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Atletismo paraolímpico: recorde mundial é quebrado no primeiro dia do Open de São Paulo

A disputa do Open Internacional Caixa Loterias de Atletismo e Natação paraolímpicos começou em ritmo forte. Logo nas primeiras horas de competição, um recorde mundial foi quebrado na pista de atletismo do Conjunto Desportivo Vaz Guimarães, no Ibirapuera, em São Paulo.

A sul-africana Ilse Hayes completou os 100m da categoria T13 (baixa visão) em 11s89, diminuindo em um décimo a antiga melhor marca da prova, que durava desde os Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara, em 2011, e pertencia à cubana Omara Durand.

A sul-africana Ilse Hayes quebrou um recorde mundial em São Paulo e, agora, sonha com o Rio e com os Jogos Paraolímpicos de 2016. (Foto: Divulgação CPB)A sul-africana Ilse Hayes quebrou um recorde mundial em São Paulo e, agora, sonha com o Rio e com os Jogos Paraolímpicos de 2016. (Foto: Divulgação CPB)

Após a eliminatória, Hayes atribuiu a conquista aos treinos puxados que vem fazendo desde o início de 2015. “Estava trabalhando para este evento nos primeiros meses do ano e treinando muito forte, então esperava por isso. Fiquei muito orgulhosa e agradecida por ter quebrado o recorde mundial hoje”, disse a sul-africana, que soma duas medalhas de prata na prova nos Jogos Paraolímpicos de Pequim 2008 e Londres 2012. Ilse também tem duas medalhas de ouro no salto em distância T13 nas mesmas edições das Paraolimpíadas. Ela ainda disputou os Jogos Paraolímpicos de Atenas, em 2004, quando conquistou um bronze nos 400m.

O bom desempenho no Brasil motiva a atleta a fazer planos para o ano que vem, nos Jogos Paraolímpicos do Rio 2016. “Eu competi aqui (em São Paulo) no ano passado e a pista e o clima são muito bons. Estou entusiasmada para os Jogos do Rio 2016. É outra parte do país que eu nunca estive e que não sei como são as condições por lá, mas fico muito feliz em poder voltar ao Brasil”, resumiu a velocista.

Projeto social
Aos 11 anos, Ilse Hayes foi diagnosticada com a doença de Stargardt, que causa perda de visão progressiva. Hoje, aos 29 anos, ela não é capaz de enxergar detalhes e só consegue ver a uma distância entre dois e seis metros, enquanto a visão de uma pessoa normal chega a cerca de 60 metros.

Fora das pistas, Hayes tem uma graduação em Ciência do Esporte. Ela trabalha com crianças em um projeto comunitário da Universidade de Stellenbosch, cidade sul-africana em que reside. Com foco no desenvolvimento motor por meio do esporte, o trabalho de Hayes ajuda as crianças a melhorar suas habilidades físicas e também se preocupa com a inserção social e a qualidade de vida dos alunos.

Outras provas
Maior competição internacional paraolímpica do ano no Brasil, o Open Caixa Loterias de Natação e Atletismo reúne, até o próximo sábado (25.04), em São Paulo, 597 competidores, de 24 países. Um recorde desde que o evento foi realizado pela primeira vez, em 2011.

O primeiro dia de competições também teve como destaques no atletismo o velocista brasileiro Alan Fonteles, que venceu os 100m na categoria T44. Também nos 100m, mas na categoria T47, a prova foi dominada por brasileiros. Petrucio Ferreira terminou em primeiro lugar ao cruzar a linha de chegada com o tempo de 10s88. Washington Assis ficou com a prata ao fazer 11s18. E Yohansson Nascimento levou o bronze, com 11s35.

» Com medalha de ouro em Open de Atletismo de São Paulo, Alan Fonteles avisa: “Estou de volta”

Entre as mulheres, mais uma vez brilhou a velocista Terezinha Guilhermina, que venceu os 100m na classe T11 com o tempo de 12s26. Jhulia dos Santos, com 12s66, e Silvania Costa, com 12s73, completaram o pódio. Outro brasileiro a se destacar foi o também velocista Felipe de Souza Gomes, que venceu o compatriota Lucas Prado na final dos 100m classe T11. O tempo de Felipe foi 11s37, enquanto Lucas fez 11s40. Em terceiro lugar ficou o também brasileiro Ricardo Costa de Oliveira, com 11s94.

Experiência internacional
O caráter internacional e de alto nível do Open Caixa Loterias de Atletismo e Natação foi destacado pelo presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons. Para ele, a competição é importante não apenas para os atletas brasileiros com experiência em grandes torneios, mas também para os jovens talentos que começam a despontar. “É fundamental, principalmente nessas duas modalidades, que são aquelas em que a gente conquista mais medalhas normalmente em Jogos, trazer esses atletas estrangeiros para realmente pressionar um pouco os nossos atletas a buscar seus melhores resultados. Esse evento faz parte do Grand Prix de Atletismo do Comitê Paralímpico Internacional. Então, sediar eventos dessa natureza para nós é muito importante”, afirmou.

Na opinião de Parsons, também é importante que os atletas brasileiros se acostumem a competir em casa contra adversários estrangeiros de alto nível. “Competir internacionalmente com grandes astros no Brasil é o que eles vão fazer daqui a um ano e pouco. É importante que eles já se acostumem dessa forma”, explicou.

O presidente do CPB ressaltou ainda que eventos de grande porte como o Open e os Jogos Paraolímpicos deixam legados imateriais para o esporte no país. “A gente fala muito de legado e um dos legados que a gente gostaria muito de ver acontecer e temos trabalhado para isso, revelando atletas, tentando incrementar nossa presença nos meios de comunicação, é o entendimento de que o esporte paralolímpico é de alto rendimento, e é entretenimento, pode ser interessante, consumido. A gente espera que esse seja um dos legados dos Jogos: a percepção da sociedade em relação ao esporte paraolímpico e também em relação à pessoa com deficiência”, completou.

Mateus Baeta, de São Paulo - brasil.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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