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Mais finais e medalhas no Mundial de Pequim são os desafios do atletismo em 2015

Foto: Washington Alves/Inovafoto/COBFoto: Washington Alves/Inovafoto/COBO caminho da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt)  rumo aos Jogos Olímpicos do Rio 2016 tem neste ano dois focos principais, segundo Antônio Carlos Gomes, superintendente de Alto Rendimento: “Vamos trabalhar para que o Brasil, primeiro, some o maior número possível de finalistas no Mundial de Pequim [que será disputado entre os dias 22 e 30 de agosto]; segundo, para chegar a medalha.”

Será pelos resultados no Mundial deste ano pré-olímpico que a CBAt terá referência para os Jogos do Rio. “Por isso, vamos a Pequim com uma delegação que deverá ser a maior da nossa história em Mundiais, em torno de 45, 48 atletas”, diz o superintendente. “E, então, teremos uma ideia melhor de como o atletismo brasileiro poderá se sair nos Jogos do Rio.”

As apostas da CBAt são basicamente nos revezamentos – 4x100m e 4x400m, femininos e masculinos – e ainda em algumas modalidades individuais em que os brasileiros têm chance de disputar medalha.

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Mauro Vinícius da Silva, o Duda, é citado por Antônio Carlos entre os atletas mais próximos de subir ao pódio do Mundial de Pequim: aos 28 anos, é bicampeão mundial de salto em distância em pista coberta (em Istambul, na Turquia, em 2012, e em Sopot, na Polônia, em 2014, com os mesmos 8,28m). Também é o caso da experiente Fabiana Murer, do salto com vara.

Mas o superintendente ainda observa que, eventualmente, podem surgir outros na briga por medalha no Mundial, como Darlan Romani, 24 anos (1,88m, 140kg), do arremesso do peso, que tem 20,90m como melhor marca pessoal (sexta melhor do mundo até agora, na temporada). “Em Londres 2012, o bronze olímpico foi conquistado com 21,23m. Com mais 15,20 centímetros, passando dos 21m, o Darlan entra na zona de disputa de medalha”, explica. “Estamos próximos com ele também.”

Antônio Carlos Gomes destaca ainda os maratonistas. “Sempre contamos com possibilidades na prova. Mas vamos esperar clarear um pouco.” O “clarear” para o Mundial, segundo o dirigente, serão os Jogos Pan-Americanos de Toronto (16 a 27 de julho). “Vamos com delegação completa - cerca de 80 atletas, praticamente de todas as provas. Também deverá ser nossa maior delegação, e então teremos uma referência para o momento do atletismo no Brasil”, diz Antônio Carlos.



Entre março e abril, os atletas que podem compor os revezamentos (cinco atletas para cada uma das quatro provas – quatro titulares e um reserva), mais atletas dos lançamentos, estão nos Estados Unidos. “Treinamos em Los Angeles, na Califórnia, e Bradenton, na Flórida, e também participamos de competições. A tentativa é aprimorar as equipes em 40 dias de treinamento e, no caso dos revezamentos, ver quem são os quatro melhores para cada prova.”

Para os treinos dos revezamentos, agora sob a coordenação do técnico Carlos Alberto Cavalheiro, foram convocados: 4x100m: Ana Cláudia Lemos, Rosângela Santos, Franciela Krasucki, Evelyn dos Santos, Thaissa Presti, Bruna Oliveira Farias, Vanusa dos Santos e Kauiza Venâncio (com os técnicos Katsuhico Nakaya e Adriano Vitorino na base de San Diego, Califórnia); Antônio César Rodrigues, Aldemir Gomes da Silva Júnior, Jorge Henrique Vides, Bruno Lins, Ricardo Mário de Souza, Jéfferson Liberato Lucindo, Vitor Hugo dos Santos e Gabriel Constantino (com Paulo Servo da Costa e José dos Santos Figueiredo em Bradenton, Flórida); e 4x400m – Geisa Coutinho, Jaílma Lima, Joelma Sousa, Letícia Cherpe de Souza, Natállia Oliveira da Silva, Liliane Fernandes e Cristiane dos Santos Silva (com Sanderlei Parrela e Carlos Alberto Cavalheiro, em San Diego); Alexander Russo, Anderson Henriques, Héderson Estefani, Hugo Balduino de Sousa, Jonathan Henrique da Silva, Lucas de Araujo Santos, Pedro Luiz Burmann, Peterson dos Santos e Wagner Francisco Cardoso (com Leonardo Ribas e Evandro Lazari, em Bradenton).

Em 2 e 3 de maio, o Brasil competirá no Mundial de Revezamentos em Nassau, nas Bahamas (em 2014, o Brasil conseguiu classificar as quatro equipes para o Mundial de Pequim; desta vez, a competição é classificatória para os Jogos Olímpicos do Rio 2016: são vagas para os oito países mais bem colocados).



Recursos diretos do governo federal no atletismo:

Bolsa-Atleta
854 no programa, mais 63 na categoria Bolsa Pódio (27 olímpicos e 36 paraolímpicos)

Rede Nacional de Treinamento
15 pistas de atletismo prontas e 30 em construção ou reforma
160 Centros de Iniciação ao Esporte são projetados com minicomplexo de atletismo (do total de 264 CIEs, em 250 municípios do Brasil, que estão em estágios diferentes, de obras iniciadas a serem abertas licitações abertas)

Confira a série de matérias sobre o ano chave para o esporte brasileiro:

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Denise Mirás
Ascom - Ministério do Esporte
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