Com o tour cancelado em Olinda em função de chuvas, cidade recebe homenagem

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Publicado em Quarta, 01 Junho 2016 14:41

Maria Augusta recebeu a chama da atriz Fabiana Karla, em Boa Viagem: – Estou aqui pelo orgulho de ser olindense e pernambucana. (Foto: Ivo Lima/ ME)

Vizinha da capital pernambucana, a cidade histórica de Olinda seria uma das paradas da chama olímpica na manhã desta quinta-feira (02.06). Mas uma chuva torrencial castigou a região e, em seis horas, foram registrados 200 milímetros de precipitações, o que representa 67% da média de junho. Três pessoas morreram em decorrência do deslizamento de uma barreira. Diante da calamidade, a organização dos Jogos e a prefeitura da cidade decidiram cancelar a passagem do fogo olímpico pelas ladeiras olindenses.

Com a mudança de planos, a intensa programação cultural preparada para receber o fogo sagrado do esporte não saiu do papel. Bonecos gigantes do folclore local, orquestras e passistas de frevo, shows e apresentações de mais de 1.500 alunos da rede de ensino municipal, previstos para ocorrer durante a celebração, não ganharam as ruas. Mas um grupo de condutores escalados para participar do revezamento em Olinda foi remanejado para o percurso de Recife.

Uma delas era a auxiliar de marketing Maria Augusta Manguinho, de 19 anos. Posicionada na avenida Boa Viagem, onde pouco depois receberia a chama das mãos da atriz Fabiana Karla, ela não conseguia conter a emoção. "A tocha representa, para toda Olinda, a força do nosso povo, que ontem se machucou e perdeu tudo o que tinha. Estou aqui pelo orgulho de ser olindense e pernambucana", destacou.

A poucos metros dali, transbordando euforia e balançando uma faixa com o nome de Maria Augusta, estava a mãe da condutora, Graça Manguinho. Segundo Graça, a notícia do remanejamento, dada por telefone às 11h da manhã desta terça-feira, iniciou uma operação de guerra. Foi preciso negociar a liberação do trabalho, reunir apetrechos diversos e usar o horário de almoço para comprar um tênis. Mas todo o esforço foi recompensado quando Graça viu a filha evoluir com o fogo olímpico na avenida. "Costumo dizer que Maria Augusta é uma borboleta em metamorfose. Ela se adapta a qualquer situação e tira o melhor que pode de qualquer adversidade", elogia a mãe.

Mariana Moreira, de Recife (PE)

Ascom - Ministério do Esporte