Ministério do Esporte Berço de atletas de destaque, João Pessoa recebe a tocha em dia de muita chuva
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Berço de atletas de destaque, João Pessoa recebe a tocha em dia de muita chuva

Conhecida pelas praias exuberantes, pela culinária arretada e pela arquitetura colonial, João Pessoa (PB) revelou, nesta sexta-feira (03.06), sua vocação esportiva. Berço de atletas de destaque nos cenários olímpico e paralímpico, a capital paraibana abriu alas para uma constelação de desportistas - do passado e promessas do presente -, selecionados para a missão de conduzir a tocha olímpica pelas ruas da cidade. Ao longo de mais de seis horas, 144 condutores percorreram 29 km.

Uma chuva insistente deixou carregado o horizonte, normalmente tingido de azul. Mas nem mesmo a umidade alterou o percurso. Na cidade, a tocha percorreu pontos turísticos, como a Casa da Pólvora, a Igreja São Francisco e a Praça da Independência, depois seguiu para a região litorânea da capital paraibana, até concluir a rota no Busto de Tamandaré, entre os bairros de Tambaú e Cabo Branco.

A tocha completou nesta sexta-feita um mês de tour pelo Brasil. Foram percorridos 10.123 km em um roteiro por 117 cidades. Ao todo, o símbolo dos Jogos Rio 2016 foi empunhado por 3.769 condutores.

José Elias Barbosa, funcionário público de 61 anos, foi portador do fogo olímpico logo no trecho que percorreu o centro histórico. Carteiro por 18 anos, o corredor de rua não resistiu à movimentação da cidade e, depois de encerrar seu percurso, foi dar uma espiada na passagem de som do palco instalado na celebração. "Na maratona, a gente sente a emoção quando alcança o funil da chegada. Mas a tocha foi uma emoção diferente. Todo mundo queria fazer uma foto comigo", divertia-se.

Ex-jogador do Flamengo e da Seleção Brasileira, Junior acendeu a pira olímpica ao fim do revezamento em João Pessoa. (Foto: Ivo Lima/ ME)Ex-jogador do Flamengo e da Seleção Brasileira, Junior acendeu a pira olímpica ao fim do revezamento em João Pessoa. (Foto: Ivo Lima/ ME)

Em um trecho próximo, quem conduziu a chama foi o nutricionista Celso Costa da Silva, de 25 anos. Apaixonado por competições desportivas desde a infância, ele sonhou ser atleta de ponta. Mas investiu em outras searas e quando percebeu que a vida de atleta tinha ficado para trás, decidiu saciar a paixão olímpica de outra maneira. Seu irmão mandou uma inscrição, relatando seu trabalho social voluntário em comunidades carentes, e Celso acabou escolhido. "No momento que a gente está levando a tocha só pensa em transmitir emoção e alegria, só quer dizer para todo mundo: vamos com a gente ", explicava.

Em uma rua escondida do bairro de Cabo Branco, moradores se aglomeravam nas calçadas para acompanhar a passagem de um ídolo do esporte paralímpico brasileiro. Nascido em São João do Brejo do Cruz, o paraibano Petrúcio Ferreira, de 19 anos, teve o braço esquerdo arrancado por um moedor de cana. Entusiasmado com o futebol, ele chamou atenção dos técnicos pela velocidade que desenvolvia durante as partidas, e acabou migrando para o atletismo. Sua carreira, cheia de êxitos, registra uma medalha de ouro no Parapan de Toronto e um recorde mundial em sua categoria. "Sentir o calor da tocha vai ser sentir o calor da competição e isso, neste momento, é importante", declarou.

No rastro do atleta, estava a jornalista Eliane Cristina Medeiros, de 43 anos. Fã de esportes, ela mora nos arredores de um dos pontos escolhidos para a passagem da chama. Nem a chuva tirou seu ânimo de acompanhar o símbolo olímpico em sua passagem pelo quintal da paraibana. "Quando a tocha for acesa, lá no Rio de Janeiro, poderei dizer que um pedacinho do meu olhar estará lá com ela ", afirma.

Phelipe Rodrigues é uma das esperanças brasileiras de pódio na natação paralímpica: – Viver isso tem significado tão especial quanto ganhar uma medalha. (Foto: Ivo Lima/ME)Phelipe Rodrigues é uma das esperanças brasileiras de pódio na natação paralímpica: – Viver isso tem significado tão especial quanto ganhar uma medalha. (Foto: Ivo Lima/ME)

Esperança de medalha
A má formação congênita no pé direito está longe de ser um limitador para os sonhos e as conquistas de Phelipe Rodrigues. Aos 25 anos e com três medalhas de prata na parede - duas nos Jogos Paralímpicos de Pequim, em 2008, e uma em Londres, em 2012 -, o nadador se prepara para mais uma olimpíada e é uma das apostas de pódio do Brasil. Focado e bem humorado, ele foi um dos condutores que se encheu de emoção ao percorrer a avenida Beira Mar, na praia de Tambaú. "Viver tudo isso tem um significado tão especial para mim quanto ganhar uma medalha", dizia ele sorridente, enquanto treinava horas antes em uma academia da cidade.

Condutor responsável por acender a pira olímpica no fim do revezamento da tocha em João Pessoa, o ex-jogador de futebol do Flamengo e da Seleção Brasileira Junior já tinha passado pela experiência de conduzir a tocha nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro. Nada, porém, que tivesse o mesmo peso das conquistas que teve em sua carreira. "Desta vez é diferente, ainda mais sendo na cidade onde nasci.

Apoio ao esporte
Como em vários dos pontos de passagem da tocha, João Pessoa também se beneficiou de investimentos com foco na nacionalização do legado dos Jogos Olímpicos e na constituição de uma base esportiva das categorias de base ao alto rendimento. Em 2012, os atletas de João Pessoa foram beneficiados com a restauração da pista oficial de atletismo, resultado de uma parceria do governo federal com a Universidade Federal da Paraíba. Somente na recuperação desse equipamento foram investidos R$ 6 milhões.

A Federação Paraibana de Judô recebeu R$ 6,4 milhões de investimentos, resultado de dois convênios do Ministério do Esporte com a Confederação Brasileira de Judô. Já a Federação da Paraíba de Lutas Associadas recebeu investimentos por meio de um convênio com a Confederação Brasileira de Lutas Associadas no valor global de R$ 2,8 milhões. A grande transformação ocorreu mesmo na Vila Olímpica Parahyba. Inaugurada em março de 2015, a estrutura esportiva foi totalmente reformada e recebeu investimento do BNDES de R$ 31,7 milhões.

Em João Pessoa, seis atletas de modalidades olímpicas residentes na cidade são patrocinados pelo Bolsa Atleta, programa de incentivo ao esporte do governo federal. Além deles, outros três são patrocinados pela Bolsa Pódio: os paralímpicos Petrucio e Phelipe e o jogador de vôlei de praia Ricardo Alex Costa Santos.

Revezamento Tocha - João Pessoa PBRevezamento Tocha - João Pessoa PB

Mariana Moreira e Hédio Ferreira Júnior, de João Pessoa (PB)

Ascom - Ministério do Esporte

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