Ministério do Esporte Secretário-executivo do Ministério do Esporte fala sobre políticas de incentivo no programa Brasil em Pauta
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Secretário-executivo do Ministério do Esporte fala sobre políticas de incentivo no programa Brasil em Pauta

(Paulo Rossi/ME)(Paulo Rossi/ME)
O secretário-executivo do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, foi convidado do programa de rádio Brasil em Pauta desta terça-feira (04.08). A conversa se deu em torno das políticas públicas de incentivo ao esporte de alto rendimento, como o Bolsa Atleta, considerado o maior do gênero no mundo. O programa, que tem a participação de radialistas de todo país, é produzido e coordenado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e será transmitido, ao vivo, pela TV NBR e via satélite de rádio por meio do mesmo canal de A Voz do Brasil.
 
O governo brasileiro mantém, desde 2005, o maior programa de patrocínio individual de atletas no planeta. O público beneficiário do Bolsa Atleta são atletas de alto rendimento que obtêm bons resultados em competições nacionais e internacionais de sua modalidade. O programa garante condições mínimas para que se dediquem, com exclusividade e tranquilidade, ao treinamento e competições locais, sul-americanas, pan-americanas, mundiais, olímpicas e paraolímpicas. Desde 2012, com a Lei 12.395/11, é permitido que o candidato tenha outros patrocínios, o que permite que atletas consagrados possam ter a bolsa e, assim, contar com mais uma fonte de recurso para suas atividades.
 
Atualmente, são seis as categorias de bolsa oferecidas pelo Ministério do Esporte: Atleta de Base, Estudantil, Nacional, Internacional, Olímpico/Paraolímpico e Pódio. Os beneficiados pelo Bolsa Atleta recebem a ajuda durante um ano. O dinheiro é depositado em conta específica do atleta na Caixa Econômica Federal. A prioridade é para atletas de esportes que compõem os programas dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paraolímpicos. Em seguida, o benefício se destina a atletas de modalidades chamadas não-olímpicas (que compõem o programa dos Jogos Pan-Americanos e outras que não fazem parte dessas competições).
 
(Paulo Rossi/ME)(Paulo Rossi/ME)
 
Confira a íntegra da entrevista:
 
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Olá, amigos de todo o Brasil, começa agora mais uma edição do Brasil em Pauta, programa que tem a realização da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Eu sou Roberto Camargo e recebo hoje aqui no estúdio o secretário executivo do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser. Bom dia secretário, seja bem-vindo.
 
SECRETÁRIO RICARDO LEYSER: Bom Roberto, bom dia ouvintes.
 
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: E na pauta desse programa as políticas públicas de incentivo ao esporte de alto rendimento, como o Bolsa Atleta, considerado o maior do gênero no mundo. O secretário vai conversar com radialistas de todo o país nesse programa que vai ao ar via satélite pelo mesmo canal de A Voz do Brasil e que também é transmitido pela TV NBR, a TV do Governo Federal. Secretário, nós já vamos começar o programa abrindo espaço para uma rádio comunitária, que é a rádio Alternativa FM de Várzea Grande, em Mato Grosso. É de lá que fala Elisangela Nepomuceno, que faz as perguntas ao senhor. Bom dia Elisangela.
 
REPÓRTER ELISANGELA NEPOMUCENO (Rádio Comunitária Alternativa FM/Várzea Grande - MT): Bom dia Roberto, bom dia Ricardo. A nossa pergunta é a seguinte, Ricardo, os profissionais ligados ao atletismo aqui no estado acreditam que dois elementos melhorariam o atletismo, mas seria uma transferência de recurso aos clubes da periferia e aplicação de aulas por professores de educação física nas séries iniciais.
 
SECRETÁRIO RICARDO LEYSER: Elisangela, muito boa a pergunta, um abraço para todo de aí Várzea Grande do Mato Grosso. O Ministério tem um programa muito forte de base para o atletismo com alguns objetivos. Um primeiro, é resolver o nosso problema de infraestrutura. Então nós estamos com o programa de ter uma pista de atletismo por estado, em cada capital. É o mínimo necessário para que a gente possa ter os atletas se desenvolvendo, um caminho para o atleta se desenvolver no atletismo. E em parceria com o Ministério da Educação, nós temos o programa O Atleta Na Escola, que visa justamente isso que você disse, a introdução do atletismo com os professores de educação física, na escola, para que a gente possa criar aí um sistema de desenvolvimento, de criação de talentos a partir da escola, até os times brasileiros principais, até o rendimento.
 
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Elisangela, você tem mais uma pergunta a faer para o secretário Ricardo Leyser?
 
REPÓRTER ELISANGELA NEPOMUCENO (Rádio Comunitária Alternativa FM/Várzea Grande - MT): Então, Ricardo, é o seguinte, em Mato Grosso foram construído alguns centros de treinamento que ainda estão fechados, foram construídos na Copa, e existe, assim, uma grande cobrança da sociedade, inclusive do setor de atletismo, para que eles possam ser liberados para esse treinamento.
 
SECRETÁRIO RICARDO LEYSER: É verdade, nós, inclusive, estamos com um parceria com a Federal de Mato Grosso para que uma dessas instalações possa ser finalizada a pista, né, e esse ano nós vamos fazer essa liberação de recursos para que especificamente para o atletismo a gente tenha, no Mato Grosso, essa possibilidade de fazer esse treinamento e esse desenvolvimento. Eu acho que nós vamos ter ao final de 2016 em torno de 50 pistas funcionando, uma delas vai ser em Cuiabá e aí, acho que a partir disso, a gente vai ter um trabalho mais consistente de base espalhado para o Brasil, para que todas as nossas crianças, os nossos jovens, as nossas jovens possam se dedicar a atletismo.
 
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Muito obrigado você Elisangela pela participação aqui no nosso programa Brasil em Pauta. Secretario, nós estamos num período de muitos eventos esportivos, né? Nós tivemos recentemente aí o encerramento dos jogos Pan-americanos de Toronto, no Canadá, e o Brasil está nesses preparativos todos para os jogos Rio 2016. E muito se fala em legado desses Mega eventos, secretário. Nós podemos falar, especificamente, de um legado esportivo da participação do Brasil nesses eventos? Esse legado seria, no caso dos jogos do Rio 2016, somente para o Rio de Janeiro?
 
SECRETÁRIO RICARDO LEYSER: Não, Roberto, a pergunta realmente, ela é muito importante, né? O legado é a aquilo que a gente fala que fica do evento. O evento tem um período determinado, uma competição, o mundo inteiro vai ver os seus atletas competindo no Brasil, isso é muito importante, importante para a promoção turística, promoção do país, mas tem aquelas coisas que tem que ficar para o longo prazo, tem que ficar para depois dos jogos, e o Ministério do Esporte tem, por determinação da Presidente Dilma Rousseff, esse foco no legado esportivo. E aí, ele tem algumas caracterizas, primeiro, ele é nacional. Como nós falamos do programa de pista de atletismo, nós temos investimentos em todos os estados brasileiros para criar essa infraestrutura. Um dos problemas sérios do Brasil, que a gente começa a superar com os Jogos Olímpicos, é da infraestrutura. Infraestrutura de quadras, pistas de atletismo, de piscinas, é nós estamos espalhando isso por todo o Brasil, desde o centro olímpico do Nordeste, em Fortaleza, ao centro paraolímpico em São Paulo, a pista que nós inauguramos em São Luís do Maranhão ou em Porto Alegre. Então esse legado, ele é nacional, e ele não só de infraestrutura, esse é um legado também no esporte de conhecimento. Hoje os nossos atletas, eles tem apoio de equipes multidisciplinares, é um psicólogo do esporte, médico do esporte, nutricionista, que o esporte, ele vai se tornando uma indústria cada vez mais sofisticada e nós precisamos dar ao atleta brasileiro a mesma condição que os atletas tem nos Estados Unidos, na China, na Austrália, na Espanha, para que ele possa competir em igualdade de competições. Então esse apoio ao atleta também vai ser um dos grandes legados que nós vamos ter dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paraolímpicos no Rio o ano que vem. Então é um legado nacional, é um legado de infraestrutura e é um legado de metodologia, vamos dizer assim, de como trabalhar a preparação na formação dos nosso atletas.
 
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Ou seja, o evento em si é concretização de todo esse trabalho.
 
SECRETÁRIO RICARDO LEYSER: Isso, o evento, ele é uma parte disso, uma parte importante, a parte mais visível para o público, mas que vai ficar no longo prazo a gente vai depois ter notícia disso na Olímpiada de 2020, na 2024, quando esses jovens que se beneficiaram, por exemplo, dessa pista que nós falamos em Mato Grosso, vão ter a chance de aprender a praticar o esporte, se desenvolver e depois até começar a ganha competições internacionais.
 
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Muito bom, secretario. Nós vamos agora para o Rio de Janeiro, vamos conversar com a rádio Rio de Janeiro 1400 AM, é Marcelo José que vai fazer a pergunta ao senhor. Olá Marcelo, bom dia a você.
 
REPÓRTER MARCELO JOSÉ (Rádio Rio de Janeiro 1400 AM/Rio de Janeiro - RJ): Olá bom dia Roberto, bom dia secretário, é um prazer sempre participar do programa, eu estava ouvindo aí sobre os legados, né, há muita expectativa em relação ao legado, né, que a Olimpíada vai trazer, vai deixar aqui para o Rio de Janeiro. Mas eu queria saber um outro assunto, secretário, o programa Bolsa Atleta, ele não vai ser afetado pelos cortes do orçamento do Ministério do Esporte, pelo menos foi que o disse o Ministro do Esporte numa outra oportunidade, e vem aí as Olimpíada do Rio, como é investir em recursos de incentivo a atleta brasileiros, e esses recursos já somam R$ 158 milhões num momento de cortes do orçamento, secretario.
 
SECRETÁRIO RICARDO LEYSER: Marcelo bom dia, bom dia a todos os nossos amigos do Rio de Janeiro. Olha Marcelo. nós não temos nenhuma preocupação quanto à isso. Nós tivemos reuniões a Presidente Dilma e o orçamento do Ministério do Esporte para a preparação para os Jogos Olímpicos e para a preparação dos atletas, ele está não só preservado, como ele é um dos maiores da história. Então 2013, 2014, 2015, o Ministério do Esporte tem batido recordes de investimento, tanto no Bolsa Atleta, quanto nos programas com as confederações que são os programa que tão o suporte, né, esse suporte de médico, de fisioterapeuta, a possibilidade da treinar no exterior, então a gente não teve nenhum corte, e temos a garantia tanto da Presidente quanto do Ministro da Fazenda, de que nosso orçamento vai ser preservado, e essa reta final, que é uma reta de muito detalhe, né, Marcelo, é hora que realmente não pode falhar, você sabe que a diferença entre uma medalha ou uma final é um centésimo de segundo, quer dizer, então a gente não pode falhar realmente nessa preparação e a gente tem todos os recurso disponíveis para fazer essa preparação nessa última reta final.
 
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Marcelo José, o que mais você gostaria de perguntar ao secretário Ricardo Leyser?
 
REPÓRTER MARCELO JOSÉ (Rádio Rio de Janeiro 1400 AM/Rio de Janeiro - RJ): Roberto, eu queria perguntar ao secretário sobre o plano Brasil Medalhas, já houve um avanço muito grande em relação as competições que estão se sucedendo, né, hoje nós já somos a terceira força pan?americana, um alvo que, uma meta que há vinte anos era impossível a gente imaginar. Então, há um incentivo por parte do governo em relação a conquista de resultados, e isso é muito importante para o nosso esporte. Não é? Contratação de técnicos, equipes, compra de equipamentos, também, viagens para treinamentos. A gente percebe que há um incentivo do Governo Federal em relação a esse lado, a essa questão da preparação. Quais são os critérios, secretário, que o governo vai ter para fazer esses procedimentos?
 
SECRETÁRIO RICARDO LEYSER: Marcelo os critérios são muito claros, né? Primeiro, no plano Brasil Medalha, nós não escolhemos modalidade, é um programa absolutamente técnico. Ou seja, você precisa estar, o atleta precisa estar, entre os vinte primeiros no ranking mundial. Esse é o primeiro critério, é um critério objetivo. E tem um segundo critério, que um critério subjetivo, que o Ministério do Esporte, o Comitê Olímpico Brasileiro ou o Comitê Paraolímpico, junto a Confederação, a Confederação de Desporto Aquático de Atletismo, fazem uma avaliação da chance desse atleta, que está entre os vinte primeiros, ganhar medalha olímpica, e aí é feita essa decisão de investimento. O fato da gente não ter uma escolha a priori de quais são as modalidades é que permitiu que agora em Toronto a gente visse o tênis de mesa, o handebol, a canoagem, esportes que não são tão conhecimentos, o badminton fazendo finais, num elevado nível técnico, porque nós temos essa condição para esses esportes que não são tão conhecidos. Você sabe, Marcelo, véspera de olímpiada várias empresas, às vezes até governos, eles tentam se apropriar de medalhas, então você escolhe: "olha, o atleta tal é favorito à medalha de ouro, então eu vou apoiar porque aí eu vou dizer que eu apoiei", o Governo Federal não. Nós temos um programa de longo prazo, nós apostamos naqueles que ninguém imaginava que podia ser campeão, como a canoagem, como o handebol que foi campeão mundial feminino, então nós demos condição, quem tinha uma pratica consistente de esporte a se desenvolver, a competir no exterior, a ter os equipamentos a ter essa equipe multidisciplinar, e aí chegar em boas condições para os Jogos Pan-Americano e para os Jogos Olímpicos.
 
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Um fato interessante é que o próprio atleta sinaliza para essa política pública, que ele tem grande potências, não é mesmo?
 
SECRETÁRIO RICARDO LEYSER: Perfeito, a autonomia do atleta do programa Bolsa Pódio que está junto do plano Brasil Medalhas, e do próprio Bolsa Atleta, nós destinamos recursos direto ao atleta, então o atleta ele pode decidir o que faz daquele recurso, às vezes, ele quer comprar um tênis novo, às vezes uma competição que ele não estava escalado para ir, ele junta aquele dinheiro, às vezes a confederação contrato, um técnico, um médico, nutricionista, mas ele acha que tem que ter um psicólogo, então ele fica mais dono da sua carreira, a gente dá uma condição de uma autonomia maior do atleta. Isso é muito importante.
 
REPÓRTER MAURÍLIO ROMANO (Rádio 79 AM/Ribeirão Preto - SP): Bom dia a todos os ouvintes. Secretário, hoje o atleta pode buscar ainda outros patrimônios?
 
SECRETÁRIO RICARDO LEYSER: Pode Maurílio, é uma pergunta muito interessante, e pertinente, há alguns anos atrás havia uma restrição legal que o atleta que tivesse participando do bolsa atleta ele pudesse receber um patrocínio, o que o Ministério do Esporte avaliou e nós sugerimos uma mudança da legislação que foi acatada e o Congresso Nacional alterou? O patrimônio é uma coisa muito instável, em anos de competição você tem, anos de jogos olímpicos patrocínios crescem, acabam os jogos olímpicos os patrocínios privados desaparecem, o atleta ganha a medalha de ouro, vários patrocinadores vão atrás, o atleta perde a medalha de ouro, todos patrocinadores vão embora, isso não ajuda muito o esporte, na verdade, é quando você antecede muito a competição que você tem que investir, as vésperas já não há muito que fazer, a não ser que seja um manutenção, eu preciso investir três ou quatro anos antes dos jogos olímpicos para ter uma condição de chegar nos jogos olímpicos com o atleta em forma, por mais que essa reta final de detalhes eu tenho que fazer, mas eu não faço em um ano uma medalha olímpica, então essa questão do patrocínio hoje ela é totalmente aberta, é possível acumular, por causa disso, ele não é estável, não existe um patrocínio ao atleta que dure o ciclo olímpico, que dure quatro anos.
 
REPÓRTER MAURÍLIO ROMANO (Rádio 79 AM/Ribeirão Preto - SP): Sim, secretário, o que podemos esperar para os jogos olímpicos do ano que vem com relação ao número de medalhas.
 
SECRETÁRIO RICARDO LEYSER: Maurílio, pela primeira vez o Brasil tem uma meta clara, qual é a nossa meta? É estar entre os 10 primeiros no quadro de medalhas no critério quantidade de medalhas, por que quantidade de medalhas? Por que a cor da medalha, se ela é ouro, prata ou bronze, é uma questão da competição, do último segundo, do desempenho esportivo seu, e do seu concorrente, você fazer uma final ou buscar uma medalha é uma coisa mais fácil de a gente mensurar em termos de políticas públicas, então para atingir essa meta, historicamente seriam quantas medalha? Seria algo entre 23 e 30 medalhas, foi isso que nos últimos jogos garantiu esse décimo lugar, então a gente estima aí que entre 25, 27 medalhas deve garantir essa meta no Rio, no ano que vem.
 
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Muito obrigado, Maurílio Romano pela sua participação no programa, Brasil em pauta. Lembramos a quem está acompanhando o programa que o áudio dessa entrevista vai ser disponibilizado ainda hoje na página da EBC na Internet, anote o endereço, até o final do dia você pode ter acesso a esse conteúdo, é o www.servico.ebc.com.br. Nós estamos entrevistando hoje o Secretário Executivo do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser. Secretário o senhor fez um comentário bastante interessante agora a respeito dessa política de investimentos que prepara para o resultado e não apenas privilegia o atleta que já está consagrado ou alcançando um excelente desempenho e isso é importante até para a mudança da cultura de incentivo ao esporte no país, pensando também nos patrocínios privados?
 
SECRETÁRIO RICARDO LEYSER: Com certeza, o Brasil comparado a economias semelhantes, ele ainda deixa a desejar no investimento privado, a participação das empresas brasileiras no financiamento do esporte ainda é muito pequena, diferente por exemplo, do que acontece nos Estados Unidos e na própria Europa, a gente precisa melhorar isso, a gente precisa ajudar as empresas a entenderem esse potencial e essa necessidade de investir corriqueiramente, cotidianamente como uma política de comunicação, de marketing das empresas privadas, isso dá certo no exterior e tem tudo para dar certo no Brasil também.
 
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Ótimo. Secretário agora vamos ao Rio Grande do Sul, nós vamos ouvir Tales Armiliato, da rádio São Francisco AM, que faz a pergunta ao senhor, bom dia Tales.
 
REPÓRTER TALES ARMILIATO (Rádio São Francisco AM/Caxias do Sul - RS): Bom dia amigos e bom dia ao Secretário.
 
SECRETÁRIO RICARDO LEYSER: Bom Tales e aos amigos de Caxias do Sul e todo o Rio Grande.
 
REPÓRTER TALES ARMILIATO (Rádio São Francisco AM/Caxias do Sul - RS): Pois é. Nós falamos aqui de Caxias do Sul e o senhor deve conhecer na serra gaúcha que é um dos municípios como outros no Brasil com mais de 500 mil habitante e lutam pela construção, por exemplo, de um ginásio esportivo que chegaria em meados de custos pela prefeitura 18 milhões e a própria Prefeitura de Caxias juntamente com a União tem lutado por parcerias para que ele saia esse projeto do papel e, enfim, parcerias público?privadas que o governo Dilma tem falado muito nesse sentido, o ginásio é a pergunta de fundo, que eu diria é que todas essas colocações estariam ajudando o esporte de alto rendimento e também a questões como Olimpíadas que temos pela frente e na preparação de novos atletas e no surgimento de novas figuras esportivas, que possam trazer através do esporte e buscar a dignidade como cidadão e, enfim, o que o Brasil precisa, o que o governo tem feito nesse sentido e de modo especial, justamente em parcerias com municípios como Caxias do Sul, no sentido de concretizar essas ideias, desde já muito obrigado por essa participação.
 
SECRETÁRIO RICARDO LEYSER: Eu que agradeço Tales, você tem razão, hoje um dos problemas do Brasil que é um país continental é essa estrutura, essa condição em todos os municípios para que a gente possa ter a prática do esporte, com o passar do tempo a nossa infraestrutura foi envelhecendo e as regras dos esportes foram mudando ou a capacidade das pessoas, então, por exemplo, achar uma quadra que seja, 20 por 40 para pratica oficial do handball ou do futsal, muitas cidades hoje não tem, a altura mínima para a pratica do voleibol, 12, 13 metros de pé direito, que é bastante alto, poucos ginásios tem essa condição de pratica, e é importante que essa condição de infraestrutura aconteça, não só para o esporte profissional, é importante que nossa base, nossos estudantes tenham a condição de fazer essa pratica de maneira mais formal, o que nós temos feito? Alguns investimentos no âmbito do programa de aceleração do crescimento, então a gente tem o centro de iniciação ao esporte, que é esse ginásio dos mais comunitário, que nós estamos construindo quase 260 pelo Brasil, que vai dar um primeiro avanço nessa superação dessa nossa condição da infraestrutura, mas também, trabalhando com a lei de incentivo, para projetos maiores como esse de Caxias do Sul, que é um projeto belíssimo, eu conheço, é um projeto importante, Caxias tem uma tradição esportiva grande, muitos atletas de seleção e merece, precisa desse equipamento. Então, nós trabalhamos esse ano na renovação da lei de incentivo, que ela vence esse ano, ela está aqui na chamada MP do futebol, pronto para fazer essa prorrogação, a presidente Dilma orientou o ministro Jorge Hilton que fosse um dos primeiros trabalhos dele, fosse se dedicar a essa renovação, para a gente possa convencer o setor privado a nos ajudar a levantar essa estrutura, porque hoje para a liga de basquete, pra superliga de vôlei, para a liga de Futsal, para a própria liga de handebol, nós precisamos dessa infraestrutura, principalmente nessas cidades de porte médio como Caxias.
 
REPÓRTER TALES ARMILIATO (Rádio São Francisco AM/Caxias do Sul - RS): Um abraço a todos e nós colocamos sempre à disposição, porque através do diálogo a gente constrói novos debates, uma sociedade mais justa, igualitária pra todos, bom dia a todos.
 
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Bom dia Tales. Muito obrigado, Tales Armiliato, da rádio São Francisco de Caxias do Sul, e do Rio Grande do Sul vamos para Minas Gerais, a rádio Emboabas de São João Del Rei, vai participar do programa Brasil em Pauta, quem faz a pergunta ao Secretário é Frederico Mesquita, olá Frederico, bom dia a você.
 
REPÓRTER FREDERICO MESQUITA (Rádio Emboabas/São João Del Rei - MG): Bom dia a você também, prazer participar mais uma vez do Brasil em Pauta, esse programa extremamente conceituado, secretario, Ricardo Leyser é um prazer falar com o senhor, eu queria mais do que nunca, aqui trazendo um pouco para a nossa região de São João Del Rei, uma cidade com 90 mil habitantes, ressaltando a fala do ministro do Esporte também, com relação a importância do desenvolvimento do esporte educacional, eu queria que o senhor falasse um pouco mais para inteirar todos nós, nossos ouvintes, sobre um pouco mais desse programa e como fazer com que atletas aqui, incentivar atletas de municípios como São João Del Rei e dos interiores do Brasil a buscarem esse Bolsa Atleta, e não ter uma visão que é exatamente para um atleta de rendimento, um atleta que já está aí num patamar bem mais avançado, secretário.
 
SECRETÁRIO RICARDO LEYSER: Pois é, Frederico, esse são os desafios do Brasil, né, são os grandes desafios, desafios estratégicos que é levar esse essa pratica esportiva para a escola, para escola em todo o Brasil com qualidade, para permitir não só essa parte esportiva, mas você trazer a saúde das pessoas, hoje você sabe que a obesidade, por exemplo, é uma doença do país rico. O Brasil hoje convive a cada vez menos com a desnutrição, com as doenças pobres e cada vez mais com as doenças ligadas aos países ricos, a riqueza que é a obesidade, o sedentarismo, a que estão associados? A má alimentação e a falta da pratica esportiva, para que a gente possa superar isso, é importante que haja uma conscientização desde a escola, e um costume das pessoas de fazer a pratica esporte, não necessariamente o esporte de alto rendimento, não necessariamente fazer a competição, nós temos trabalhado com o MEC, por exemplo o atleta na escola, com mais educação, que são os programas mais abrangentes do Governo Federal de apoio aos municípios, mas o que eu acho, Frederico, é que a gente ainda tem um passo muito grande que é convencer os gestores estaduais e os gestores municipais, sobre a importância do esporte. Eu acho que, no Brasil, ainda há um protagonismo muito grande do Governo Federal e do Ministério do Esporte quanto à política pública de esporte, nós ainda precisamos que a prefeito, que o Governador, se preocupem com o esporte, tenha a Secretaria, nem todas as cidades tem Secretaria de Esporte, nem todos os Estados tem Secretaria de Esporte, nem sempre a Secretaria de Educação ou o Diretor da escola está preocupado com o esporte, então, essa é uma grande batalha que nós precisamos travar para que o esporte tenha uma centralidade enquanto política pública e aí a gente possa entrar com mais força nessas redes de educação, muitas vezes nas redes da saúde, observando não só o lado esportivo propriamente dito, mas o lado educacional e o lado de saúde que o esporte tem um pacto fundamental muito importante.
 
REPÓRTER FREDERICO MESQUITA (Rádio Emboabas/São João Del Rei - MG): Apesar que, Secretário Ricardo, com relação aí a essas políticas públicas de incentivo ao esporte de alto rendimento, como o Bolsa Atleta, e a gente também mais do que nunca temos que cobrar isso dos nossos gestores, enquanto Município e também Estado, mais do que nunca eu acho que nós enquanto jornalistas podemos buscar também, isso junto a vocês nesse sentido de cobrar, como o senhor ressaltou bem, uma Secretaria de Esportes, já há desde 2005 o programa patrocinando atletas do planeta inteiro, inclusive, o governo brasileiro fazendo isso, mas a gente já tem destaques consideráveis, Secretário Ricardo, com relação a resultados do Bolsa Atleta, de atletas que já se destacam hoje no cenário ou que já estão, assim, em fase de formação para que sejam futuros atletas e possam até nas olimpíadas já nos mostrarem resultados com relação ao Bolsa Atleta?
 
SECRETÁRIO RICARDO LEYSER: Sem dúvida, Frederico, a nossa certeza, certeza do Ministro George Hilton, da Presidente Dilma, sobre a importância da política pública do esporte, ela já está comprovada por esses resultados, se a gente olhar, por exemplo o caso do Isaquias Queiros, que veio da canoagem, ele veio de um programa social nosso, de um programa de esporte educacional, como você falou, no interior da Bahia, começou a competir a canoagem, até ser hoje o bicampeão mundial e com o apoio do Bolsa Atleta. Outros casos, por exemplo, em Londres, em 2012, a Sarah Menezes ganhou no judô uma medalha de ouro, ela é bolsista desde os 16 anos. Então, o que acontece? Há uma contradição na vida dos atletas, quando ele começa a chegar com 18 e 19 anos, aquela contradição entre insistir no esporte ou ir pra faculdade, ou entrar no mercado de trabalho ou constituir família, o que o Bolsa Atleta permite? Ele permite que ele continue no esporte, que ele faça um investimento no esporte. Então havia um problema muito grande no Brasil, de perder os atletas com 18, 19 anos, perder para o mercado de trabalho, perder para o estudo e o Bolsa Atleta, ele permitiu que toda uma geração pudesse continuar no esporte, então hoje nos resultados do Pan Americano de Toronto, já nos resultados dos Jogos Olímpicos, a gente viu a importância do Bolsa Atleta e já viu alguns atletas, inclusive que foram formados por programas sociais do Ministério do Esporte e apoiados pelo Bolsa Atleta chegarem no topo do pódio, né, no tiro com o arco, outra modalidade que nós não temos grande tradição, o Marcos Vinicius, começou a treinar no centro em Maricá, no Rio de Janeiro, com três anos e pouco ele estava disputando finais da Copa do Mundo de Tiro com Arco, com 16 anos, quer dizer, é muito rapidamente. Então, Frederico, a nossa avaliação é muito positiva desse resultado, nós em menos de 10 anos, né, completamos 10 anos agora o Bolsa Atleta, mas em menos de 10 anos, a gente já começou a ver medalhas olímpicas, medalhas Pan-americanas, vindo do programa.
 
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Muito obrigado, Frederico Mesquita, da rádio Emboaba, São João Del Rei, pela participação aqui no programa Brasil em Pauta, que tem a realização da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. O nosso convidado de hoje é o Secretário Executivo do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser. E de Minas Gerais nós voltamos a região Sul, vamos agora, Secretário, à Santa Catarina. A rádio Clube de Blumenau AM participa aqui com o Charles, olá, Charles, bom dia a você.
 
REPÓRTER TAMARA CAROLINE (Rádio Clube de Blumenau AM/Blumenau - SC): Pois é, dessa vez, né, meus amigos, quem participa por aqui é a Tamara Caroline, o nosso colega Charles Espig também acompanhando, né, outras pautas e acompanhando também, aqui a nossa programação especial do Brasil em Pauta, pra gente aqui da rádio Clube de Blumenau é um prazer, mais uma vez, contribuir aí com a programação que tem esse tema tão importante que é o esporte, né, gente?! Muito bom dia a todos. Bom dia também ao nosso Secretário Ricardo Leyser, e a gente destaca, né, antes de fazer a pergunta, que Santa Catarina é referência, né, em uma das competições aí mais importantes nas modalidades aí amadoras, né, como ginástica, atletismo, marcha atlética, enfim, outras modalidades além do futebol, né?! A gente vai para nossa 55ª edição dos jogos abertos. E a gente se orgulha muito viu, secretario, dos nossos atletas, a gente teve a Jéssica Maia, que é aqui de uma cidade próxima de onde a gente fala de Blumenau, que é Timbó, ela foi medalhista ouro agora no Pan de Toronto e realmente a gente observa também aqui em Blumenau a importância desse benefício do Bolsa Atleta, que aqui na nossa cidade em especifico foi ampliado agora para 12 meses, a gente conseguiu ter mais recursos para incentivas esses nossos atletas. A nossa pergunta pro senhor é: que tipo de investimento? Quais são os projetos? Quais são as ideias aí do Governo Federal, para que a gente possa incentivar também essas outras modalidades do esporte amador e que que a gente tem muitos talentos aqui em Santa Catarina.
 
SECRETÁRIO RICARDO LEYSER: Muito bem, Tamara, a gente sempre fala que se o Brasil tivesse a mesma vocação esportiva de Santa Catarina, nós estaríamos disputando alí o topo da tabela, porque realmente Santa Catarina, que é um Estado pequeno, tem uma tradição, tem uma quantidade de atletas, uma participação no Jasc, como você falou, npo Para Jasc, que é fenomenal, é um exemplo para Brasil. Em Blumenau nós temos o SESI ai em Blumenau, um grande parceiro de Ministério do Esporte, casa da nosso handebol e de algumas outras modalidades de investimento do Ministério. Nós temos ai várias ações, né, Tamara, como a gente já falou um pouquinho, investimento em infraestrutura, nós já falamos um pouquinho de Bolsa Atleta, já falamos um pouquinho desses serviços ao atleta, mas o que a gente tem falado um pouco doe apoio a vocação esportiva, que algumas cidades, algumas regiões tem, por exemplo, foi mencionado pela Tamara, Timbó que é a terra da nossa marcha atlética, é uma referência nacional, como hoje Maricá é com tiro com arco. Então, a gente tem um trabalho hoje, em termos de algumas modalidades de incentivar essas vocações regionais também, e permitir que todas as regiões e todas as cidades possam ter o seu destaque, às vezes a cidade fala: Ah, eu quero ter uma prática da natação ou de vôlei, mas às vezes é mais difícil você ter a competição com a grande centro, e às vezes você foca como no caso a marcha atlética, como no caso da badminton, no caso do tênis de mesa, no caso do tiro com arco e você a partir de um atleta de renome, de um clube, você faz um desenvolvimento daquela modalidade a partir daquela vocação, é um exemplo de um tipo de ação que a gente tem desenvolvido que é muito interessante para os Estados porque diz: Olha, mesmo uma cidade pequena ou de porte médio, pode de repente ser uma das referências nacionais para uma pratica esportiva.
 
REPÓRTER TAMARA CAROLINE (Rádio Clube de Blumenau AM/Blumenau - SC): Também os nosso paratletas, né, que aaqui pra gente também é sempre um prazer e uma honra a gente destaca-los, que são pessoas que demonstram realmente que é superação de vida, né, a mudança da vida, é incentivo para muita gente que às vezes, poxa, tem toda a saúde ali, atletas que às vezes são parados por poucas coisas, né, e esses nossos paratletas eles dão um banho aí de superação e de história mesmo e de garra, muitas das vezes a gente sente que eles ainda não tem a estrutura que poderiam ter e que mereceriam ter para muitas competições, né, cadeiras de rodas e outros equipamentos que ainda fazem falta, a gente vê, por exemplo aqui em Blumenau, esses recursos que são de MEC com o Ministério do Esporte por meio do Governo Federal, pretende investir com esses muitos projetos, também pode dar subsídio e auxiliar nesse sentido?
 
SECRETÁRIO RICARDO LEYSER: Sim, Tamara, nós temos uma diretiva aqui no Governo federal, que todo o tipo de investimento que a gente faz para o esporte olímpico, a gente para o paraolímpico. Então, para o Ministério do Esporte, todos são atletas e a gente trabalha para que todos tenham as mesmas condições.
 
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Muito obrigado Tamara Caroline da rádio Clube de Blumenau, pela participação aqui no programa Brasil em Pauta, e com esta emissora nós encerramos o programa de hoje. Lembrando àqueles que nos acompanham, que o conteúdo dessa entrevista com o Secretário Executivo do Ministério do Esporte Ricardo Leyser, vai ser disponibilizado ainda hoje em nossa página da internet, anote aí: www.servicos.ebc.com.br/. E você pode ainda ver ou rever esta entrevista pelo Youtube, o nosso endereço é youtube.com/tvnbr, a entrevista vai ver disponibilizada também hoje. Secretário Ricardo Leyser, muito obrigado pela participação aqui no programa.
 
SECRETÁRIO RICARDO LEYSER: Eu que agradeço, Roberto, o espaço, a chance de falar aí com todo o Brasil e vamos torcer, né, reta final para os jogos olímpicos, jogos apara olímpicos, vamos torcer pelos nosso atletas.
 
APRESENTADOR ROBERTO CAMARGO: Isso mesmo. E obrigo a todos que participaram aqui conosco pelo rádio e pela TV, e esperamos você na próxima edição da Brasil em Pauta. Até lá.
 
Fonte: EBC Serviços
Ascom - Ministério do Esporte
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