Ministério do Esporte Chama olímpica se despede do Espírito Santo com muita história e exemplos
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Chama olímpica se despede do Espírito Santo com muita história e exemplos

São Mateus, aos seus 472 anos, foi a última cidade do Espírito Santos a receber o revezamento da tocha olímpica. Nesta quarta-feira (18.05), a chama percorreu as ruas centenárias do município e encerrou o dia na Igreja Velha, erguida pelos jesuítas no século 19, mas inacabada por falta de verba. O acendimento da pira coube ao aposentado Mizael Mirandola. "Hoje descobri que tenho dois corações. Um só não daria conta de aguentar essa emoção".
 
 
Antes de chegar à Igreja, a chama desceu até o Sítio Histórico Porto de São Mateus, às margens do Rio Cricaré, o principal do Brasil Colônia, por onde entravam os navios negreiros. Na época, a chegada das embarcações impulsionou o desenvolvimento econômico da cidade baixa. Tempos depois, com o fim da escravidão, perdeu visibilidade. As prostitutas, que já frequentavam os casarões e estaleiros, foram as responsáveis pela preservação do local, o que lhes rendeu uma placa de agradecimento.
 
Da mesma forma como o cais foi revitalizado na década de 1990 e a tradição da chama olímpica foi reintroduzida nos Jogos Olímpicos de 1928, as histórias dos mateenses são repletas de recomeços, como o de Ariete Regina, que descobriu as corridas de rua 12 anos. Hoje, aos 52, compete como fundista. "Na minha primeira corrida cheguei em último. Isso não me desanimou, só me incentivou a melhorar", afirma a veterana, que criou a Associação dos Corredores de Rua de São Mateus. Quem não gosta muito da ideia é o marido, Jorge Luis. "A mulher deixa a gente em casa sozinho, todo dia é uma correria danada", brincou.
 
 
O tour também passou por Guriri, onde, após quase 2 km de revezamento, a chama chegou à Capela de Nossa Senhora dos Navegantes, a Capelinha, marco para a população local. Construída em 1975 em homenagem a Iemanjá, o monumento foi agraciado pela presença da tocha pelas mãos de Anita Clemente, corredora da cidade e funcionária na área de saúde.
 
Símbolo
De uma vila de pescadores a 40 min de São Mateus, Osvaldo Filho, conhecido como Jabá, foi um dos felizardos na cidade escolhidos para conduzir o fogo olímpico. Ex-jogador da Seleção Brasileira de Handebol, o goleiro, que vive em Conceição da Barra, explica que se sentiu em casa. "Nossa região é rica em cultura, história e tradições. Estou emocionado desde que recebi a notícia. Minha família compareceu, é de arrepiar". Jabá espera que a nacionalização da chama ajude a massificar o esporte e modalidades menos populares como o handebol.
 
Jabá, que tem mais de 100 jogos pelo Brasil, disse que o revezamento resgatou o sentimento da época em que jogava pela seleção. "É um privilégio estar aqui. É um momento único da nossa história sediar os Jogos Olímpicos". O ex-jogador participou de três Jogos Pan-Americanos, um Mundial e duas Olimpíadas (Barcelona 92 e Atlanta 96).
 
Escolhida por um dos patrocinadores para conduzir a tocha, Marina Vianna disse que não imaginava ser selecionada e ver o trabalho reconhecido. Ela demonstrou na prática o significado da palavra solidariedade. "Em 2013, o Espírito Santo sofreu muito com as chuvas. Fizemos um trabalho social para ajudar crianças órfãs que não tinham para onde ir. No Dia das Crianças, fizemos uma festinha e entregamos presentes para eles", lembra a estudante.
 
Festa em Aracruz
Na cidade de Aracruz, o revezamento passou pelas principais vias da cidade, mobilizou moradores e encerrou o percurso na Praça da Paz. Tudo passou rápido, mas marcou o município de quase 95 mil habitantes. "É raro o município ter essa oportunidade, ainda mais de ser voluntária dos Jogos Rio 2016, mesmo que no revezamento da tocha", afirmou a servidora pública Letícia Vianna, há quatro anos na cidade. "Todo mundo se mobiliza e fica unido. Com gratidão, recebemos a chama".
 
A aposentada Luiza Parenhos Zumak, que acompanhou de perto o revezamento, compartilha do mesmo sentimento que Letícia. "Tenho 80 anos e agora que estou vendo esse movimento aqui. É a tocha, é a tocha... o povo só fala na tocha", afirma. Janda dos Santos, amiga de Luiza, completou. "Ela traz a mensagem de paz, de alegria, e incentiva as pessoas a continuarem nos esportes, que é uma coisa sadia".
 
"Bora, Baêa"
Nesta quinta-feira (19.05), a tocha começa a desbravar o Nordeste brasileiro, iniciando pela Bahia, onde segue para Teixeira de Freitas, Itamaraju, Santa Cruz de Cabrália e encerra o dia em Porto Seguro.
 
Lilian Amaral e  Lorena Castro - Brasil2016.gov.br
Ascom - Ministério do Esporte
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