Ministério do Esporte Moradores vibram e lotam as ruas na passagem da tocha por Belém
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Moradores vibram e lotam as ruas na passagem da tocha por Belém

A ativa participação popular ao longo de todo o trajeto, com 166 condutores, foi a marca de Belém. Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.br/MEA ativa participação popular ao longo de todo o trajeto, com 166 condutores, foi a marca de Belém. Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.br/ME
 
Não é exagero definir Belém como uma cidade superlativa. Da exuberância do carimbó a uma extravagante e atraente gastronomia – passando pela fé e devoção que carrega o Círio de Nazaré e a profusão de cheiros e sabores no mercado Ver-o-peso –, a capital do Pará se mostrou ainda mais vibrante nesta quarta-feira (15.06), durante a passagem da tocha olímpica por suas ruas e avenidas.
 
Encravada no verde da selva amazônica, às margens do Rio Guamá, Belém é resultado de uma miscelânea de cores, sabores e ritmos. A terra do jambu, do pato no tucupi, do açaí, da mandioca e da castanha, também revelou ao mundo o carimbó, o tecnobrega, as aparelhagens, a guitarrada. Por 32 km de sua área urbana, 166 condutores carregaram o símbolo máximo dos Jogos Rio 2016.
 

A superlatividade da capital paraense foi também percebida no percurso de condução da chama, por onde milhares de pessoas acompanharam ativamente o revezamento. Fossem parados nas calçadas, saindo dos escritórios, em cima das árvores ou correndo no calor de mais de 30 graus ao lado dos condutores, lá estavam eles, animados com o revezamento. Nem a chuva da tarde, comum na cidade e que demarca horários de encontro – antes ou depois dela – deu as caras no dia da chama em Belém.
 
A estudante Adriane Souto, de 17 anos, tinha bons motivos para estar no meio do tour. Afinal, seu irmão foi um dos condutores da chama. Ex-judoca, ele se inscreveu em um concurso de histórias e acabou selecionado por uma das empresas patrocinadoras. "Nunca imaginei ver uma Olimpíada no Brasil, e quando a tocha chega, passa por Belém, e ainda tem meu irmão como um dos condutores... A família ficou bem emocionada", disse.
 
Lyoto Machida, do UFC, foi o primeiro condutor em Belém. Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.br/MELyoto Machida, do UFC, foi o primeiro condutor em Belém. Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.br/ME
 
Dragão
Filho de pai japonês e mãe brasileira, o dragão branco do MMA, Lyoto Machida, deu a largada do revezamento em Belém. Ex-campeão do UFC, o lutador de caratê veio de Los Angeles, onde vive, para conduzir a tocha na sua cidade natal. Lyoto espera que a modalidade passe a ser reconhecido como esporte olímpico nos Jogos do Japão, em 2020. Até lá, já terá pendurado o quimono, mas quer manter-se no esporte. "Sinto-me honrado por participar das Olimpíadas no Brasil, ainda que indiretamente."
 
Além da classe esportiva, artistas paraenses marcaram presença no revezamento. Um deles foi o cantor e compositor Pinduca. Considerado o Rei do Carimbó (dançante ritmo amazônico), Aurino Quirino dos Santos levou para o asfalto sua experiência como condutor. Em 2007, quando a tocha dos Jogos Pan-Americanos do Rio passou pela cidade, ele a conduziu. "Ter sido lembrado pela segunda vez demonstra que sou uma pessoa que representa o Pará", comemorou. Não satisfeito em levar nas mãos o símbolo olímpico, Pinduca ainda animou a festa da concentração no Mangueirão, cantando com uma banda local.
 
Nascida e criada nas rodas de samba, Gaby Amarantos cantava na igreja desde o início da carreira, que já contabiliza 25 anos, entre bandas locais, como Chibantes e Tecno Show. Ganhou fama nacional como a Beyoncé do Pará, emplacou música em uma novela e alcançou o estrelato. Apesar de se apresentar por palcos mundo afora, Gaby ainda vive na comunidade onde nasceu, o bairro de Jurunas, na periferia da cidade. Não foi muito longe dali, em uma avenida do centro belemense, que ela viveu seu momento olímpico. "Sou madrinha do Comitê Olímpico, então estou vivendo um sonho. Já sinto o espírito olímpico chegando e já começo a me emocionar", declarou.
 
Muito antes de pisar no centro da cidade, a cantora já atraía admiradores para o ponto onde faria sua participação. A estudante Iracildes dos Santos, de 23 anos, foi ao local aonde a cantora receberia a chama. "Quem dera se todo mundo de Belém pudesse carregar a tocha... mas ter a Gaby nos representando significa muito", acrescenta o modelo e bailarino Fábio Ribeiro, de 18 anos.
 
Beijo da tocha com as bençãos do arcebispo dom Irineu à frente da Basílica de Nazaré. Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.br/MEBeijo da tocha com as bençãos do arcebispo dom Irineu à frente da Basílica de Nazaré. Foto: Ivo Lima/Brasil2016.gov.br/ME
 
Abençoada
A fé e devoção em Nossa Senhora – que movem Belém no Círio de Nazaré em outubro – se fizeram presentes na passagem da tocha pela Basílica de Nazaré, fazendo daquele um dos momentos mais emocionantes do dia. Os sinos anunciaram a chegada enquanto o arcebispo auxiliar da Arquidiocese de Belém, dom Irineu, abençoava o símbolo olímpico diante da imagem da santa padroeira da cidade. Acompanhando o religioso, centenas de devotos faziam coro à celebração.
 
Pelas mãos do chef de cozinha Thiago Castanho, a tocha seguiu seu percurso, em meio a uma multidão que a seguia como fazem os devotos no Círio. Castanho também tem seus seguidores pelo país, mas sua "devoção" se faz pelo paladar. Com 28 anos, é um dos responsáveis por incluir ingredientes regionais na alta gastronomia, tendo sido reconhecido pela revista Forbes em 2015 como uma das principais personalidades do seu ramo no Brasil. "Tenho a responsabilidade de fazer bem o que me proponho e naquele momento com a tocha não seria diferente. As pessoas não viam ali um desconhecido da cidade, mas alguém como eles, então elas se viam em mim", avaliou Thiago Castanho.
 
No Ver-o-peso, Alberto Silva também é referência da gastronomia amazônica, em outro patamar. No maior mercado aberto da América Latina, ele trabalha há 33 anos vendendo açaí, fruta típica do Pará. Hoje, está à frente da barraca mais tradicional da feira que vende a iguaria: a Barraca do Lôro. "Criei meus filhos trabalhando aqui, os mantive na escola e tenho até filho formado na faculdade. Esse é o legítimo açaí do Pará", orgulhava-se.
 
Rede Nacional de Treinamento
O Pará receberá 19 Centros de Iniciação ao Esporte, que representam um investimento da ordem de R$ 71 milhões. As unidades de Itaituba e Tucuruí já estão em construção. As Federações Paraenses de Judô, Taekwondo, Desportos Aquáticos e Ginástica receberam apoio do Governo Federal, sob a forma de tatames, placares, sistema de videomonitoramento, câmeras, boias náuticas, rádios a prova d'água, trampolins e diversos equipamentos. Noventa e quatro atletas são patrocinados pelo Bolsa Atleta e o boxeador Julião de Miranda Henriques e a lutadora de Taekwondo Josiane de Oliveira e Lima recebem patrocínio por meio do Bolsa Pódio.
 
Nesta quinta-feira, a chama olímpica seguirá pelo Norte do Brasil, fazendo uma parada em Macapá, capital do Amapá.
 
Hédio Ferreira Júnior e Mariana Moreira
Ascom – Ministério do Esporte 
 
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