No Dia Mundial da Atividade Física, comunidade do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, ganha academia ao ar livre

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Última atualização em Quinta, 09 Julho 2015 11:16

Publicado em Quinta, 07 Abril 2011 00:00

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O espaço, de duzentos e trinta metros quadrados, no bairro de Ramos, está equipado com 25 aparelhos de musculação e vai oferecer aulas gratuitas de ginástica localizada, abdominal, alongamento, yoga, tai-chi-chuan e capoeira

LOC/REPÓRTER: Se a desculpa para não frequentar uma academia era pagar a mensalidade, agora, já não há mais argumentos - pelo menos para os moradores do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. A comunidade ganhou, nesta quarta-feira, um espaço exclusivo para a prática de exercícios físicos. O custo será zero para os frequentadores. A iniciativa, batizada de "Academia na Praça", é uma parceria entre o Ministério do Esporte, a ONG Arte e Vida, o Banco Santander e a Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. A ideia surgiu na Califórnia, nos Estados Unidos, e foi aprimorada aqui, no Brasil. O engenheiro responsável pelo projeto, Marcus Moraes, descreve os diferenciais dessa academia.

TEC/SONORA - Engenheiro responsável pelo projeto, Marcus Moraes

"A academia é especial porque ela conta com equipamentos feitos em aço inoxidável, próprios para estarem expostos ao tempo. Os aparelhos são todos envolvidos para resistirem à chuva, ao sol, e o acabamento que a gente dá no equipamento é que é próprio para estar ao ar livre. São projetados pra receber um grande número de alunos."

LOC/REPÓRTER: De acordo com o engenheiro Marcus Moraes, os equipamentos também são diferentes daqueles oferecidos em academias convencionais. Eles são mais resistentes, o que diminui a necessidade de manutenção. O presidente da Comissão Técnica da Lei de Incentivo ao Esporte, Ricardo Cappelli, está entusiasmado com o conjunto do projeto.

TEC/SONORA - Presidente da Comissão Técnica da Lei de Incentivo ao Esporte, Ricardo Cappelli (1:05)

"São equipamentos de última geração que vai permitir o acesso àquela população de uma atividade física orientada e de qualidade. Não é todo mundo que tem recurso pra pagar uma academia e, com essa iniciativa, a gente tá democratizando o acesso á atividade física num local muito importante, muito simbólico pro Rio de Janeiro."

LOC/REPÓRTER - Ricardo Cappelli ressaltou que iniciativas como esta ajudam a consolidar a prática esportiva. A estimativa é de que sejam atendidas, por dia, seiscentas pessoas nessa academia a céu aberto, construída em apenas três semanas, num espaço de duzentos e trinta metros, no bairro de Ramos. São vinte e cinco equipamentos para musculação, disponíveis para os moradores, de segunda a sábado. E quem pensa que só tem musculação, está enganado. O projeto inclui ginástica localizada, alongamento, abdominal, capoeira, yoga e tai-chi-chuan. A comunidade está animada e ansiosa para o início das atividades. A dona de casa Mônica Oliveira é uma delas.

TEC/SONORA - moradora Mônica Oliveira

"Eu achei muito legal, né, porque às vezes a gente quer uma academia, mas às vezes não tem condição de pagar. A gente que mora aqui no Complexo do Alemão pode fazer a inscrição e fazer gratuitamente. Eu tenho problema de pressão, de coração, então isso vai ficar melhor pra mim, que é pra mim emagrecer. É bom pra saúde. Vou fazer a inscrição e vou vir, todo dia."

LOC/REPÓRTER: Mônica Oliveira, que mora há 10 anos no Complexo do Alemão, promete ser presença constante no espaço - tudo para melhorar a saúde dela. A implantação da academia no Complexo do Alemão é para incentivar os moradores a se exercitarem, como explica o professor de educação física e coordenador do projeto, Manoel Coutinho.

TEC/SONORA - Professor de Educação Física, Manoel Coutinho

"A obesidade, hoje, é um problema de saúde pública. E toda a tendência leva a crer que isso deverá continuar a aumentar. Contra isso, nós temos que promover o estímulo à prática de atividade física e esse é que é o intuito do projeto: é levar a atividade física pra próximo dessas pessoas."

LOC/REPÓRTER: Manoel Coutinho, que é da ONG Arte e Vida, adiantou que uma outra academia a céu aberto deve ser instalada também no Rio de Janeiro. O investimento e a manutenção do espaço no Complexo do Alemão será de seiscentos e cinquenta mil reais, pelo menos, até 2012.

Reportagem, Natália Borges.

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