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Tecnologia aplicada em estrutura Olímpica da Rio 2016 poderá servir de modelo para a procriação de peixes

Pesquisadores da Itaipu Binacional foram ao Rio de Janeiro avaliar a estrutura do Canal Rio de Canoagem Slalom para verificar a engenharia aplicada para a formação de correntezas e obstáculos que simulam o leito de um rio. Segundo eles, a tecnologia aplicada nos Jogos Olímpicos pode ser copiada em canais artificiais usados para a migração de peixes.

“Isso permite que a gente consiga adaptar e melhorar os movimentos da água de acordo com seu fluxo”, comenta a bióloga Caroline Henn. Este modelo, que propicia maior dificuldade para os canoístas na pista, também pode favorecer na migração dos peixes principalmente porque os obstáculos são móveis.

Estrutura de blocos modulares no Canal Olímpico, em Deodoro. (Foto: CBCa)Estrutura de blocos modulares no Canal Olímpico, em Deodoro. (Foto: CBCa)

Para Caroline o sistema é inovador, ele cria remansos, espaços que ajudam no descanso para a subida dos peixes. “É uma ferramenta utilizada na construção de canais artificiais que a gente ainda não conhecia, ainda é uma novidade no Brasil”, comenta. Os chamados Rapid Blocs formam um sistema de obstáculos móveis e foi desenvolvido para o Canal Lee Valley, que sediou os Jogos Olímpicos de Londres 2012. Os blocos modulares, entre outras formas, são empilháveis ​​e podem ser combinados para criar uma variedade de formas que criam ondas, redemoinhos e outros saltos hidráulicos.

A visita faz parte de um plano de estudos que está sendo elaborado para a reforma do Canal da Piracema, com 10,3 km de extensão, na barragem da Usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional. Em Foz do iguaçu (PR), o sistema é utilizado para a procriação de peixes. Há um desnível médio de 120 metros de altura entre o Rio Paraná e a superfície do reservatório. No local já foram identificados a migração de mais de 160 espécies. Um enorme laboratório para estudos de várias espécies da ictiofauna brasileira.

Graças ao sucesso deste complexo, algumas usinas hidrelétricas que estão sendo construídas no Brasil projetaram canais artificiais em substituição às antigas escadarias. De acordo com os estudos, houve a percepção que algumas espécies de peixes necessitam que os canais reproduzam o máximo possível os movimentos de um rio natural, ou seja, que exista uma linha d´água com corrente bem definida e vários remansos para o descanso.

Centro de Treinamento de Canoagem Slalom em Foz do Iguaçu (PR)Centro de Treinamento de Canoagem Slalom em Foz do Iguaçu (PR)

“Com esse novo sistema de Rapid Blocs, os profissionais da Itaipu Binacional vão conseguir adaptar os locais mais críticos de toda a extensão do Complexo da Piracema, criando remansos e delimitando as linhas d´água, o que irá facilitar ainda mais a subida de várias espécies migratórias”, comenta Argos Gonçalves Dias Rodrigues, superintendente da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa).

O estudo conta com o apoio da CBCa. O Centro de Treinamento Foz de Canoagem Slalom fica no Parque da Piracema e integra a Rede Nacional de Treinamento. Com pouco mais de 300 metros, o chamado Canal Itaipu é utilizado para treinos e competições e é abastecido com água corrente. Ao longo dos anos, estudos realizados pela área ambiental da Itaipu Binacional percebeu que a estrutura também serve para a migração de peixes. “Existe uma preferência de algumas espécies pelo canal esportivo, como o dourado”, comenta a bióloga Caroline Henn. A tecnologia usada na estrutura é semelhante a pista dos Jogos Olímpicos de Barcelona em 1992. O Canal Itaipu está entre uma das melhores pistas do mundo para a prática da canoagem slalom.

Fonte: CBCa

Ascom - Ministério do Esporte

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