Ministério do Esporte Em Sochi 2014, Brasil pode ter a maior delegação da neve na história nos Jogos de Inverno
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Em Sochi 2014, Brasil pode ter a maior delegação da neve na história nos Jogos de Inverno

Termina no dia 20 de janeiro o prazo para definição de índices e vagas para os Jogos Olímpicos de Inverno 2014, que serão disputados de 7 a 23 de fevereiro em Sochi, na Rússia. No esqui alpino, são duas vagas brasileiras: Jhonatan Longhi e Maya Harrisson têm os melhores resultados até agora. No cross-country, outras duas vagas devem ser de Leandro Ribela e Jaqueline Mourão. No snowboard, Isabel Clark tem todas as chances para conseguir vaga. E, pela primeira vez na história, o país terá representantes nos Jogos Paralímpicos de Inverno, que serão de 7 a 26 de março: André Cintra, no snowboard cross adaptado, e Fernando Aranha, no esqui cross country sitting.

Com as cinco vagas na neve, o Brasil igualaria o número de participantes que teve em Vancouver 2010. Mas o número poderá ser superado em Sochi 2014! O país está perto de alcançar a classificação no biatlo, com Jaqueline Mourão, e as ex-ginastas Josi Santos e Laís Souza ainda podem conseguir vaga no esqui aerials – modalidade de descida na neve com acrobacias aéreas.

Atletas brasileiras ainda podem conseguir vagas no esqui aerials (Fotos: Divulgação/CBDN)Atletas brasileiras ainda podem conseguir vagas no esqui aerials (Fotos: Divulgação/CBDN)

No esqui alpino, cinco atletas (três homens e duas mulheres) entraram na briga por duas vagas (masculina e feminina). Dos homens, Jhonatan Longhi conseguiu melhores resultados na disputa com Fábio Gugliemini e Tobias Macedo. Das mulheres, quem se colocou à frente foi Maya Harrisson, que se recuperou de lesões sérias no joelho e teve melhor perfomance a partir de agosto passado, no Campeonato Brasileiro em Valle Nevado, no Chile, do que Chiara Marano.  Jhonathan e Maya têm índice, mas ainda participam de competições até o prazo final – o dia 20.

A luta dos brasileiros pelas vagas olímpicas começou em novembro, com a participação em provas e etapas de Copa do Mundo de suas modalidades, em sua maioria na Europa. No esqui, cada brasileiro participa de cerca de 20 provas, do slalom e do slalom gigante, e de etapas da Copa do Mundo, já simulando situações para os Jogos Olímpicos.

Pedro Cavazzoni, superintendente técnico da Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN), destaca que o calendário do esqui alpino é muito extenso e os atletas procuram as provas com condições mais favoráveis a eles. “Esse calendário é bem dinâmico. De acordo com o tempo, o clima, há provas canceladas, transferidas de dia. Às vezes há três, quatro provas em locais diferentes, em um mesmo fim de semana”, explica.

Jaqueline Mourão faz história

No esqui cross country, este ano a modalidade sprint será na distância mais curta, de 1,6 km (em Vancouver 2010, a prova foi na longa distância, de 15 km). Essa modalidade, de velocidade, é uma das principais para os atletas brasileiros – que não têm tanta técnica para a modalidade clássica, onde os atletas seguem com os esquis em trilhos sulcados na neve.Jaqueline Mourão deve representar o Brasil no esqui cross country e busca vaga no biatlo (Foto: Divulgação)Jaqueline Mourão deve representar o Brasil no esqui cross country e busca vaga no biatlo (Foto: Divulgação)

Leandro Ribela tem índice e deve ficar com a vaga. No feminino, Jaqueline Mourão é a atleta com melhores resultados que a adversária, Milene Picin.

Jaqueline ainda pode conseguir vaga no biatlo – e seria a primeira a classificar o país nesse esporte de inverno, dependendo da realocação de vagas por países, que será apenas no dia 29 deste mês.

Pedro Cavazzoni lembra que a brasileira está em 32º no ranking e teria de estar entre as 27. Mas os países mais tradicionais, à frente do ranking, têm direito a seis vagas e a tendência é não levar um número tão grande de atletas para uma prova. Assim, há boas chances para a brasileira. Jaqueline então competiria em dois esportes em Sochi. E chegaria a cinco Jogos Olímpicos – dois de verão (no mountain bike) e três de inverno (esqui cross country e biatlo).

Isabel Clark é praticamente certa no snowboard, porque é a 16ª do ranking, com classificação olímpica até as 24 primeiras. Está “bem encaminhada”, segundo o superintendente e deve fechar a preparação com duas etapas da Copa do Mundo neste fim de semana, em Andorra (foram canceladas as últimas duas, em Veysonnaz, na Suíça, que seria nos dias 18 e 19, por falta de condições adequadas de neve).

Chances nas acrobacias aéreas

Ainda há chances de Laís Souza e Josi Santos, que foram da ginástica artística, conseguirem vaga para a modalidade aerials – que tem descida na neve com acrobacias. A CBDN fez um estudo sobre o potencial brasileiro nos esportes de neve e o esqui aerials é a modaldiade que abre mais possibilidades, por ainda ser nova e não tão concorrida (além de ter os critérios mais favoráveis de classificação). Além disso, segundo o superintendente técnico, é mais fácil ensinar as ginastas a esquiar do que o contrário: fazer esquiadoras realizarem acrobacias aéreas.

As duas participaram de copas continentais em Ruka, na Finlândia, e Park City, nos Estados Unidos, e conseguiram vaga em três etapas da Copa do Mundo. Com cerca de cinco meses de aprendizado, as duas “evoluíram 100% de acordo com o planejamento”, segundo Pedro Cavazzoni. “A adaptação foi muito boa. Talvez a surpresa tenha sido a progressão tão rápida em um período bem ‘condensado’. Foi essa a surpresa: a velocidade com que se adaptaram”, disse.

Depois da primeira etapa, nesta sexta-feira (10.02), em Deer Valley, nos Estados Unidos, ainda haverá a disputa na terça-feira (14.02) em Val St. Cone, no Canadá, e a última delas no dia 18, em Lake Placid, nos Estados Unidos.

Em relação às modalidades que fazem parte do programa da Confederação de Desportos no Gelo (CBDG), a patinadora Isadora Williams já tem vaga assegurada – será a primeira vez que o Brasil terá representante na modalidade. Ainda há tentativas de classificação no bobsled masculino e no feminino. O prazo de classificação se encerra no dia 19 de janeiro.

Mais de R$ 1,5 milhão em convênios

A CBDN tem cerca de 50 atletas competindo na América do Sul (no inverno austral) e na Europa e América do Norte (no inverno boreal), com apoio direto de equipes técnicas multidisciplinares, contratadas de acordo com planos apresentados para receber recursos do Ministério do Esporte. O convênio de 2011 previa R$ 556.336,43, e o de 2012, R$ 982.656,59, em total que ultrapassa R$ 1,5 milhão.

Na temporada 2012/2013, o Brasil teve 283 participações em provas oficiais (e mais 74 não oficiais), com 11 recordes brasileiros quebrados (incluindo os paraolímpicos), com 72 medalhas internacionais.

A primeira participação do Brasil em Jogos Olímpicos de Inverno foi em Albertville 1992, na França. Agora, em Sochi 2014, devem competir 2.800 atletas de 85 países.

Denise Mirás
Ascom – Ministério do Esporte
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