Ministério do Esporte Medalhistas, filhos ilustres e empolgação dão "peso de ouro" à tocha em Recife
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Medalhistas, filhos ilustres e empolgação dão "peso de ouro" à tocha em Recife

Yane corre, nada, atira, joga esgrima e salta a cavalo. Rosinha arremessa peso, disco e dardos. Já Adrianinha arma jogadas nos garrafões das quadras de basquete e parte este ano para a quinta olimpíada da carreira. Em comum, as três mulheres têm a dedicação ao esporte, e suas trajetórias de campeãs as elevaram ao posto de condutoras da tocha dos Jogos Rio 2016, nesta terça-feira (31.05), em Recife (PE).
 

Os dias de chuva, que causaram estragos na capital e mortes na vizinha e histórica Olinda, deram lugar a um dia de sol e tempo firme durante a passagem da chama olímpica. Na terra do maracatu, 176 pessoas empunharam a tocha ao longo de 35 quilômetros, muitos deles conhecidos dos brasileiros, como as três atletas olímpicas, o goleiro do Sport Clube do Recife Magrão, a comediante Fabiana Karla e o artista plástico residente em Miami, nos Estados Unidos, Romero Britto. Assim, a chama olímpica cortou o Recife. Cruzou 41 pontos, entre ruas, avenidas, pontes e os principais pontos turísticos da capital pernambucana.
 
Raízes nordestinas
Mesmo vivendo há apenas cinco anos em Pernambuco, a jogadora de basquete Adriana Moisés Pinto, a Adrianinha, de 37 anos, já se considera em casa. Em 2011, ela aceitou um convite para defender o Sport Clube do Recife e, de lá para cá, casou-se com um recifense, mudou de time (há três temporadas defende o Uninassau), mas manteve suas raízes fincadas no estado nordestino.
 
A próspera carreira - 25 anos de experiência, sendo 20 dedicados à Seleção Brasileira, 12 com a camisa de times europeus, uma temporada na WNBA (liga de basquete dos Estados Unidos) e quatro Olimpíadas - ganhou mais um elemento: Adrianinha assumiu o projeto Cestinhas do Futuro, voltado a ensinar a modalidade a alunos das escolas locais. "Nunca me imaginei trabalhando com crianças e hoje não me vejo sem elas. Elas estão mais entusiasmadas do que eu e isso me ajuda a valorizar ainda mais o momento", afirma a atleta, pré-convocada para os Jogos e que, se participar da disputa no Rio de Janeiro, atingirá a rara marca de desportistas que participaram de cinco Olimpíadas.
 
À tarde, alunos de Adrianinha se encontraram na orla de Boa Viagem para acompanhar o grande momento da professora. "É muita emoção ver nossa professora carregando a tocha", dizia João Marcelo de Oliveira, seis anos. Enquanto esperavam, eles se divertiam com piques de corrida e passos de frevo.
 
 
No ponto da avenida onde a jogadora fez sua participação, a esteticista Cristiana dos Santos, de 46 anos, aguardava para acompanhar o trajeto do fogo olímpico. Ela aproveitou a folga do trabalho para fazer vigília em frente ao mar. "Decidi vir bem mais cedo para não perder o momento dela passar", destacou a pernambucana, que, pelo menos três horas antes do grande momento, já estava concentrada na zona litorânea de Recife.
 
A bióloga Iracema Morais também decidiu sair de casa mais cedo para aproveitar esse momento. "Nosso estado não vai sediar os Jogos, mas estamos aqui para valorizar esse momento. Quando a tocha passar, vou sentir que a Olimpíada está mais perto de nós", comemorou.
 
Cores de Romero Britto
Não foi só por sons e sabores que a cultura pernambucana ganhou espaço no mundo. Um dos artistas plásticos mais conhecidos do Brasil no exterior, Romero Britto, sentiu-se encantado ao percorrer com a tocha pela avenida onde andava na infância – e nem sequer pensava representar os brasileiros na condução da chama pelo país.
 
Em frente à praia de Boa Viagem, Britto fez festa com o símbolo olímpico, prometendo aplicar ali seus traços e coloridos que o fizeram ganhar o mundo. "Vou pintar aqui de amarelo, azul, branco... encher de todas as cores", adiantou ele, acostumado a ver sua arte em peças que vão de roupas a panelas.
 
 
A múltipla Yane
Yane Marques pode até ser menos conhecida que Romero Britto, mas teve momentos de celebridade antes de participar do famoso "beijo" da tocha. Ao desembarcar em seu ponto de transição, a pentatleta foi cercada por uma multidão que gritava seu nome e não economizava nas fotografias. "É uma sensação única e esse sempre será um dos momentos mais lindos da minha vida. Que passe bem devagar, para eu aproveitar bastante".
 
Medalhista de bronze nas Olímpiadas de Londres, em 2012, e dona do ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no ano passado, Yane Marques representa uma das promessas de bons resultados no Rio. "Ao carregar essa tocha, represento os atletas que já viveram, vivem e viverão o sonho olímpico", acredita.
 
Rosinha, sinônimo de reinvenção 
O alto astral de Roseane dos Santos, a Rosinha, é proporcional à sua capacidade de se superar - na vida e nas pistas. Depois de trabalhar como empregada doméstica, enfrentou um atropelamento que a fez perder a perna esquerda. Descoberta ao acaso por seu treinador, começou a praticar o lançamento de discos, peso e dardos, e conquistou duas medalhas de ouro nos Jogos Paralímpicos de Sidney, em 2000.
 
Em 2014 enfrentou um câncer, venceu a batalha e foi a última atleta a conduzir a tocha em Recife - a 99 dias dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. "Entrei com a perna direita para trazer sorte a todos os atletas brasileiros. Que venha o Rio 2016!", brincou Rosinha, logo após acender a pira olímpica no encerramento da condução na cidade, no tradicional Marco Zero do Recife antigo.
 
Investimento
Em Recife, 60 atletas de modalidades olímpicas e 23 de não olímpicas, todos eles residentes na cidade, são patrocinados pelo Bolsa Atleta do governo federal. Além deles, Yane Marques recebe a Bolsa Pódio do Ministério do Esporte.
 

Desde 2014, uma parceria entre Ministério do Esporte e a Liga Nacional entregou a 19 clubes do país um kit completo de equipamentos para a prática do basquete. Cada kit é composto por piso flutuante, placares eletrônicos exclusivos para jogos de basquete e um par de tabelas com padrão internacional. A aparelhagem foi recebida pelos clubes como um "legado antecipado" dos Jogos Olímpicos do Rio. Em Recife, o Sport Clube recebeu a estrutura.
 
Além disso, por meio de parceria com o governo de Pernambuco, foi reinaugurada, em 2013, a pista de atletismo do Centro Esportivo Santos Dumont - um investimento de R$ 2,8 milhões. O governo federal também aplicou ali R$ 16 milhões na reforma. O objetivo é transformar a instalação em um centro de excelência referência no Nordeste tanto para iniciação esportiva, quanto para formação de atletas e equipes de alto rendimento. O local atende a mais de duas mil pessoas, entre atletas e alunos da rede pública, além da população local, com aulas de atletismo, natação, hidroginástica, karatê, voleibol e futsal.
 
Já o principal ginásio de esportes da capital pernambucana, o Geraldo Magalhães (Geraldão), receberá investimentos de R$ 45 milhões, sendo R$ 20 milhões do Ministério do Esporte para revitalização. O espaço será transformado numa moderna arena para eventos esportivos e shows. A capacidade do espaço passará a ser de 10 mil pessoas.
 
Jangada e Stand Up
Nesta quarta-feira (01/06), a tocha olímpica percorrerá um dos principais destinos turísticos do litoral nordestino: Ipojuca, ou simplesmente Porto de Galinhas, terá a chama olímpica visitando suas ruas e praias, com direito, inclusive, a passeio de jangada e de stand up padle (SUP).
 
Hédio Ferreira Júnior e Mariana Moreira, de Recife (PE)
Ascom – Ministério do Esporte
 
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