Ministério do Esporte Treinos fortes e determinação valem vaga inédita para o bobsled da piloto Fabiana em Sochi
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Treinos fortes e determinação valem vaga inédita para o bobsled da piloto Fabiana em Sochi

Fabiana dos Santos, piloto da dupla de bobsled com a brakewoman Sally Mayara, conta que está muito feliz por ter aproveitado a oportunidade que teve, de treinar e aprender, até conseguir a vaga para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de InvernoFabiana dos Santos/Arquivo pessoalFabiana dos Santos/Arquivo pessoal de Sochi, entre 7 e 23 de fevereiro. “Para mim, 2013 foi o ano em que dei um passo muito grande pelos treinos em Calgary, no Canadá. Sei que aproveitei tudo o que pude, junto com os outros atletas brasileiros. Nossa meta agora é competir da melhor maneira possível na Rússia”, diz a garota, que já foi do atletismo e também do levantamento de peso.
 
O Brasil terá ainda atletas no bobsled masculino, mas no de quatro vagas: Édson Bindilatti, Édson Ricardo Martins, Fábio Gonçalves Silva e Odirlei Carlos Pessoni, mais um reserva, que deverá ser Rodrigo dos Santos ou Davidson Henrique de Souza. 
 
Com a classificação dos dois trenós, o Brasil já tem a maior delegação da história dos Jogos de Inverno, com 12 atletas, entre os esportes de neve e de gelo (ainda há chances para o esqui aerials, com Laís Souza e Josi Santos, e no biatlo, com Jaqueline Mourão, com a relocação de vagas por países). A maior delegação do Brasil havia sido a de Salt Lake City 2002, com dez atletas, em quatro modalidades: esqui alpino, esqui cross country, bobsled e luge.
 
Tombo dramático não deixou medo
Fabiana dos Santos diz ter “nascido de novo” depois do tombo assustador que sofreu em janeiro de 2011, na etapa de Winterberg, Alemanha, da Copa do Mundo de Bobsled. O trenó, onde estava com a brakewoman Daniela Ribeiro Santos virou e, pior - Fabiana perdeu o capacete. Por isso, foi batendo a cabeça na descida em velocidade, na canaleta de gelo e, além das pancadas, sofreu queimaduras no rosto.
 
Já em casa, em Sorocaba, com um mês de recuperação, a atleta comentou que “Deus estava 100% do meu lado naquele instante, cuidando só de mim e de mais ninguém”, mas se mostrava disposta e bem-humorada, garantindo que apagou o acidente da memória e não havia “sobrado” medo nenhum. Tinha voltado a treinar por conta própria, pulando corda, correndo pelo campo e empurrando a Caravan cinza do pai, para manter a força, a velocidade e a explosão necessárias para empurrar o bobsled antes da descida.
 
“Sempre fui uma atleta que batalhou muito para alcançar meus objetivos. Fui para o Pan do Rio 2007 pelo levantamento de peso, voltei para o bobsled e foquei os Jogos de Vancouver 2010, onde chegamos perto de classificar a dupla feminina. Agora, com o técnico Cristiano e trabalho duro, conseguimos ir a Sochi, assim como o quarteto masculino.”
 
Conquista da vaga inédita
Três temporadas depois, a atleta de 30 anos, 1,66 m e 78 kg, garante que nunca se viu fora da equipe do esporte que ama. “Também não pensei que o bobsled iria acabar por todos os problemas que passamos [a Confederação Brasileira de Desportos no Gelo sofreu intervenção]. Todas as mudanças só estão sendo positivas para o esporte no gelo. Realmente nasci de novo para o esporte no Brasil. Estou completamente renovada, e com foco na meta dos Jogos de Sochi, agora que estamos qualificadas.”
 
Com a efetivação de Emílio Strapasson na presidência da CBDG, foi possível programar o trajeto da luta pela vaga do bobsled nos Jogos de Sochi. Foram dois períodos de treinamento em Canadá com Cristiano Paes, ex-atleta em Salt Lake City 2002 que trabalha como técnico há dez anos em Calgary. Por isso, Fabiana diz que deu um grande passo em 2013, aprendendo muito e aproveitando tudo o que pôde. “Não foi fácil conquistar a vaga, com a CBDG, o nosso técnico Cristiano Paes, a assistente Heather Patterson, juntos, e todos os outros atletas. Trabalhamos muito para chegar aqui e vamos fazer o melhor possível em Sochi.”
 
Multiatleta, com memória esportiva
Fabiana dos Santos foi do lançamento do martelo, no atletismo, além de ter feito ginástica artística e depois levantamento de peso (neste, treinou e competiu por quatro anos, depois de passagem rápida pelo bobsled em 2003). Tem memória esportiva para concentração, força, explosão muscular necessária à modalidade de inverno, em que começou efetivamente na preparação de atletas para os Jogos Olímpicos de Inverno de Vancouver 2010. Esporte de alto risco requer atenção total e cuidado para as descidas a mais de 100 km/h.
 
Além de Sally Mayara, em Calgary também treinou Larissa Antunes da Silva, reserva da dupla. “Tivemos pouco tempo para trabalhar. Mas sempre tive boas parceiras. Liliane Menezes, que foi minha primeira brakewoman, Daniela Ribeiro, com quem conquistei um ouro em uma etapa da Copa América, em 2009, e agora a Sally. Os treinos em Calgary foram como começar algo novo. Na verdade, foi a primeira vez que pude me dedicar mesmo para o bobsled, com treinos de corrida e força cem por cento voltados para a modalidade.”
 
A piloto estará no Brasil ainda nesta semana. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) deve reunir os atletas de inverno por uma semana, antes do embarque para Sochi. “Treinamos muito forte em Lake Placid [onde foi a última competição, nos Estados Unidos, onde as brasileiras ainda poderiam somar pontos na tentativa da vaga). Não tivemos folga. E a temporada não acabou; temos os Jogos Olímpicos pela frente. Vamos fazer o nosso melhor e buscar um bom resultado.”
 
Equipe brasileira nos Jogos de Sochi
Em Vancouver 2010, o Brasil teve cinco atletas em três modalidades (esqui alpino, esqui cross country e snowboard). A primeira participação brasileira em Jogos de Inverno foi em Albertville, em 1992. 
 
Para Sochi, além do bobsled feminino e masculino, o gelo terá a patinadora Isadora Williams na estreia do Brasil na modalidade. Na neve,o país terá  Isabel Clark no snowboard cross; Leandro Ribela e Jaqueline Mourão no esqui cross country; e Jhonatan Longhi e Maya Harrisson no esqui alpino. Ainda precisam de confirmação a própria Jaqueline, no biatlo, e Lais Souza e Josi Santos no esqui aerials.
 
 
Denise Mirás
Ascom – Ministério do Esporte
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