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Jairzinho, o Furacão da Copa de 70, elogia incentivo às categorias de base previsto no Profut
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- Publicado em Quarta, 07 Outubro 2015 16:25
![Foto: Francisco Medeiros/ ME](/images/noticias/ministroGeorge/Jairzinho_Audiencia_FM_ME.jpg)
![Jairzinho orienta os alunos do projeto "Fabrica de Talentos". (Imagem: frame vídeo/ Portal da Copa)](/images/noticias/Futebol/Jairzinho_Projeto_DB_COPA_Frame.jpg)
“Está correta esta posição de investirmos na divisão de base, masculino e feminino, para que possamos reestruturar o futebol brasileiro e voltarmos a ser como sempre fomos: fortes”, disse Jair Ventura Filho, após audiência com o ministro do Esporte, George Hilton, nesta quarta-feira (07.10), em Brasília.
Ele também defende uma revisão da Lei Pelé. “Nós estamos vivendo um momento importante na estrutura do Brasil e o futebol não pode ficar atrás, até porque tivemos um colapso no ano passado [derrota por 7x1 para a Alemanha] e, agora, o que nós estamos fazendo é uma reforma no futebol. Uma das coisas é revisar a Lei Pelé, que só veio prejudicar o futebol brasileiro, porque hoje qualquer garoto com 11 anos vai embora”.
O Furacão, único a marcar gols em todas as partidas de uma Copa, vai além e afirma que se pudesse faria uma Lei que proibiria a venda de jogadores para o exterior antes dos 20 anos. “Ele tem que aprender a ser patriota, a cantar o Hino, ele tem que ter o prazer de vestir a camisa da seleção já nas categorias de base”, explica. “Os clubes europeus vêm aqui e contratam os jogadores por causa da deficiência econômica dos nossos clubes. Nós os ensinamos a jogar a técnica do futebol: dominar, passar, chutar, driblar e criar. E qual o legado deles para nós? Nenhum. O que estamos aprendendo com a estrutura do futebol europeu? Nada. A nossa cultura é única, é do futebol arte. Eles têm a disciplina, não passam fome, têm onde dormir e outras situações que dá a eles uma situação mais fácil de formação esportiva”.
Para ele, o futebol brasileiro não carece de novos talentos, mas de direcionamento desde a base, que mantenha as tradições do esporte no país. “Talentos nós temos. A questão é termos olho clínico para identificar os talentos. O Brasil sempre vai ser o país do futebol, desde que não queiram marginalizar as características do nosso futebol, com negócio de colocar os caras com mais de dois metros para jogar. O que está acontecendo: estamos exportando como se fosse cana, ou café e não estamos cuidando da nossa casa”.
Direcionamento que ele procura dar na “Fábrica de Talentos Furacão”, que tem como objetivo principal formar cidadãos. “O projeto tem portas abertas, ninguém paga para entrar e treinar. Eles recebem apoio de profissionais formados. Temos psicólogos, parte social, preparadores físicos e médicos. Meu objetivo é o de formar o homem. É dar ao Rio a tranquilidade que eu tive na minha infância, de ir e vir. É dar a esta juventude uma condição de vida, de prática de esporte, não importa a modalidade”.
![Jairzinho orienta os alunos do projeto "Fabrica de Talentos". (Imagem: frame vídeo/ Portal da Copa)](/images/noticias/Futebol/Jairzinho_Projeto_DB_COPA_Frame.jpg)
Tranquilidade e segurança que permitiram que o Furacão e outros jogadores de sua época fossem forjados nas praias Vermelha, da Urca, Flamengo, Copacabana e Ipanema. “Ali era a minha casa. A gente corria livremente e jogava até tarde. Ia embora quando a patrulha mandava para casa”, lembra aos risos. Isso antes de se tornar jogador profissional do Botafogo, ao lado de craques como Zagallo, Didi, Amarildo e do ídolo Garrincha.
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Gabriel Fialho
Ascom - Ministério do Esporte
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