tratador durante um mês, na Americana do Norte, se preparando para ir para ao Velho Continente”, explicou o presidente.
A contratação de técnicos estrangeiros, realização de clínicas nas três disciplinas e a estruturação de uma comissão técnica permanente (auxiliar técnico, treinador, veterinário, psicólogo, preparador físico e gerente técnico) são ações que ajudam a modalidade a manter o patamar de potência mundial. Luiz Roberto Giugni ressalta que as ações em parceria com o Ministério do Esporte vêm proporcionando uma continuidade na evolução do desempenho nacional. “Discutimos com o ministro um pouco sobre o Rio 2016 e os convênios com a pasta. Os projetos são ambiciosos. Nós temos interesse nas três modalidades, projetando duas medalhas pelo menos, no CCE e no salto”, revelou.
O Brasil conta atualmente com uma equipe especial de cavaleiros e amazonas. Rodrigo Pessoa é um dos melhores atletas do mundo e a geração que substituirá a equipe olímpica de 2016 já está ganhando projeção internacional nas categorias de base.
O portal do Ministério do Esporte entrevistou o presidente Luiz Roberto Giugni, que falou sobre o momento do esporte, a geração 2016 e o futuro da modalidade que já faturou três medalhas na história olímpica para o Brasil (1 ouro e 2 bronzes). Confira a íntegra da entrevista:
Qual o impacto causado pelos convênios com o Ministério do Esporte no hipismo brasileiro?
Os convênios firmados com o Ministério do Esporte foram excepcionais, porque conseguimos montar uma estrutura que nunca tivemos, principalmente na parte de organização e administração.
Nós investimos em gestores, psicólogos, preparadores físicos e chefes de equipes. Investimento que nunca fizemos de forma permanente. Isso sempre era feito com o se fosse um favor. Nem sempre eram os melhores profissionais. Agora, buscamos as pessoas mais capacitadas e os resultados começaram a aparecer.
O que vocês então fazendo pelo futuro da modalidade?
Não podemos viver destes cinco ou sete cavaleiros muito bons que temos atualmente. Assim, investimos não apenas na parte esportiva, mas na parte de educação, todos competindo em grandes torneios. Acho que o nosso legado principal vai ser essa geração, que vai nós dar muita satisfação.
Em outro convênio que firmamos com o governo federal o foco é a categoria de base. Nós praticamente ganhamos tudo o que tinha para se ganhar na categoria de base. No Campeonato Americano vencemos em todas as categorias, no individual e por equipe. Então, os cavaleiros puderam ir a Wellington, que é uma competição importante nos Estados Unidos, por duas vezes, e ganharam tudo também.
Esse trabalho para 2016 tem o complemento da base. Estamos formando uma geração nova que dará satisfação e alegria para muita gente.
Como a confederação fez para aprimorar a parte técnica dos atletas brasileiros?
Nós contratamos três bons técnicos. Mariage Vintage, no adestramento, o neozelandês Mark Todd no CCE – campeão olímpico com experiência internacional – e o francês Jean-Maurice Bonneau no salto.
Todos os técnicos ganharam tudo nas competições sul-americanas. São treinadores de ponta que estão realizando um trabalho de longo prazo. Eu não acredito em trabalhos curtos.
O que podemos esperar da temporada 2015 no hipismo?
Neste ano o foco é nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá. Iremos enviar o melhor time na busca de medalhas. Para nós, o Pan-Americano é a competição mais importante da temporada. Temos também cavaleiros na Europa participando da Copa das Nações, que tem provas importantíssimas. A final é feita a partir de resultados das etapas em que competem nove times. Nós participamos das duas últimas edições e conquistamos a medalha de prata.
Breno Barros
Ascom – Ministério do Esporte
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