Ministério do Esporte Em São Paulo, seleção de ginástica encerra teste pré-Olímpiada com nove medalhas
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Em São Paulo, seleção de ginástica encerra teste pré-Olímpiada com nove medalhas

No grande teste de pressão da ginástica artística antes dos Jogos Olímpicos Rio 2016, o Brasil conquistou nove medalhas: três ouros, quatro pratas e dois bronzes. Cinco delas foram obtidas neste domingo (03.05), último dia de competições da etapa de São Paulo da Copa do Mundo. O Ginásio do Ibirapuera recebeu 6500 pessoas, que testemunharam o primeiro ouro de Arthur Zanetti em uma disputa internacional em casa, em dobradinha no pódio com o amigo Henrique Flores, prata nas argolas. Outro segundo lugar veio com Diego Hypolito no solo. Já Flávia Saraiva, o xodó da torcida, de apenas 15 anos, conquistou o ouro no solo e uma prata na trave com a mesma nota obtida pela campeã mundial nesse aparelho, Simone Biles (Estados Unidos), no ano passado: 15,100.


"A Flávia apresentou uma coisa que é fundamental para esse aparelho (a trave): capacidade de concentração. Todos os elementos dela são de alta dificuldade. Ela perdeu o ouro pela saída. Saída tem que ser cravada, a última memória fotográfica para o árbitro. Aquele passo grande para trás é 0,30 e ela podia ter empatado com a chinesa, mas de qualquer maneira 15,100 é uma nota espetacular, nota que a faz finalista olímpica. É melhor fazer 15 pontos e ser prata, do que levar ouro com 13. É mais vantajoso tirar 15,100 do que tirar 14,600 e ela vencer a prova por conta de uma falha da chinesa", explicou Georgette Vidor, coordenadora das Seleções de Ginástica Artística Feminina da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG). A chinesa vencedora da trave, Chunsong Shang, obteve 15,400.

No solo, Flávia foi ouro com 13,625. Lorrane Oliveira, que também disputou a final, terminou em oitavo, com 12,400. Flavinha saiu satisfeita com o desempenho na Copa do Mundo. Além das duas medalhas deste domingo, ela esteve na final das barras assimétricas no dia anterior, mas ficou de fora do pódio.

"Foi minha primeira competição adulta, fiquei muito feliz com os resultados. É uma nota (da trave) que eu treinei bastante para conseguir. A torcida me ajudou muito", disse Flávia. Quando perguntada se estaria preparada os Jogos do ano que vem, ela disse que sim, sem titubear. Mesmo se fosse amanhã? "Claro. Vou treinar ainda mais para ficar segura".

Somando as duas medalhas de Flávia Saraiva com a prata de Rebeca Andrade no salto, a ginástica feminina encerrou a competição com três pódios.

"Tivemos falhas. Erramos na trave nas classificatórias, a gente teve falha nas paralelas, podíamos ter tido uma dobradinha no solo, mas vamos trabalhar para melhorar. O caminho está certo. A ginástica brasileira está passando emoção para o povo e está dando resultado", avaliou Georgette.

Rivalidade no solo
Na primeira prova deste domingo, Diego Hypolito chegou à sua 59ª medalha em Copas do Mundo com a prata no solo (15,550). Ângelo Assumpção sentiu mais a pressão (e também o cansaço), ficando em sétimo (14,500)

"A gente sempre aprende com a torcida, com o nosso desempenho, o que eu quero levar para casa é esse clima que contagia. Vou treinar mais o solo, repetir mais a série para aguentar no terceiro dia de competição", declarou Ângelo Assumpção, que ganhou a medalha de ouro no salto no dia anterior.

"Dificultei uma única passada, porque minha coluna está atrapalhando bastante na hora de fazer a série completa. Estou muito feliz com o resultado. A nota foi bem alta, o solo está realmente disputado aqui. O Tomás é sempre finalista mundial, disputa comigo desde os meus dez anos de idade. Ele fez a série cheia, eu fiz a minha simplificada e deu para ter um bom resultado do mesmo jeito", explicou Diego Hypolito, que já havia obtido um bronze no salto.

O brasileiro fez referência a Tomás González, chileno que levou o ouro neste domingo, com 15,625, e que ficou em quarto lugar no mesmo aparelho nos Jogos Olímpicos de Londres 2012. Ele chegou à competição receoso de escutar vaias, como ocorreu durante os Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro. Mas o comportamento da torcida e a organização desta Copa do Mundo surpreenderam o ginasta.

"A organização superou todas as nossas expectativas e não pensávamos que haveria tanto público. Parecia um grande mundial e acho que todos os ginastas estão muito satisfeitos com isso. É um evento prévio muito importante para todos nós que estamos nos preparando para os Jogos Olímpicos. Eu gostei muito da torcida. Estive nos Jogos Pan-Americanos aqui e não foi assim. Eu me senti muito cômodo e fiquei feliz. Estou muito agradecido a todos no Brasil", disse.



Dobradinha nas argolas
Arthur Zanetti não decepcionou o público e ficou com a medalha de ouro nas argolas com a nota de 15,900, a mesma que lhe garantiu a medalha olímpica em Londres. Após ter feito a melhor nota da carreira nas eliminatórias, ele subiu ao pódio neste domingo com a sensação de dever cumprido.

"A série foi bem encaixadinha. Os critérios hoje são um pouco mais rígidos, mas amei a prova, amei tudo. Foi tudo bem planejado, deu tudo certo. Quase no final da minha série, eu ainda tinha força. Deu para sentir bem a energia do povo brasileiro", comemorou Zanetti.

O amigo Henrique Flores também marcou presença no pódio: a prata veio com a nota de 15,100 e uma saída cravada. "O objetivo sempre foi essa dobradinha. Não estou 100%, estou voltando de lesão, minha nota normalmente é mais alta que isso, mas para este momento foi muito boa", avaliou. "Ouvir essa torcida gritar por você não tem explicação. Fazer argola com essa gritaria dá um ânimo, é muito bom. Só ajudou", acrescentou o ginasta.

Final inesperada
Petrix Barbosa almejava as finais das paralelas e da barra fixa, seus dois melhores aparelhos. Se visse uma final no cavalo, seria lucro. Mas a situação se inverteu: ele foi apenas para a final do cavalo, acertou a série, terminou em quarto lugar e bastante satisfeito.

"Eu sabia da minha capacidade nesses dois aparelhos (paralelas e barra), então, se eu tenho capacidade no cavalo também, para mim é melhor ainda, mais um aparelho em que eu posso brigar mundialmente. Consegui melhorar minha nota. É um aparelho de precisão, e você aguentar com o ginásio lotado, em casa, dá muita satisfação. Consegui fazer bonito em casa", contou.

Degrau
As seis medalhas da ginástica masculina – duas no salto, uma no solo, duas nas argolas e o bronze de Francisco Barretto nas paralelas – agradaram a comissão técnica, mas isso não é o mais importante para o coordenador das Seleções de Ginástica Artística Masculina da CBG, Leonardo Finco.

"O mais importante para mim foi usar as séries que a gente vem preparando para o Pan (no Canadá, em Julho) e para o Mundial (na Escócia, em outubro). A gente queria testar o Ângelo em casa e ele teve uma performance boa, demonstrando que tem bastante potencial para continuar evoluindo. Tivemos séries boas, mas há ajustes para fazer. Falhamos na barra, por exemplo, que é um aparelho que a gente esperava mais, e nos outros foi dentro do previsto. Serviu como mais um degrau de preparação", analisou Leonardo.

Confira as nove medalhas brasileiras na etapa de São da Copa do Mundo 2015:

Ouro
Ângelo Assumpcão – solo
Arthur Zanetti – argolas
Flávia Saraiva – solo

Prata
Rebeca Andrade – salto
Diego Hypolito – solo
Henrique Flores – argolas
Flávia Saraiva – trave

Bronze
Francisco Barretto – paralelas
Diego Hypolito – salto

Carol Delmazo, brasil2016.gov.br, de São Paulo
Ascom - Ministério do Esporte
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