Ministério do Esporte A 743 dias do Rio 2016, COB apresenta plano estratégico para país ser top10
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A 743 dias do Rio 2016, COB apresenta plano estratégico para país ser top10

Passadas as emoções da Copa do Mundo FIFA 2014, as atenções do esporte mundial se voltam, agora, para a próxima grande competição global a ser realizada no Brasil: os Jogos Olímpicos do Rio 2016.

Assim, a 743 dias do início da competição, em 5 de agosto de 2016, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) apresentou, na manhã desta quarta-feira (23.07), na sede da entidade, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, seu planejamento estratégico voltado para os Jogos de 2016. Participaram do evento, além do presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, e do diretor executivo de esportes da entidade, Marcus Vinícius Freire, a gerente geral de planejamento esportivo, Adriana Behar; o gerente geral de integração esportiva, José Roberto Perillier; o gerente geral de performance esportiva, Jorge Bichara; o gerente geral de jogos e operações internacionais, Gustavo Harada; e o gerente de performance, Sebastian Pereira.

Para os Jogos Olímpicos de 2016, o Brasil trabalha com uma meta audaciosa: terminar a competição entre os 10 melhores da classificação, levando-se em conta o número total de medalhas. Para isso, o país terá que quase dobrar o número de pódios conquistados na última edição olímpica, em Londres 2012, quando obteve 17 medalhas (recorde do país em uma única edição), terminando em 14º lugar na contagem geral de medalhas. Considerando que a Itália, 10ª colocada em Londres, conquistou, naquela edição, 28 medalhas e levando-se em conta a classificação dos Jogos anteriores, os cálculos são de que para ficar no top 10 o país precisará faturar entre 27 e 30 medalhas em 2016.

COB apresenta metas para Rio 2016 (Foto: Alexandre Castello Branco/COB)COB apresenta metas para Rio 2016 (Foto: Alexandre Castello Branco/COB)A missão caberá a pouco mais de 400 atletas, estimativa do Comitê sobre a delegação nacional em 2016. Do total, por ser o país sede, o Brasil já tem 300 vagas asseguradas. O COB informou ainda que dos 400 atletas, 196 estão sendo monitorados atualmente, em cerca de 20 modalidades, como as apostas para conquistar o maior número das medalhas do Brasil em 2016.

“Nós tínhamos que traduzir as possíveis medalhas em uma meta”, explicou Nuzman. “Acho que a meta motiva o atleta, motiva o torcedor e motiva quem está trabalhando na preparação. E não poderia ser uma meta que não fosse ousada em um evento no Brasil. A vida da gente é de desafios e acho que esse é um desafio legítimo e importante, porque os Jogos do Rio serão sempre a alavanca para 2020 e 2024 em diante. É uma oportunidade muito importante para o desenvolvimento (do esporte) e essa meta é uma provocação sadia”, continuou o presidente do COB.

O debate sobre a necessidade de se fixar metas de classificação para o país foi impulsionado pelo Ministério do Esporte logo depois dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, e ganhou forma de top 10 após a escolha do Rio de Janeiro como sede olímpica, em 2009, quando COB, governo federal e confederações iniciaram o planejamento estratégico para o Rio 2016.

Para chegar entre os deez em 2016, o COB, o governo federal, as confederações e os patrocinadores têm feito vários estudos técnicos e investido em várias áreas para que os atletas do alto rendimento nacional tenham as melhores condições de preparação e competição neste ciclo olímpico. Coreia do Sul, Itália, Holanda, Ucrânia, Canadá, Hungria, Espanha e Cuba são os principais rivais do país na briga pelo décimo lugar na classificação geral dos Jogos do Rio. Marcus Vinícius Freire ressaltou que o planejamento necessitou de uma ampliação no volume de recursos destinados à preparação dos atletas no atual ciclo olímpico.

Segundo ele, na preparação da delegação brasileira para os Jogos de Londres 2012 foram investidos cerca de US$ 350 milhões. Agora, o investimento ficará em torno de US$ 600 milhões, o que coloca o Brasil na mesma média dos países concorrentes ao posto de top 10 nos Jogos do Rio. Esses recursos, vale ressaltar, são a somatória de todos os investimentos feitos atualmente n a delegação brasileira e aí estão incluídos os gastos do governo federal (Lei Agnelo Piva, Bolsa Pódio e Plano Brasil Medalhas) e também as verbas dos patrocinadores privados.

Indagado qual era a maior dificuldade que o COB enfrenta hoje em seu planejamento estratégico para 2016, Marcus Vinícius foi direto: o tempo. “Faltam 744 dias (para o início dos Jogos, em 5 de agosto de 2016). Gostaria de ter mais 100 ou 200 dias. O ritmo de trabalho tem sido muito forte”, declarou o dirigente.

O planejamento estratégico do país foi montado após vários estudos e reuniões e contou com a participação do governo federal e das diversas confederações brasileiras que terão atletas nos Jogos do Rio 2016. O resultado foi um guia que servirá para balizar o desenvolvimento sustentável de todas as modalidades olímpicas. De acordo com esse guia, as 41 modalidades contempladas no plano estratégico foram divididas em quatro grupos, de acordo com suas capacidades de ter atletas no pódio em 2016: Vitais, Potenciais, Contribuintes e Legado.

As ações do Plano Estratégico têm como objetivo:

– Conquistar mais medalhas nas modalidades consideradas “Vitais”, ou seja, aquelas em que o Brasil tem bom histórico olímpico (vôlei, futebol, natação, judô, vela, entre outras)

– Reforçar as ações de sucesso das modalidades “Potenciais” (exemplos: boxe e ginástica) para conquistar medalhas no Rio, como aconteceu em Londres.

– Identificar e apoiar atletas em modalidades “Contribuintes” (pentatlo moderno, canoagem, entre outras), como foi feito com Yane Marques, medalhista em Londres.

– Seguir investindo em modalidades “Legado” para o desenvolvimento desses esportes visando aos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, de 2024 e em diante.

Acompanhe as principais ações para o ciclo olímpico do Rio 2016:

Qualificação técnica – Dentro do planejamento estratégico, os primeiros anos deste ciclo olímpico são voltados para a preparação técnica, física e mental e a estruturação esportiva das equipes brasileiras, a partir de sete ações básicas: suporte para treinamentos e competições; utilização das Ciências do Esporte; apoio a atletas e aos técnicos brasileiros; disponibilização de serviços médicos e fisioterapêuticos; aquisição de equipamentos esportivos; contratação de técnicos estrangeiros; e monitoramento de resultados internacionais.

Monitoramento – O Comitê Olímpico monitora os principais atletas brasileiros, buscando atender, em conjunto com as confederações, suas principais necessidades em termos de treinamento esportivo. Um dos objetivos principais desse monitoramento é avaliar que etapa o Brasil atingiu no processo de preparação das equipes e mapear atletas com chances de integrar a delegação brasileira em 2016, através da comparação de resultados obtidos em campeonatos mundiais ou rankings das federações Internacionais.

Com esses dados, o Ministério do Esporte, o COB, as confederações e as empresas estatais patrocinadoras estabelecem estratégias de investimentos visando ao aprimoramento e/ou desenvolvimento esportivo de cada esporte, disciplina ou atleta de potencial. O investimento busca atingir os detalhes que possam fazer a diferença no resultado final dos atletas.

Contratação e Capacitação de Treinadores – A participação de treinadores qualificados no processo de preparação de atletas e equipes é condição fundamental para o sucesso de uma campanha em competições como Campeonatos Mundiais, Jogos Olímpicos e Jogos Pan-americanos. Assim, a valorização dos treinadores, brasileiros ou estrangeiros, tem sido um dos pilares estratégicos do Brasil neste ciclo olímpico.

Atualmente, são 42 técnicos estrangeiros, de 23 modalidades, trabalhando com as equipes brasileiras, pagos com recursos de diversas fontes, principalmente a Lei Agnelo/Piva, convênios com o Ministério do Esporte, patrocínios de empresas públicas e Lei de Incentivo ao Esporte. O brasileiro Torben Grael (vela), o espanhol Jesús Morlán (canoagem), a japonesa Yuko Fuji (judô), o croata Ratko Rudic (polo aquático) e os técnicos de ginástica artística Alexander Alexandrov (Rússia) e Vladimir Vatkin (Bielorrússia) são contratados diretamente pelo COB e cedidos às Confederações, atuando nas equipes olímpicas do Brasil.

Estágios nacionais e internacionais – De acordo com o planejamento estratégico feito para cada modalidade, o investimento possibilita a realização de estágios nacionais e internacionais para diversas modalidades, incluindo a realização de campings de treinamento no Brasil e no exterior e a participação em competições estratégicas do calendário internacional. Ex: atletismo nos Estados Unidos, luta feminina no Japão, ginástica feminina na Alemanha.

Ciências do Esporte – Desde 2010 o COB vem desenvolvendo e aplicando avaliações e testes científicos com atletas e equipes olímpicas, visando à melhora de suas performances. Esse processo está sendo intensificado neste ciclo olímpico. Através do estudo das necessidades dos atletas/equipes, feito em conjunto com as confederações, o COB desenvolve projetos customizados, envolvendo diferentes áreas do conhecimento científico, que compreendem sete setores: Fisiologia (testes de campo e laboratório), Bioquímica, Nutrição, Preparação Mental (Psicologia e Coaching), Meteorologia & Geociência, Cinemática (análise de imagens) e Treinamento Esportivo. A partir daí, são realizados acompanhamentos de aspectos bioquímicos-nutricionais, ajustes necessários à preparação física, prevenção de lesões e ações fisiológicas de recuperação de atletas em treinamento e competições.

Equipamentos esportivos – O COB tem adquirido equipamentos e materiais esportivos específicos para diversas modalidades, entre eles 20 embarcações de vela, sendo dois barcos para cada uma das duas classes do Programa Olímpico do Rio 2016; equipamentos para a ginástica artística; equipamentos para salto com vara, cedidos para o treinamento dos principais atletas do Brasil na modalidade; armas para o tiro esportivo, entre outros.

Centro de Treinamento Time Brasil – Desenvolvido nas instalações do Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro, o CT conta, além das piscinas de natação e de saltos ornamentais, com Sala de Esportes de Combate, Sala de Força e Condicionamento, Sala de Descanso e Sala de Avaliação. O CT também dispõe de equipamentos de Ciências do Esporte que proporcionam a realização de treinamentos de alto nível e ajudam na análise e aperfeiçoamento dos movimentos de atletas de diversas modalidades, como natação, nado sincronizado, saltos ornamentais, atletismo, judô, entre outras, que utilizam regularmente as instalações do CT.

Bases Exclusivas – Assim como o Crystal Palace em Londres 2012 (sede da delegação nacional durante o período de preparação na Inglaterra), o Time Brasil terá uma base exclusiva de treinamento antes e durante o Rio 2016. O COB tem convênio firmado desde 2011 com o Exército brasileiro para utilização da Escola de Educação Física (EsEFEx) dentro da Fortaleza de São João, na Urca. O objetivo é dar privacidade e estrutura de qualidade para o treinamento da delegação brasileira. A EsEFEx terá capacidade para receber até 260 atletas em seus alojamentos. Catorze modalidades esportivas, como vôlei, basquete, atletismo, natação, entre outras, terão aparelhos novos e modernos na escola.

O COB também tem convênio com a Escola Naval para transformar o local em base exclusiva para a preparação da equipe brasileira de vela. A área náutica da Escola Naval será remodelada e ganhará uma nova cobertura para a proteção de equipamentos em relação ao clima, além de novas rampas e guindastes para barcos. O local servirá para o armazenamento de barcos, botes, motores, mastros, velas e todos os equipamentos da flotilha, prevista em aproximadamente 50 barcos.

Programa 20/24 – O COB contratou a inglesa Sue Campbell como consultora para o Programa 2020 e 2024 da entidade. O objetivo principal é auxiliar as Confederações Brasileiras Olímpicas no desenvolvimento e confirmação de atletas para o alto rendimento. Sue é ex-presidente da UK Sport, um dos órgãos que dirigem o esporte britânico.

Instituto Olímpico Brasileiro (IOB) – Em 2009, o COB lançou o Instituto Olímpico Brasileiro (IOB), cujo objetivo é gerar e difundir conhecimento ao promover uma formação profissional de alta qualidade por meio de programas de capacitação e desenvolvimento. Em cursos, seminários, congressos e demais eventos acadêmicos e científicos, o IOB contribui de forma significativa para o amadurecimento do esporte nacional de alto rendimento, apoiando profissionais do esporte e atletas em transição de carreira. Desde o seu lançamento, o IOB já formou 1134 alunos, está formando 205 treinadores do atletismo, natação, ginástica artística, judô, lutas associadas e taekwondo, através da Academia Brasileira de Treinadores, e já auxiliou 20 atletas no programa de apoio para transição de carreira.

Principais programas do IOB:

- Fundamentos da Administração Esportiva (FAE)
- Curso de Administração Esportiva (CAE)
- Curso Avançado de Gestão Esportiva (CAGE)
- Curso de Introdução ao Sistema Olímpico (CISO)
- Programa de Aperfeiçoamento de Gestores Esportivos (PAGE)
- Academia Brasileira de Treinadores (ABT)    
- Programa de Apoio ao Atleta (PAA)

Esporte de Base – O COB contribui para o desenvolvimento do esporte de base com a organização anual da etapa nacional dos Jogos Escolares da Juventude, em duas fases: para atletas entre 12 e 14 anos e 15 a 17. Maior competição estudantil do país, custeada com recursos da arrecadação das loterias, os Jogos Escolares da Juventude já reuniram mais de 12 milhões de crianças e jovens nos últimos seis anos. Só nos Jogos Olímpicos Londres 2012, o Time Brasil contou com 17 atletas que passaram pelos Jogos Escolares. Entre eles Sarah Menezes e Mayra Aguiar, medalhistas no judô em Londres. A expectativa é que para os Jogos Olímpicos Rio 2016 o número de atletas da delegação brasileira revelados pelos Jogos Escolares da Juventude seja ainda maior.

Assistência médico-hospitalar – O COB provê assistência médico-hospitalar para mais de 770 atletas brasileiros, auxiliando nos cuidados com a saúde, realização de exames clínicos e, consequentemente, contribuindo  para o aumento da performance esportiva do atleta.

Equipe – Trabalham no COB 24 atletas e técnicos olímpicos e pan-americanos. O COB possui ainda Comissão de Atletas formada por 19 membros, presidida pelo campeão olímpico do vôlei de praia Emanuel Rêgo.

Resultados – Em 2013, o Brasil conquistou 27 medalhas em provas olímpicas nos Campeonatos Mundiais ou competições equivalentes, sendo 8 de ouro, 10 de prata e 9 de bronze. Em termos de resultados, este foi o melhor primeiro ano de ciclo olímpico do Brasil. Em março de 2014, o Brasil disputou os Jogos Sul-americanos de Santiago, no Chile, com cerca de 500 atletas, e conquistou 258 medalhas, com mais do que o dobro de medalhas de ouro em relação ao segundo colocado, a Colômbia (110 x 53). Muitos destes atletas que competiram em Santiago estarão nos Jogos Olímpicos de 2016. Em 2015, será a vez dos Jogos Pan-americanos de Toronto, no Canadá, quando a delegação estará ainda mais próxima daquela que disputará os Jogos Olímpicos Rio 2016.

Exemplos de ações do COB de suporte para treinamento e competições de equipes e atletas brasileiros:

Ações diretas

1.    Atletismo
2.    Basquete
3.    Boxe
4.    Canoagem
5.    Ginástica Artística
6.    Judô
7.    Natação
8.    Pentatlo
9.    Vela
10.  Ciclismo BMX
11.  Lutas feminino
12.  Tiro com Arco
13.  Triatlo
14.  Handebol
15.  Nado Sincronizado
16.  Saltos Ornamentais

 Aquisição de equipamentos esportivos específicos             

•   Barcos e velas para a Vela
•   Armas para o Tiro Esportivo
•   Equipamentos de Ginástica Artística
•   Equipamentos para Levantamento de Peso
•   Canoagem - Canoa

Ciências do Esporte (22 profissionais)

1.    Fisiologia (testes de campo e laboratório)
2.    Bioquímica
3.    Nutrição
4.    Preparação Mental (Psicologia e Coaching)
5.    Meteorologia& Geociência
6.    Cinemática (análises de imagens)
7.    Treinamento Esportivo

 Apoio financeiro para atletas específicos e treinadores (29 atletas + 25 treinadores brasileiros)

1.    Atletismo
2.    Ciclismo BMX
3.    Ginástica Artística
4.    Hipismo
5.    Judô
6.    Natação
7.    Saltos Ornamentais
8.    Tiro Esportivo
9.    Pentatlo Moderno
10.  Vela

Serviços Médicos e Fisioterapêuticos

•   Atendimento e tratamentos médicos
•   Prevenção e recuperação de lesões
•   12 Médicos
•    25 Fisioterapeutas e Massoterapeutas

Contratação de Treinadores e Coordenadores Técnicos estrangeiros (42)

1.    Atletismo (COB) 5
2.    Basquete masculino 1
3.    Canoagem (COB) 1
4.    Ginástica Artística (COB) 3
5.    Handebol 1
6.    Judô (COB) 1
7.    Polo Aquático (COB) 1
8.    Tiro com arco (COB) 1
9.    Triatlo 1
10.  Vela (COB) 1

+ 26 de outras modalidades pagos com apoio da Lei Agnelo/Piva via Confederações, Lei de Incentivo, convênios com o Ministério do Esporte e patrocínios.

Luiz Roberto Magalhães, da equipe do Portal Brasil 2016, com informações do Comitê Olímpico Brasileiro

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