Separadas por 12 mil quilômetros, duas nações emergentes, com economias completamente diferentes, estão numa corrida semelhante. O Brasil quer fazer uma das melhores Copas do Mundo já realizadas. O Qatar, do outro lado do mundo, também, cada uma a seu modo. A dez anos da Copa do Mundo do Qatar de 2022, o país do Oriente Médio, cercado pelo Iraque, no Norte, Irã, no Leste e Arábia Saudita, no Oeste, já está trabalhando de maneira organizada e planejada, assim como o Brasil, na realização desse megaevento. Uma das iniciativas dos dirigentes do Qatar foi criar um fórum permanente, o Doha Goals, para discutir desde já as melhores iniciativas a serem tomadas.

O fórum conta com a participação do setor privado, de ONGs e do governo do Qatar, com o objetivo de realizar uma Copa mundial de futebol inovadora, antenada com o mundo contemporâneo, em que a participação dos jovens e a preocupação com o meio ambiente são prioridades.

Foi por isso que desembarcou nesse domingo (09.12) em Doha, a capital do país, uma delegação do Ministério do Esporte do Brasil, formada pelo chefe de Gabinete da pasta, Vicente Neto, e pelo embaixador Carlos Henrique Cardim, chefe da Assessoria Internacional. O ministro Aldo Rebelo decidiu enviar a comitiva para trocar experiências com o país do Oriente Médio e com dezenas de delegados do mundo inteiro.

O Doha Goals Forum começou nesta segunda-feira (10) e vai até quarta, no Aspire Dome, um centro de treinamento desportivo de primeira linha, localizado no coração do país com uma das maiores rendas per capitas do mundo. Mas futebol, embora seja uma das paixões do Qatar, não será o único tema de debate. O país quer realizar a Copa do Mundo como se preparasse também para receber os Jogos Olímpicos.

Nestes três dias, os brasileiros vão se encontrar com diversas autoridades como o H.E. Sheikh Abdulrahman Al-Thani, que é o braço direito do Emir e monarca do país, o Emir Hamad bin Khalifa Al-Thani. Ele atua como um ministro do Esporte e viaja o mundo inteiro recolhendo experiências positivas. Na véspera do evento, ele declarou que "o Doha Goals é uma iniciativa baseada no esporte e que nós esperamos que traga o mundo para mais perto. Por meio dessa iniciativa e do esporte em geral, nós planejamos avançar no desenvolvimento individual e em grupo para a população em todo o mundo", disse o sheikh.

Além das delegações internacionais, já estão na capital Doha cerca de 400 estudantes do mundo inteiro - nove que vieram do Brasil - para participar como futuros embaixadores do esporte. Eles irão aos debates e reuniões nas quatro plenárias e vão interagir com líderes mundiais dos diferentes governos e empresários, além de atletas internacionais.

Vicente Neto e o Embaixador Cardim tiveram nesta segunda uma rápida reunião com o grupo para sondar as inspirações e ideias que estão trazendo na bagagem. É como se a geração atual estivesse passando o bastão, numa expressão que os próprios organizadores do Doha Goals gostam de repetir, para o futuro para discutir e criar um plano de ação para o crescimento sustentável por meio do esporte.

Confira a matéria em áudio:

Douglas De Felice, de Doha, Qatar
Ascom - Ministério do Esporte   
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