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Pista de atletismo da Universidade Federal do Maranhão é entregue em cerimônia com ex-atletas
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- Publicado em Quinta, 05 Fevereiro 2015 14:44
A Rede Nacional de Treinamento ganhou mais um equipamento de ponta, nesta quinta-feira (05.02), com a entrega da pista de atletismo da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em São Luís. Participaram da solenidade o ministro do Esporte, George Hilton, o governador do estado, Flávio Dino, dentre outras autoridades e ex-atletas, entre eles os medalhistas olímpicos Robson Caetano, Claudinei Quirino, André Domingos da Silva e Edson Luciano.
Com oito raias, blocos de partida, espaços para saltos e lançamentos, a estrutura teve financiamento de R$ 6 milhões do Ministério do Esporte. A universidade cedeu o terreno e irá cuidar da manutenção e uso do espaço junto com a Confederação Brasileira de Atletismo(CBAt) e a Federação Atlética Maranhense.
O ministro do Esporte falou sobre a importância da pista de atletismo para o desenvolvimento de novos talentos, a educação dos jovens e a regionalização do esporte no país. “É um prazer ver se realizar um sonho, que permitirá que os nossos atletas não precisem mais se deslocar para outras capitais, ou países. Essa data mostra que somente com união e esforços das três esferas de governo conseguiremos estruturar um Sistema Nacional de Esporte. Vamos fazer uma revolução no esporte social e educacional no país”, disse Hilton.
Segundo o governador Flávio Dino, contrapartidas locais crescerão para os próximos empreendimentos esportivos a serem construídos no estado. “A lei determina que, para convênios federais, os estados entrem com uma contrapartida, normalmente entre 5% e 10%. Agora, acabou a época de nos contentar com o que é mais ou menos. Queremos o melhor para o Maranhão. Por isso, nós vamos aumentar a contrapartida. Para cada real que o Ministério do Esporte colocar no Maranhão, a nossa contrapartida será de 100%. Para cada atleta que o governo federal der bolsa, nós daremos uma bolsa estadual, para democratizar o acesso e o apoio a eles. Para cada quadra que o governo federal construir, nós construiremos uma também. Vamos consolidar a política pública estadual de esporte”, afirmou Dino.
A Rede Nacional de Treinamento é um dos principais projetos de legado dos Jogos Olímpicos de 2016, interligando instalações dos vários esportes, como o atletismo, que terá mais de 50 pistas espalhadas pelo Brasil, conforme destacou o secretário executivo do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser.
“Nós estamos aqui porque o Brasil venceu a concorrência para sediar as Olimpíadas. O Brasil se preparou para esse momento e o encarou como uma oportunidade para desenvolver o esporte no país. Montamos um planejamento para termos esse legado, que não será somente no Rio (sede dos Jogos), mas nacional”, ressaltou Leyser.
Os empreendimentos da Rede de Atletismo estão em diferentes estágios. Alguns foram entregues, outros estão com obras avançadas e os demais em fase de projetos. Apenas nas universidades federais ou estaduais, os recursos somam mais de R$ 160 milhões.
Exemplo e base
A pista da UFMA foi projetada para obter a certificação classe 2 da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAFF) e ganhou elogios de ex-atletas, como Claudinei Quirino, que pôde sentir o novo piso na visita desta quinta. Para ele, o equipamento será um diferencial para que os atletas de alto rendimento continuem treinando no estado.
“Uma pista de padrão internacional será muito boa para o esporte local. Aqui temos atletas que se destacam no cenário nacional e internacional, como o José Carlos Gomes, que chamamos de Codó (cidade natal dele), que tiveram que sair e procurar outros polos. Mas, geralmente, o atleta não sai porque não tem treinador, ele sai porque não tem uma pista adequada, em que ele vá correr quando for para as principais competições do mundo”, disse Quirino.
E a manutenção dos ídolos fará a diferença para o estímulo aos atletas da base, que estão iniciando a carreira e buscam exemplos. É o que pensa Quirino. “Eu penso nas crianças, em dar oportunidade. A criança vem e conhece o ídolo e começa a correr. Claro, nem todos serão campeões no esporte, mas, o mais importante é que o jovem que estuda e prática esporte se torna um campeão como ser humano, será uma pessoa melhor, porque aprende a ganhar e a perder, a repartir, a trabalhar em equipe, a ter regras e limites”, completou.
A localização da pista de atletismo também é uma vantagem para o desenvolvimento da modalidade. Com técnicos, professores e laboratórios qualificados, os atletas receberão mais suporte para os treinos e competições. Além disso, para Robson Caetano, os profissionais de educação física são a ponte entre a comunidade carente e o esporte.
“O mais importante é a gente desenvolver um projeto no curso de educação física, que possa dar aos futuros professores as condições de irem para as comunidades e desenvolverem um trabalho social. Eles são os responsáveis por pinçar grandes talentos, para que possam vir para cá. A pista é muito importante, ter atletas de alto rendimento é importante, mas sem a base nada disso funciona. É preciso encontrar esses talentos, que estão aí”, afirmou.
Gabriel Fialho, de São Luís
Ascom – Ministério do Esporte
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