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Ministério do Esporte entrega equipamentos de golfe em clube de São Paulo
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- Publicado em Sexta, 13 Março 2015 16:49
De volta ao programa olímpico, após mais de um século, o golfe busca se desenvolver e popularizar entre os brasileiros. Para atingir tais objetivos, o Ministério do Esporte possui convênio com a Confederação Brasileira de Golfe (CBG) desde 2012, para aquisição de equipamentos, manutenção de equipe multidisciplinar e participação dos atletas em competições internacionais. Nesta sexta-feira (13.03), foi a vez de o São Paulo Golf Club receber os aparelhos FlightScope X2 e Sam PuttLab – software e sistema de análise de movimentos -, em cerimônia que contou com a presença do ministro George Hilton.
“Com a proximidade das Olimpíadas, a gente está tendo a oportunidade de discutir a necessidade de levar esse plano de legado dos Jogos para todo o país e tenho certeza que a CBG é uma grande parceira. Somos um país que definitivamente entrou para o ciclo dos megaeventos esportivos mundiais e temos que tirar proveito disso. Temos o desafio de disseminar a prática do golfe. Este é um projeto que o governo está disposto a fazer os investimentos necessários. Mas, o maior legado das Olimpíadas será o Sistema Nacional do Esporte, uma política perene que dará continuidade a todos esses projetos”, destacou Hilton.
Ao lado do presidente da CBG, Paulo Cézar Pacheco, do presidente do São Paulo Golf Club, Mário Najm, e demais membros da comissão técnica da seleção brasileira, o ministro entregou os novos equipamentos e conheceu o campo de golfe do clube paulista. O local recebe a terceira edição do Brasil Champions, torneio que conta com recursos da Lei de Incentivo ao Esporte. O convênio do Ministério do Esporte com a CBG, no valor de R$ 3,12 milhões, dentre outras coisas, permitiu a aquisição de seis unidades de cada equipamento (FlightScope X2 e Sam PuttLab), usados em centros de treinamento regionais.
“Nós temos, junto ao Ministério do Esporte e ao Comitê Olímpico Brasileiro, recebido incentivos a partir do momento que o golfe foi incluído nas Olimpíadas. Apresentamos projetos e isso tem permitido um trabalho de base e de crescimento do esporte. Os jogadores brasileiros que estão fora do país também são assistidos, porque quando eles vem ao Brasil usam os equipamentos para se aprimorarem. Os investimentos do Ministério do Esporte são essenciais, porque somente com a sua própria receita, a Confederação não teria conseguido o avanço que estamos tendo”, explicou Pacheco.
O FlightSacope X2 é capaz de analisar em três dimensões (3D) e com extrema precisão os ângulos de ataque à bola, trajetória e voo. O programa de computador também detalha o comportamento do taco, como velocidade da cabeça, aceleração e planos de swing, por exemplo. O Sam PuttLab é um sistema de análise e treino de putting, baseado em mensurações por ultrassom. Analisa em câmera lenta a precisão da tacada, fornecendo 28 parâmetros, tais como duração do movimento, rotação, tempo de impacto e direção.
“Temos seis conjuntos móveis, que ficam nos locais de treinos que a CBG usa como base - São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Distrito Federal, Santa Catarina, e um que se reveza entre Pernambuco e Bahia -, ou levamos para os eventos nos clubes, quando necessário. Esse nível de tecnologia nos coloca como os mais avançados da América do Sul”, destacou Pacheco.
Popularização
A visibilidade maior dada ao golfe por causa das Olimpíadas de 2016 tem sido aproveitada pela CBG para expandir a prática da modalidade entre os jovens. O programa de massificação desenvolvido pela entidade, Golfe para a Vida, atende a 50 mil crianças, em sete estados. A meta é triplicar este número no próximo ano, segundo o presidente da CBG.
A visibilidade maior dada ao golfe por causa das Olimpíadas de 2016 tem sido aproveitada pela CBG para expandir a prática da modalidade entre os jovens. O programa de massificação desenvolvido pela entidade, Golfe para a Vida, atende a 50 mil crianças, em sete estados. A meta é triplicar este número no próximo ano, segundo o presidente da CBG.
“Nossos professores certificam os professores de educação física das escolas públicas e privadas em um trabalho que não é somente físico, mas trabalha com a cidadania. Dentro do programa, os clubes privados abrem as portas duas ou três vezes por semana para que os alunos tenham esse contato no campo, conheçam um pouco mais a prática do esporte. Esse é o caminho, influenciamos na vida social da família e queremos chegar a 160 mil crianças em 2016”, afirmou Pacheco.
Para o dirigente, outro legado das Olimpíadas será o primeiro campo público de golfe, que está sendo construído no Rio para receber os Jogos.
Durante o Brasil Champions, os melhores golfistas brasileiros terão a chance de somar pontos importantes no ranking mundial, critério de seleção dos atletas, um no masculino e outro no feminino, para representar o país nos Jogos Rio 2016. Um dos candidatos à vaga é Rafael Becker, 23 anos, que conquistou no fim do ano passado o Aberto do Brasil.
“Gostaria muito de estar nas Olimpíadas. É o sonho que todo atleta tem. Estou trabalhando para chegar nesse objetivo. Toda semana é importante para acumular pontos. O foco é no torneio que estou disputando e não tem como fugir disso. Não dá para ficar pensando lá na frente”, disse Becker, segundo melhor brasileiro no ranking mundial.
O Brasil Champions reúne 144 esportistas de 17 países, que lutam por US$ 850 mil em prêmios, sendo US$ 153 mil para o campeão. A disputa integra o Web.com Tour, circuito de acesso ao PGA Tour, principal campeonato do mundo.
O líder do ranking nacional, Daniel Stapff, 24 anos, acredita que o Brasil estará bem representado nas Olimpíadas, independente do golfista que se classifique. “Todos os jogadores que estão competindo pela vaga têm ótimo nível. A classificação vai depender de como cada um vai jogar daqui para frente. Com certeza o Brasil vai estar bem representado no golfe”.
Contemplado com o Bolsa Atleta, Stapff destaca que o apoio recebido pelos jogadores tem elevado o nível do esporte no país. “A diferença é grande, quando um esporte é olímpico, há mais público e exposição. A estrutura está crescendo, se profissionalizando. Hoje estou me sentido mais bem preparado para competir internacionalmente, com jogadores de fora, que têm esse apoio também. O fato de o país receber as Olimpíadas, o governo ajudar, o Bolsa Atleta, tudo isso somado dá um suporte maior para a gente competir”.
No total, 35 golfistas são contemplados com a Bolsa Atleta, totalizando um aporte anual de R$ 455,1 mil.
Gabriel Fialho, de São Paulo
Ascom – Ministério do Esporte
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