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Em visita ao LBCD, ministro mostra otimismo com reacreditação de laboratório
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- Publicado em Sexta, 08 Maio 2015 12:52
Às vésperas de participar da reunião do Conselho de Fundadores da Agência Mundial Antidoping (WADA, sigla em inglês), o ministro do Esporte George Hilton visitou as instalações do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD) nesta sexta-feira (08.05). Na próxima quarta-feira (13.05), ele estará em Montreal, no Canadá, onde a WADA definirá se o laboratório será reacreditado.
Otimista com a resposta positiva da entidade mundial, George Hilton comentou a importância e o pioneirismo que a reacreditação do LBCD vai representar para o Brasil e para o continente. “Só temos dois laboratórios acreditados pela WADA no hemisfério sul, um em Joanesburgo (África do Sul) e outro em Sydney (Austrália). O Brasil será o terceiro e vai ter uma importância nacional e em toda a região, já que vamos poder emprestar o laboratório para que os países da América do Sul realizem seus testes”, afirmou o ministro, que esteve acompanhado na visita pelo secretário executivo do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser; pelo secretário nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), Marco Aurelio Klein; e pelo professor Francisco Radler, coordenador do LBCD.
Funcionando desde agosto de 2014, o laboratório está instalado no Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e faz parte do Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (Ladetec), que congrega vários outros laboratórios satélites. O LBCD existe desde 1989 e, caso seja confirmada a reacreditação, já poderá fazer as análises de amostras para controle de dopagem dos 44 eventos-teste para os Jogos Olímpicos Rio 2016, que começam em julho.
Antes disso, no entanto, o laboratório já terá um impacto imediato no esporte brasileiro. De acordo com Marco Aurelio Klein, o número de testes aumentará de forma significativa em relação aos anos anteriores. “Fora do futebol, vamos passar de 857 testes feitos em 2013 para 2.500 em 2015 e 2016. É um legado extraordinário para o país, para a universidade e para a ciência”, destacou o secretário nacional da ABCD.
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Outro ponto destacado foi o legado imaterial que os Jogos Rio 2016 deixarão para os profissionais do laboratório. Segundo o professor Francisco Radler, o ambiente durante o evento vai proporcionar uma experiência única. “A expectativa para os Jogos é de 240 profissionais. Destes, pelo menos 100 serão voluntários de outros laboratórios acreditados pela WADA. É um momento único para o controle de dopagem porque vai reunir os maiores especialistas de todos os laboratórios aqui no Rio. Vamos ter a possibilidade de absorver o que há de melhor no conhecimento da área”, exaltou Radler.
O novo prédio do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem recebeu um investimento total de R$ 134 milhões, sendo R$ 106 milhões do Ministério do Esporte e R$ 28 milhões do Ministério da Educação. Além do espaço físico, o ME destinou ainda R$ 54 milhões para a compra de materiais, equipamentos e operação do LBCD. De acordo com o professor Radler, 97% dos equipamentos já foi entregue. Os demais ficarão apenas para 2016 pela necessidade de serem os mais modernos possíveis para atender à demanda das Olimpíadas.
Passaporte biológico
Uma das novidades que o LBCD permitirá será a criação do passaporte biológico, uma maneira de fazer o acompanhamento do perfil dos atletas por meio de análises de sangue e urina durante um longo período de tempo. Segundo Marco Aurelio Klein, a ABCD utilizará a novidade ainda este ano para acompanhar um grupo de 37 atletas brasileiros. A divulgação dos nomes dos atletas deverá ser feita na próxima semana. “O passaporte biológico nos permite acompanhar e estabelecer um padrão daquele sangue ou urina ao longo de um tempo para assim identificar práticas como a manipulação de sangue”, exemplificou Klein.
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» Veja o álbum completo de fotos da visita do ministro
Ampla participação
Caso a acreditação do LBCD seja confirmada no Canadá na próxima semana, o Ministério do Esporte já tem um planejamento traçado com o Comitê Organizador Rio 2016 para testar as operações do controle de dopagem nos eventos-teste que começam em julho no Brasil. Um trabalho que não envolve apenas o laboratório e terá a contribuição de outras áreas e entidades brasileiras.
“É importante ressaltar que a operação não é apenas do laboratório. É preciso treinar os agentes que vão fazer a coleta e o fluxo de transporte até o LBCD. É um trabalho grande de treinamento de pessoal e é onde outras universidades podem participar do processo, tendo um maior conhecimento. Há uma previsão dessa participação não só na análise, mas em toda a operação”, destacou Ricardo Leyser, secretário executivo do Ministério do Esporte.
Vagner Vargas, do Rio de Janeiro (RJ) - brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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