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Brasil goleia a Espanha e festeja o quarto título da Copa das Confederações

Poucos brasileiros poderiam imaginar tamanha alegria na final da Copa das Confederações da FIFA 2013. Do outro lado estava a Espanha, campeã do mundo, considerada a melhor seleção do planeta e há 26 jogos invicta em jogos oficiais. Mas os 73.531 torcedores que foram ao maior templo do futebol mundial - o Maracanã - viram a Seleção Brasileira mostrar talento e determinação para alcançar um sonoro 3 a 0, com ótimas atuações de Fred, Neymar e de toda a defesa. Com o resultado deste domingo (30.06), o Brasil chega ao quarto título do torneio, o terceiro de forma consecutiva (2009, 2005 e 1997).

Muito satisfeito com o primeiro título desde sua volta à Seleção Brasileira, o técnico Luiz Felipe Scolari admitiu que o placar elástico surpreendeu. "Não estava previsto. Mas é um caminho que nós percorremos. Mas agora a gente pode trilhar o caminho com mais confiança, que é o que a gente quer", afirmou. O treinador espanhol, Vicente Del Bosque, reconheceu a superioridade brasileira no jogo. "A equipe brasileira foi melhor. Temos de dar os parabéns. Não há nenhuma mancha a colocar", disse.

O título brasileiro foi conquistado de forma incontestável, com cinco vitórias em cinco jogos. Na primeira partida, na abertura do torneio, 3 x 0 sobre o Japão, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília. Em seguida, o Brasil foi a Fortaleza e derrotou o México por 2 x 0. Na partida que decidiu o primeiro lugar do grupo, 4 x 2 em cima da Itália, em Salvador. Na semifinal, vitória dura no clássico sul-americano contra o Uruguai: 2 x 1 no Mineirão, em Belo Horizonte.

Esta foi a quarta conquista da Copa das Confederações pela Seleção Brasileira. Na final da edição de 1997, o Brasil goleou a Austrália por 6 x 0, na Arábia Saudita. Em 2005, na Alemanha, mais uma goleada: 4 x 1 sobre a Argentina. A conquista de 2009, na África do Sul, foi com uma virada emocionante sobre os Estados Unidos: 3 x 2.

Primeiro tempo
O técnico brasileiro Luiz Felipe Scolari mandou a campo a seguinte formação: Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho, Oscar; Hulk, Neymar e Fred. Pelo lado espanhol, o treinador Vicente del Bosque escalou Iker Casillas; Alvaro Arbeloa, Gerard Piqué, Sergio Ramos e Jordi Alba; Sergio Busquets, Xavi, Andres Iniesta, Pedro e Juan Mata; Fernando Torres.

O Brasil jogou com camisas amarelas e calções e meias brancas. A Espanha vestiu seu tradicional uniforme: camisas e meias vermelhas e calções azuis escuros. O árbitro escalado pela FIFA foi o holandês Bjorn Kuipers.

O jogo começou com o máximo de emoção: gol brasileiro logo antes do segundo minuto de jogo. Após tabela com Oscar, Hulk cruzou para a segunda trave. Neymar e Fred disputaram no ar com Piqué e Arbeloa. A bola sobrou para Fred que, deitado, conseguiu desviar de Casillas e estufar as redes.

Aos 6 minutos, a primeira chegada com mais perigo na área brasileira. Juan Mata cruzou pela esquerda e a bola chegou a tocar na mão de Marcelo, mas o braço do defensor brasileiro estava grudado ao corpo. No minuto seguinte, mais um grande  lance do ataque brasileiro. Neymar tentou fazer a bola chegar a Marcelo pelo lado esquerdo da área. Arbeloa cortou, mas chegou a Fred, que ajeitou de calcanhar para Oscar. O meia brasileiro chutou forte, mas não acertou o gol de Casillas.



Paulinho quase fez um golaço aos 12 minutos. O volante brasileiro interceptou a saída de bola da defesa espanhola e arriscou um toque sutil, tentando encobrir Casillas. O goleiro espanhol conseguiu dar alguns passos para trás e evitou o segundo gol.

O primeiro cartão amarelo saiu aos 14 minutos. A defesa brasileira lançou Neymar, que receberia sozinho, no meio de campo. O lateral Alvaro Arbeloa puxou o atacante brasileiro e impediu o contra-ataque. Após o lance, vários jogadores se desentenderam e o clima esquentou.

Iniesta arriscou de longe, aos 14 minutos, e Júlio César fez sua primeira intervenção e concedeu escanteio. Após a cobrança de escanteio, Fernando Torres cabeceou com muito perigo e a bola acertou o poste que sustenta a rede atrás do gol. Aos 22, o zagueiro espanhol Sergio Ramos cobrou falta da intermediária. O chute saiu muito forte, mas sem direção.

O Brasil só voltou ao ataque dois minutos depois. Daniel Alves encontrou Fred entrando pelo lado direito da área espanhola. O autor do gol brasileiro finalizou sem muito perigo.

Aos 28, Sergio Ramos derrubou Oscar na entrada da área, após ótima jogada de Hulk. O árbitro holandês Bjorn Kuipers deu cartão amarelo para o espanhol. Na cobrança, Neymar rolou para o lado e Hulk soltou a bomba, por cima do gol de Casillas.

Casillas evitou mais um gol brasileiro aos 31 minutos. Pedro tocou errado no ataque e o Brasil partiu com muita velocidade. Neymar avançou com a bola e rolou para Fred, que entrou livre pelo meio da área. O atacante do Fluminense desperdiçou grande chance, chutando em cima do goleiro espanhol.

O melhor lance de ataque espanhol aconteceu aos 40 minutos. Juan Mata e Pedro saíram em velocidade e pegaram a defesa brasileira desarmada. Pedro ficou cara a cara com Júlio César e chutou cruzado no canto. David Luiz deu um carrinho e conseguiu evitar o gol, em um lance de muita garra que foi comemorado como um um gol pelos torcedores presentes ao Maracanã.

Aos 44 minutos, o atacante Neymar mostrou novamente seu talento na Copa das Confederações. O brasileiro, que deixou o Santos recentemente para seguir para o Barcelona, fez ótima jogada pela esquerda. Tocou para Oscar, evitou ficar impedido e recebu a bola pela esquerda da área. De perna esquerda, Neymar chutou sem chances para Casillas.

Ao final do primeiro tempo, a Espanha manteve a sua principal característica: ficou com 59% da posse de bola, contra 41% do Brasil. No entanto, o placar pendeu para o lado brasileiro.

Segundo tempo
A segunda etapa começou exatamente como a primeira: com gol do atacante brasileiro Fred. Marcelo conseguiu roubar a bola no meio e tocou para Oscar. Fred correu pela esquerda e foi lançado. Chutou com precisão, no canto esquerdo de Casillas. Este foi o quinto gol de Fred na competição - sem enfrentar o Taiti. Imediatamente, a torcida começou a cantar "o campeão voltou".

A Espanha perdeu ótima oportunidade de diminuir. Jesús Navas foi derrubado por Marcelo dentro da área, aos 8 minutos. Sergio Ramos se preparou para bater e foi vaiado pela imensa maioria dos presentes ao Maracanã. A vaia deu certo: o zagueiro espanhol cobrou a penalidade para fora.

A última derrota da Espanha havia sido no primeiro jogo da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, quando foram batidos pela Suíça por 1 x 0.

Vicente del Bosque fez suas três substituições antes dos 13 minutos. Arbeloa deu lugar a Azpilicueta, Mata saiu para a entrada de Jesús Navas e Fernando Torres foi substituído por David Villa.



Enquanto a torcida gritava olé, aos 18, Marcelo e Neymar tabelaram pelo lado esquerdo do ataque. O lateral brasileiro tinha a oportunidade de cruzar para o centro da área, onde Fred estava livre, mas optou por chutar direto. A bola atingiu o lado de fora das redes de Casillas.

Piqué levou cartão vermelho por uma falta violenta em Neymar, aos 23 minutos. O brasileiro partiu com a bola dominada desde o campo de defesa. O zagueiro espanhol só conseguiu pará-lo com o ato violento. Na cobrança, Neymar acertou a rede, mas por cima do gol de Casillas.

Aos 26, a Espanha conseguiu mais uma boa oportunidade, mas Sergio Ramos finalizou para fora, após confusão dentro da área brasileira.

A primeira substituição brasileira aconteceu pouco depois. Hulk, que jogou bem e impediu que Jordi Alba chegasse ao ataque com perigo, deixou o campo para a entrada de Jadson.

Aos 32, Neymar quase marcou seu segundo gol. Ele partiu em velocidade e chegou até a área da Espanha. Na hora da finalização, a zaga espanhola dividiu e Casillas ficou com a bola.

Fred, um dos melhores em campo, foi ovacionado ao deixar o gramado para a entrada de Jô, aos 34 minutos.

Júlio César fez duas grandes defesas, aos 35 e 40 minutos. Na primeira, Pedro chutou rasteiro de dentro da área e o goleiro desviou para escanteio. Na segunda, evitou que o chute de David Villa entrasse pelo alto. A terceira substituição brasileira ocorreu aos 42 minutos: Paulinho saiu para a entrada de Hernanes. Após o apito final do árbitro holandês, a torcida comemorou mais ainda.

Com um segundo tempo ainda melhor que o primeiro, o Brasil quase conseguiu igualar a quantidade de posse de bola: foram 52% para a Espanha e 48% para o Brasil.

Confira no Portal da Copa a cobertura completa da Copa das Confederações

Portal da Copa
Fotos: Danilo Borges
Ascom - Miistério do Esporte
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