Ministério do Esporte Campanha Grito de Paz marca o clássico mineiro entre Cruzeiro e Atlético
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Campanha Grito de Paz marca o clássico mineiro entre Cruzeiro e Atlético

A campanha Grito de Paz, lançada pelo Ministério do Esporte, marcou presença em mais um clássico do futebol brasileiro neste domingo (08.03), no Mineirão, em Belo Horizonte, durante o jogo entre Cruzeiro e Atlético-MG. Com o intuito de conscientizar os torcedores de que os estádios são um ambiente de celebração, sem espaço para violência e intolerância, o Grito de Paz será divulgado nos clássicos nacionais, para unir torcedores de Norte a Sul do país.

Ao entrar em campo no Mineirão, os jogadores de Cruzeiro e Atlético-MG vestiram camisas brancas com as letras que formavam a mensagem #GritoDePaz. No centro do gramado, uma faixa mostrada aos torcedores trouxe uma mensagem com o mote da campanha: "No gramado somos adversários. No esporte somos um só.”

A partida válida pelo Campeonato Mineiro de 2015 teve um público presente de 35.390 pessoas, a maioria de cruzeirenses, já que o time celeste foi o mandante do jogo. Mesmo em minoria, os atleticanos também fizeram muita festa e nas arquibancadas era possível ver bandeiras com a palavra “Paz” nas duas torcidas. No final, cada lado comemorou um gol e o placar terminou empatado em 1 x 1.

A partida foi equilibrada e os times alternaram-se no comando das ações. O primeiro tempo terminou 0 x 0, mas o Atlético abriu o placar aos 26 minutos da segunda etapa, quando Fábio errou um chute e a bola sobrou para o volante Rafael Carioca mandar para as redes. O Cruzeiro chegou ao empate 11 minutos depois, quando o atacante Leandro Damião fez boa jogada e bateu cruzado, vencendo o goleiro Victor. As duas torcidas ainda tentaram empurrar os times para a vitória no final da partida, mas o placar ficou mesmo no 1 x 1.

A campanha Grito de Paz do MInistério do Esporte começou em (01.03) no clássico entre Internacional x Grêmio, no Beira-Rio. Naquela ocasião, o jogo também terminou empatado, mas sem gol.

Se nas arquibancadas a paz estava escrita em bandeiras e faixas, nos arredores do Mineirão, antes de a partida começar, o clima também era tranquilo, com muitas famílias, crianças e mulheres, que aproveitaram o Dia Internacional da Mulher para ir ao estádio.

Fotos: Danilo Borges/MEFotos: Danilo Borges/ME

A torcida do Atlético contou com pouco mais de mil pessoas, já que a carga de ingressos colocada à venda para os alvinegros foi restrita a 10% dos bilhetes e a diretoria atleticana optou por não solicitar todas as entradas. Mesmo em menor número, os atleticanos exaltaram a tranquilidade encontrada para assistir ao jogo. “No meu primeiro clássico eu tinha três anos de idade. Eu vim com a minha família na geral. Para mim sempre foi muito tranquilo, nunca vi nenhuma confusão. Hoje também não vi nenhuma confusão, nem fora nem dentro. Está muito tranquilo.Vamos cantar sem violência nenhuma”, disse a estudante de direito atleticana Stephany.

Para o advogado Guilherme Isidoro, que confeccionou um escudo gigante do Atlético-MG em papelão, a essência do esporte é a convivência. “O futebol brasileiro precisa ter duas torcidas rivais no mesmo estádio, todo mundo sendo pró-paz, porque futebol é esporte, é uma maneira que a sociedade tem de ser feliz e entreter. Se não pudermos ter duas torcidas, o futebol será prejudicado. Atleticanos e cruzeirenses, venham para o estádio, mas com paz. Vamos aproveitar o futebol”, pediu.

E quando a questão é paz, os cruzeirenses fazem coro aos atleticanos. “Acho que o esporte é para a gente conviver pacificamente. O esporte é para a gente, mesmo de torcidas diferentes, conviver em harmonia”, disseram as amigas Luísa e Laura, estudantes e torcedoras do time celeste.

Aproveitando para também festejar o Dia Internacional da Mulher, a publicitária Cláudia de Paula realizou o sonho de ver um clássico no Mineirão. “Eu vim hoje porque era meu sonho ver um clássico Atlético e Cruzeiro. Trouxe meu filho à paisana, porque ele é atleticano, mas o sonho dele também era conhecer o Mineirão novo e ver Atlético x Cruzeiro. E vamos lá, a paz acima de tudo. Estou achando o clima ótimo, super em paz, não tem briga, não tem nada”, elogiou a cruzeirense.

Foto: Danilo Borges/MEFoto: Danilo Borges/ME

Iniciativa elogiada
Após a partida, técnicos e jogadores das duas equipes elogiaram a iniciativa da campanha #GritoDePaz e ressaltaram a importância de se manter um clima de paz no futebol brasileiro."Achei ótima (a campanha). Eu acho que é assim que deve ser. Fiz questão absoluta de abraçar o Levir Culpi (técnico do Atlético-MG), que é um amigo e um profissional admirável, que a gente respeita muito. Eu acho que deveria ser assim sempre. Gostaria também de estar vendo nesses jogos a torcida dividida e cantando, uma pra um lado e outra para o outro... Que isso seja uma coisa de sempre", disse o treinador do Cruzeiro, Marcelo Oliveira.

O comandante do Galo, Levir Culpi, lembrou que a torcida é o espírito do futebol. “Eu acho que a alma do jogo, a alma do futebol é a torcida. É por isso que a gente gosta de futebol. Eu acho que tem que ser torcida dividida e acabou”, opinou o técnico.

Para o atacante Judivan, do Cruzeiro, que entrou em campo no segundo tempo da partida, o clima de paz precisa prevalecer tanto no gramado quanto nas arquibancadas. “A paz nos estádios é importantíssima, tanto dentro de campo quanto fora de campo. Dentro de campo é um pouco mais aguerrido, é normal isso. Mas fora de campo é importantíssima a paz”, afirmou.

Mateus Baeta, de Belo Horizonte
Ascom – Ministério do Esporte
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