O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, fez uma visita, nesta quinta-feira (18.04), à Arena da Amazônia, palco de Manaus para a Copa do Mundo e que alcançou 58% de conclusão das obras em abril. Acompanhado do governador do Amazonas, Omar Aziz, e do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, o ministro reconheceu o esforço local para receber o megaevento esportivo e voltou a afirmar que o Amazonas não poderia ficar de fora da Copa.

"É uma alegria voltar e testemunhar de perto o esforço de todos para fazer a Copa à altura das expectativas. As partidas em Manaus vão preencher a curiosidade e o interesse de muitas pessoas que querem conhecer essa metrópole no meio da floresta. Muita gente nem queria que a Copa fosse no Brasil. Em 1950, houve uma grande campanha contra a construção do Maracanã. Não daria para fazer esse evento sem 60% do território brasileiro e sem a cultura do Amazonas. Então, as críticas surgem, mas são residuais. Elas podem ter alguma repercussão, mas não são representativas da opinião do povo brasileiro", afirmou Aldo Rebelo.

O cumprimento do prazo para a entrega das obras da Arena da Amazônia, prevista para dezembro deste ano, foi garantido pelas autoridades presentes. "A terraplanagem e a fundação são etapas muito exclusivas, você não pode fazer mais nada além disso. Depois dessa estrutura pronta, diversas frentes de trabalho podem ser tocadas paralelamente, então se pode ter mais intensidade em várias ações, como as que estão sendo feitas agora. Então acho que isso dá ideia, de fato, do cronograma para dezembro", explicou o ministro.

O governador Omar Aziz lembrou algumas dificuldades pelas quais o projeto passou. "Vamos entregar a arena seis, sete meses antes da Copa. Esperamos fazer uma festa de inauguração em dezembro ou janeiro e depois três eventos-teste, com capacidade para 10 mil pessoas no primeiro, 20 mil no segundo e capacidade total no último. Mas, as pessoas ficam atentas somente às porcentagens e, às vezes, não sabem os arranjos que temos que fazer. No projeto básico estavam previstas mil estacas de fundação, mas tivemos que instalar 2600. A cobertura não pôde ser financiada, mesmo sendo mais barata e ficando pronta antes, porque foi feita por uma empresa estrangeira", apontou o governador.


O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, destacou o trabalho conjunto com o governo do Amazonas. "Temos trabalhado de maneira conjunta e complementar. Por isso, estamos reformando o Centro de Treinamento da Colina, a Arena da Amazônia está ficando pronta e até a Copa teremos uma cidade bonita, com transporte para recepcionar bem a todos. Hoje, Manaus está em dia com as suas responsabilidades para o Mundial", afirmou.

Obras
A Arena da Amazônia alcançou 58% de conclusão das obras em abril, conforme medição da construtora Andrade Gutierrez, responsável pelo projeto do estádio de Manaus para a Copa do Mundo de 2014. Uma importante etapa do empreendimento, a montagem da fachada e da cobertura do estádio, tem previsão de início em maio e término em outubro. Segundo o Secretário de Copa do Amazonas, Miguel Capobiango, esta etapa representa 20% da obra.

A primeira das três remessas das estruturas metálicas da cobertura e da fachada da arena embarcou na cidade de Aveiro, ao norte de Portugal, nesta quarta-feira (17.04) e levará 20 dias para chegar a São Paulo. As peças serão transportadas em um barco e levarão mais 10 dias para chegar a Manaus.

Aproximadamente 180 peças, com um total de 1,3 mil toneladas, virão para o Brasil nessa primeira remessa. Elas foram produzidas em três fábricas diferentes da empresa portuguesa Martifer Construction e transportadas em caminhões para o terminal portuário de Aveiro. Para o carregamento do navio foram usados um guindaste em terra e outros dois guindastes da embarcação. As maiores peças têm 22 metros de comprimento e pesam 17 toneladas.

Atualmente, os trabalhos na Arena da Amazônia se concentram no fechamento da estrutura de concreto. O anel inferior das arquibancadas está finalizado e o superior deve ser concluído até maio. A impermeabilização do concreto e a parte de acabamento de banheiros e vestiários são outras frentes de trabalho em andamento no local. Ainda no próximo mês terá início a desmontagem do guindaste localizado no centro do futuro campo de jogo, para, em seguida, começar o rebaixamento em dois metros do terreno.

Os torcedores que forem assistir a um dos quatro jogos da Copa do Mundo na capital amazonense terão acesso à Arena da Amazônia por meio de duas grandes rampas, que levarão a uma praça elevada entre os anéis inferior e superior da arquibancada, pelo setor leste. Deste lado, o edifício possui três níveis. Além das arquibancadas, há um túnel para área técnica com todo o cabeamento do estádio. No setor oeste, ao lado do Sambódromo, são quatro níveis, que incluirão área VIP, vestiários e estacionamento.

Ao todo, 1,7 mil operários trabalham em dois turnos, sendo um noturno, para entregar a arena em dezembro de 2013. Com uma área total de 72 mil m², a Arena da Amazônia terá capacidade para 44 mil torcedores, sendo 40 mil durante o Mundial. O projeto está orçado em R$ 515 milhões e terá R$ 375 milhões de financiamento federal.