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Copa sustentável é prioridade para autoridades e especialistas
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- Publicado em Quarta, 12 Setembro 2012 19:01
O desafio de promover uma Copa sustentável e as possibilidades de transformação urbana potencializadas pelo torneio começaram a ser debatidos nesta quarta (12.09), em Brasília, durante o seminário Copa 2014: oportunidades para a sustentabilidade urbana.
Na abertura do evento, organizado pelo Ministério do Esporte em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o ministro Aldo Rebelo destacou a sustentabilidade como conceito essencial para que a Copa vá além do futebol. "A partir do Mundial, devemos criar experiências, modelos e projetos que ajudem o Brasil e o mundo a ter uma vida mais sustentável."
O ministro comentou a cooperação técnica firmada entre o ministério e o BID em 2011, que deve ser ampliada. "O BID tem a experiência internacional que ajuda a trazer técnicas e políticas que agregam soluções e antecipam problemas que poderíamos ter durante a Copa. Pretendemos ampliar a parceria principalmente na relação do Brasil com outros países sul-americanos", disse.
A representante do banco, Daniela Carrera-Marquis, ressaltou que o evento de Brasília já é um desdobramento de outro fórum de debates, realizado em setembro do ano passado, em Manaus. "Naquela ocasião, as cidades-sede tiveram contato com soluções internacionais e puderam identificar a relevância e aplicabilidade para o Brasil. Agora elas já são as representantes das suas iniciativas", afirmou.
O desafio da transformação urbana nas cidades-sede também foi ressaltado pela representante da FIFA, Paula Gabriela Freitas. Ela disse que a FIFA e o Comitê Organizador Local (COL) esperam que a Copa no Brasil seja uma das mais sustentáveis e que sirva de exemplo para as próximas edições. E isso, segundo ela, não tem a ver só com estádios. "Se as cidades não forem sustentáveis em todos os sentidos, os visitantes não chegarão antes, não ficarão depois para entender um pouco mais da nossa cultura fora dos jogos. Não só o estádio tem que estar em boas condições."
Planejamento
No primeiro painel, "A dimensão da sustentabilidade na imagem das cidades-sede: desafios e oportunidades para a sustentabilidade urbana com a realização da Copa 2014", o assessor especial do Ministério do Esporte Eugenius Kaszkurewicz fez uma apresentação sobre a política e a estrutura do governo federal para a Copa.
"Queremos reforçar a liderança global na área de meio ambiente e sustentabilidade, promovendo ações estruturantes e mobilizando a sociedade para novos valores. As iniciativas de sustentabilidade têm que ser trabalhadas em conjunto com a inclusão social", destacou.
Na sequência, José María Ezquiaga, arquiteto e professor da Universidade Politécnica de Madri e ex-diretor de planejamento urbano para a região de Madri, apresentou um estudo de caso realizado há dois anos, com apoio do BID. Ele citou experiências como Barcelona (Jogos Olímpicos de 1992) e Turim (Jogos de inverno em 2006). "Nos megaeventos, quanto maior o planejamento, mais êxito terá o legado", acentuou.
Segundo José María, fundamentado na análise das experiências nacionais anteriores à Copa, o estudo concluiu que as cidades brasileiras são capazes de desenvolver projetos sustentáveis complexos, mas eles devem ser multissetoriais. "É fundamental a combinação do macrourbanismo com o microurbanismo, ou seja, as grandes estruturas devem ser conectadas com a realidade das pessoas. As inovações tem que ser colocadas a serviço da população."
Carlos Leite, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e autor do livro "Cidades sustentáveis, cidades inteligentes", concordou. "O grande erro do século XX foi ter pensado apenas nas estruturas. Isso é urbanificação, não urbanidade. Cidade tem que ser feita para as pessoas."
Novamente a cidade espanhola sede das Olimpíadas de 1992 foi citada. "O caso de Barcelona é clássico. A requalificação e o desenvolvimento urbano foram pensados antes, durante e depois dos jogos. Houve um aprimoramento e um investimento maior durante o evento, mas o planejamento continua, com várias ações integradas."
Estudos de caso
O seminário seguirá até o fim da tarde desta quinta-feira com os estudos de caso das cidades-sede. Cada uma apresentará até duas iniciativas sustentáveis, que tenham sido pensadas em virtude da Copa, com elementos de inovação e que possam ser replicadas em outras cidades de estados do país. No painel final, na tarde desta quinta (13.09), os representantes vão debater com especialistas os projetos apresentados e receberão sugestões para o aprimoramento das iniciativas.
Na abertura do evento, organizado pelo Ministério do Esporte em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o ministro Aldo Rebelo destacou a sustentabilidade como conceito essencial para que a Copa vá além do futebol. "A partir do Mundial, devemos criar experiências, modelos e projetos que ajudem o Brasil e o mundo a ter uma vida mais sustentável."
O ministro comentou a cooperação técnica firmada entre o ministério e o BID em 2011, que deve ser ampliada. "O BID tem a experiência internacional que ajuda a trazer técnicas e políticas que agregam soluções e antecipam problemas que poderíamos ter durante a Copa. Pretendemos ampliar a parceria principalmente na relação do Brasil com outros países sul-americanos", disse.
A representante do banco, Daniela Carrera-Marquis, ressaltou que o evento de Brasília já é um desdobramento de outro fórum de debates, realizado em setembro do ano passado, em Manaus. "Naquela ocasião, as cidades-sede tiveram contato com soluções internacionais e puderam identificar a relevância e aplicabilidade para o Brasil. Agora elas já são as representantes das suas iniciativas", afirmou.
O desafio da transformação urbana nas cidades-sede também foi ressaltado pela representante da FIFA, Paula Gabriela Freitas. Ela disse que a FIFA e o Comitê Organizador Local (COL) esperam que a Copa no Brasil seja uma das mais sustentáveis e que sirva de exemplo para as próximas edições. E isso, segundo ela, não tem a ver só com estádios. "Se as cidades não forem sustentáveis em todos os sentidos, os visitantes não chegarão antes, não ficarão depois para entender um pouco mais da nossa cultura fora dos jogos. Não só o estádio tem que estar em boas condições."
Planejamento
No primeiro painel, "A dimensão da sustentabilidade na imagem das cidades-sede: desafios e oportunidades para a sustentabilidade urbana com a realização da Copa 2014", o assessor especial do Ministério do Esporte Eugenius Kaszkurewicz fez uma apresentação sobre a política e a estrutura do governo federal para a Copa.
Kaszkurewicz: "Iniciativas de sustentabilidade têm
que ser trabalhadas com inclusão social"
que ser trabalhadas com inclusão social"
"Queremos reforçar a liderança global na área de meio ambiente e sustentabilidade, promovendo ações estruturantes e mobilizando a sociedade para novos valores. As iniciativas de sustentabilidade têm que ser trabalhadas em conjunto com a inclusão social", destacou.
Na sequência, José María Ezquiaga, arquiteto e professor da Universidade Politécnica de Madri e ex-diretor de planejamento urbano para a região de Madri, apresentou um estudo de caso realizado há dois anos, com apoio do BID. Ele citou experiências como Barcelona (Jogos Olímpicos de 1992) e Turim (Jogos de inverno em 2006). "Nos megaeventos, quanto maior o planejamento, mais êxito terá o legado", acentuou.
Segundo José María, fundamentado na análise das experiências nacionais anteriores à Copa, o estudo concluiu que as cidades brasileiras são capazes de desenvolver projetos sustentáveis complexos, mas eles devem ser multissetoriais. "É fundamental a combinação do macrourbanismo com o microurbanismo, ou seja, as grandes estruturas devem ser conectadas com a realidade das pessoas. As inovações tem que ser colocadas a serviço da população."
Carlos Leite, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e autor do livro "Cidades sustentáveis, cidades inteligentes", concordou. "O grande erro do século XX foi ter pensado apenas nas estruturas. Isso é urbanificação, não urbanidade. Cidade tem que ser feita para as pessoas."
Novamente a cidade espanhola sede das Olimpíadas de 1992 foi citada. "O caso de Barcelona é clássico. A requalificação e o desenvolvimento urbano foram pensados antes, durante e depois dos jogos. Houve um aprimoramento e um investimento maior durante o evento, mas o planejamento continua, com várias ações integradas."
Estudos de caso
O seminário seguirá até o fim da tarde desta quinta-feira com os estudos de caso das cidades-sede. Cada uma apresentará até duas iniciativas sustentáveis, que tenham sido pensadas em virtude da Copa, com elementos de inovação e que possam ser replicadas em outras cidades de estados do país. No painel final, na tarde desta quinta (13.09), os representantes vão debater com especialistas os projetos apresentados e receberão sugestões para o aprimoramento das iniciativas.
Carol Delmazo - Portal da Copa
Foto: Ivo Lima
Ascom - Ministério do Esporte
Confira o Portal da Copa, site do governo federal sobre a Copa 2014
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