Segundo Tempo é instrumento de transformação social em todo país, avaliam dirigentes

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Última atualização em Quinta, 09 Julho 2015 11:15

Publicado em Sexta, 28 Outubro 2011 01:00

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Atualmente, o programa do Ministério do Esporte beneficia mais de 2 milhões de jovens e crianças em vários municípios brasileiros

LOC/REPÓRTER: Democratizar o acesso ao esporte. Esse é um dos objetivos do Programa Segundo Tempo. Criado em dois mil e três pelo ministério do Esporte, atualmente o programa atende mais de dois milhões de crianças e adolescentes em todo o país, através de convênios com prefeituras, universidades, organizações não-governamentais e, também, em parceria com outros ministérios, como Educação e Defesa. Destinado a jovens de comunidades carentes, o programa pretende garantir bem mais do que o acesso a atividades esportivas. Ele é um instrumento de transformação social. É a avaliação do prefeito de Nova Prata, no Rio Grande do Sul, Vitor Antônio Pletsch. Para ele, o programa ajuda a tirar os jovens das ruas e afastá-los das más companhias.

TEC/SONORA: prefeito de Nova Prata (RS) - Vitor Antônio Pletsch

"Porque normalmente menino dessa idade, que já fui, dos dez, doze, até os quinze anos, se não tem aonde ir vai fazer malandragem. E o primeiro caminho que está aí são os lobos para pega-los e leva-los para as drogas. Então, o Segundo Tempo tem essa virtude, de ter os meninos num campo de futebol, numa quadra, tendo atividade, sendo cuidado por professores."

LOC/REPÓRTER: Segundo o prefeito Vitor Antônio, em Nova Prata, além de atividades esportivas, como futebol, vôlei, natação, as crianças atendidas pelo Segundo Tempo têm reforço escolar e aulas de inglês e espanhol, custeadas pela prefeitura. Esse tipo de parceria se espalha pelo Brasil. No município de Igarapé, em Minas Gerais, os alunos também ganharam o transporte, de acordo com o coordenador-geral do Segundo Tempo na cidade. Segundo Perme Caetano, além disso, a prefeitura mapeou a cidade para oferecer as atividades nas regiões de maior vulnerabilidade.

TEC/SONORA: coordenador-geral do Segundo Tempo em Igarapé (MG) - Perme Caetano Jr.

"A gente resolveu dar uma qualidade maior ao programa que já é muito bom, investindo em transporte, pegando as crianças nos bairros. Bairros esses que a gente fez um estudo prévio de criminalidade. A gente pegou ocorrência de Polícia Militar de maior indicie de criminalidade, de menor indicie de desenvolvimento. Distribuiu os núcleos dentro desses bairros. E acontece uma vez a atividade nos bairros e duas vezes no centro esportivo."

LOC/REPÓRTER: Segundo Perme Caetano, em Igarapé, mais de mil crianças são atendidas pelo Segundo Tempo, em dez núcleos espalhados pela cidade. Para o coordenador pedagógico do programa em Serrana, no interior de São Paulo, o Segundo Tempo permitiu que as crianças de comunidades carentes recebessem apoio psicológico. Para ele, esse apoio emocional e o reforço alimentar são os principais atrativos do programa na cidade.

TEC/SONORA: coordenador pedagógico do Segundo Tempo em Serrana (SP) - Bruno Jordão Ferrari

"Eles têm uma carência afetiva muito grande, por pai e mãe está trabalhando; pai e mãe se envolver com drogas; ou estar preso; ou realmente não tem uma estrutura familiar adequada, pai não conhece, não conhece a mãe, vive com os avós. Então, de primeira eu já levantaria o reforço alimentar e a carência deles ,afetiva mesmo, emocional, de ter o contato com o professor, com alguém que respeite, alguém que lide com a situação deles e não simplesmente dê uma aula e vá embora."

LOC/REPÓRTER: Para Bruno Jordão, a transformação dos mais de trezentos alunos do programa é notória. Segundo o Ministério do Esporte, através de uma pareceria firmada com o programa Mais Educação, do Ministério da Educação, o Segundo Tempo já é desenvolvido em mais de cinco mil escolas de setecentos e noventa e dois municípios brasileiros, o que dobrou o número crianças e adolescentes beneficiados. E a expectativa do ministério do Esporte é, até em dois mil e dezesseis, levar a parceria para vinte cinco mil escolas.

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