Integrantes de torcidas organizadas do Coritiba fazem cadastro no Torcida Legal

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Última atualização em Quinta, 09 Julho 2015 11:16

Publicado em Sábado, 03 Setembro 2011 00:00

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Além dos torcedores do Coxa, o programa do Ministério do Esporte já cadastrou mais de mil torcedores de Atlético Paranaense e Paraná Clube. A iniciativa é prevista pelo Estatuto do Torcedor e busca combater a violência nos estádios.

LOC/REPÓRTER: Os torcedores do Coritiba aproveitaram o frio desse sábado, na capital paranaense, para se cadastrar no Programa Torcida Legal. O cadastro das organizadas entrou na fase final. Desde o dia 28 de junho, o Ministério do Esporte, em parceria com o Ministério Público e o Sindicato das Associações de Futebol, está colhendo os dados dos torcedores curitibanos, como RG, CPF, endereço, foto e impressões digitais. O cadastramento dos integrantes das organizadas de Atlético Paranaense e do Paraná já foi concluído. De acordo com o ministério, a iniciativa é um piloto que deverá ser levado para todo o país. Pelo Estatuto do Torcedor, só quem estiver cadastrado no Programa Torcida Legal vai poder frequentar os estádios com o uniforme das organizadas. A medida busca coibir a violência entre as torcidas e garantir a segurança de quem frequenta os estádios. O gerente comercial Alysson Silveira foi um dos torcedores que aproveitaram o dia para fazer o cadastro. Segundo ele, só depois do Torcida Legal é que resolveu entrar para a Império Alviverde, do Coritiba, uma das principais torcidas do Paraná.

TEC/SONORA: Torcedor - Alysson Silveira

"Com o surgimento do Torcida Legal, eu fiquei mais tranquilo em entrar nos estádios, dá mais segurança, eu posso trazer minha família. Ficava difícil, complicado, para trazer quando não tinha o Torcida Legal. Você não sabe quem é quem nos estádios."

LOC/REPÓRTER: Pensamento igual ao de Alysson Silveira é o do puxador de torcida da Império, Juliano Rodrigues, primeiro torcedor a ser cadastrado no Torcida Legal. Para Juliano, a medida afasta o mau torcedor, além de ajudar a identificar e punir quem procura confusão nos estádios.

TEC/SONORA: Integrante da Império Alviverde - Juliano Rodrigues

"Muita gente se esconde atrás da identidade da torcida porque, na torcida, ele tem um rosto sem nome. Agora, com o cadastramento, todo rosto vai ter um nome, e, ali, ele vai ter que pagar pelos seus atos."

LOC/REPÓRTER: Juliano Rodrigues lembra que o Estatuto do Torcedor não prevê apenas deveres, mas também estabelece direitos. Para Maria Cristina Baez, integrante da bateria da Império Alviverde, o projeto vai permitir que os torcedores não tenham receio de mostrar no estádio toda a paixão pelo clube.

TEC/SONORA: Integrante da Império Alviverde - Maria Cristina Baez

"Estava mais do que na hora disso acontecer. Pra gente ter mais segurança, mais liberdade do que a gente faz aqui dentro, poder entrar dentro do estádio e demonstrar o que a gente é."

LOC/REPÓRTER: Maria Cristina tenta traduzir, em palavras, a paixão pelo Coxa e pela torcida que frequenta.

TEC/SONORA: Integrante da Império Alviverde - Maria Cristina Baez

"Uma coisa que você se dedica e você sabe que lá pra frente todo mundo fala: 'Ah, você se dedica e nunca ganha nada com isso?. Ganha! As emoções que a gente sente aqui dentro... tem que estar aqui dentro e tem que gostar muito. É muito bom estar aqui."

LOC/REPÓRTER: Maria Cristina é integrante de torcida organizada desde os 11 anos de idade. Atualmente, ela toca surdo na bateria da Império Alviverde. Segundo dados preliminares dos responsáveis pelo cadastramento, mais de mil torcedores de Atlético Paranaense, Coritiba e Paraná já foram cadastrados.

Reportagem: Francisco Jr.

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