Ministério do Esporte Brasil encaixa bons saques e derrota o Irã por 3 a 0 na estreia da Liga Mundial
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Brasil encaixa bons saques e derrota o Irã por 3 a 0 na estreia da Liga Mundial

O saque fez a diferença na vitória do Brasil por 3 sets a 0 contra o Irã, na estreia da Liga Mundial nesta quinta-feira (16.06), na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro. Além dos dez aces anotados pelos brasileiros, a quebra no passe defensivo dos adversários facilitou a vitória por parciais de 25/19, 25/16 e 28/26, em uma hora e meia de jogo. A força e precisão no fundamento são resultado, segundo jogadores e comissão técnica, da ênfase dada nos treinos.
 
“Desde o início o Bernardo colocou que a gente tem que sacar bem. Hoje, os principais times sacam muito forte e com uma consistência boa, então para jogar contra eles, a nossa equipe tem que sacar bem e acabamos treinando a recepção também. O saque é uma coisa que vai fazer a diferença”, afirmou Lucarelli, segundo maior pontuador contra o Irã, com 16 bolas, contra 17 do central Lucão.
 
 Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV
 
O ponta explica que os jogadores têm metas a serem cumpridas e que elas motivam os atletas. “Este ano a gente fez treinamentos com metas e vimos a capacidade de cada atleta. A gente tem pontuações para fazer durante o treino: dois erros consecutivos, ou três erros, perde ponto. Ace vale dois. A gente vai fazendo isso para criar um desafio”, explicou. Todos devem fazer oito pontos. “Eu tenho que sacar acima de 109 km/h para ter um ponto a mais de bônus. Passe quebrado também vale um ponto”, prosseguiu Lucarelli, que explicou a recompensa: “Sai mais cedo do treino e descansa mais”.
 
Na avaliação do levantador Bruninho, o saque forçado é um risco que a equipe tem de correr para obter mais volume de jogo. “Os dois primeiros sets a gente conseguiu ter uma boa fase de saque, bloqueio e defesa, deu bastante volume. A gente está tentando implementar essa filosofia de forçar o saque, de ser mais agressivo, como outras seleções, porque a gente sabe que no vôlei moderno o saque é um fundamento importante. A gente tem que correr riscos, saber lidar com uns erros a mais, mas a gente tem que estar forçando. Hoje deu certo em muitos momentos. A variação do saque também: saques mais curtos. Sabemos que precisamos melhorar, mas temos treinado para isso e podemos crescer em relação ao entrosamento”.
 
Além do título, a Liga Mundial deste ano terá uma importância ainda maior para as equipes que disputarão os Jogos Olímpicos, como Brasil e Irã, já que será o último teste antes do megaevento. Para o oposto Wallace, a seleção mostrou que o saque será uma das virtudes da equipe na busca pelo décimo título da competição e pelo tri das Olimpíadas. “A gente vem treinando bastante. Entrou em grande parte do jogo e fez a diferença. Eles não conseguiram jogar. Essa é uma das nossas armas”, comentou. Para ele, atualmente o saque é o principal fundamento do vôlei. “Pelo menos uns 60%, 70% é saque. Se você fizer um bom saque e quebrar o passe, facilita a vida. Faz diferença. É só ver as outras equipes, não se trata só de saque flutuado, muito mais de porrada no viagem”.
 
A boa vitória contra os iranianos também serviu para o time quebrar a ansiedade da estreia, na opinião de Lucarelli. “Toda estreia a gente tem ansiedade, porque a gente treina muito para um jogo, que é o primeiro, acho que essa ansiedade acontece, é inevitável. Acho que foi muito boa essa partida para tirar esse gelo”.
 
O próximo adversário será a Argentina, nesta sexta-feira (17.06), às 14h10, na Arena Carioca 1. Para Wallace, o estilo de jogo dos nossos vizinhos é semelhante ao dos iranianos. “É um time chato de jogar, não rifam a bola, não tomam bloqueio direto. Fizemos amistosos e sabemos o modo de jogo deles. É concentrar e continuar fazendo o que temos feito nos treinos”. Em junho, o Brasil venceu os dois amistosos realizados contra a Argentina (3 x 0 e 3 x 1).
 
Foto: Gabriel Fialho/Brasil2016.gov.br/MEFoto: Gabriel Fialho/Brasil2016.gov.br/ME
 
Clima olímpico
Com a primeira rodada do Grupo B da Liga Mundial sendo disputada no Rio de Janeiro, os atletas da seleção puderam sentir um pouco do clima olímpico, com a presença dos torcedores.  “A gente pensa no dia a dia, mas quando pisamos no Parque Olímpico, hoje, no primeiro jogo oficial, com torcida do lado, foi uma maneira de sentir esta prévia. Bacana sentir nosso público”, comentou Bruninho. A seleção fez três treinos na Arena Carioca 1 antes da estreia.
 
“Todos os atletas sabem da importância e da felicidade de participar de uma Olimpíada em casa e nem todos terão essa oportunidade um dia e a gente tem que aproveitar da melhor maneira”, completou Lucarelli.
 
Estudantes de seis Vilas Olímpicas da capital fluminense integraram os 3.950 torcedores presentes nesta tarde na Arena Carioca 1. O projeto da prefeitura oferece a estrutura esportiva e os profissionais para que diversas comunidades tenham acesso ao esporte. Os irmãos gêmeos Ruan e Rian Mendes, dez anos, comemoraram o fato de verem pela primeira vez um torneio deste nível, ainda mais no local das Olimpíadas. “Eu acho que vou gostar mais ainda de vôlei”, contou Ruan.
 
Eles integram a Vila do bairro Encantado, uma das 22 estruturas na cidade. “Eles praticam vôlei e nunca tiveram a oportunidade de ver um jogo, com certeza isso incentiva a fazer mais esporte”, contou Rodrigo Carvalho, professor de educação física dos irmãos Ruan e Rian. Crianças que um dia podem ser como os ídolos em quadra e terem a oportunidade de disputar uma Olimpíada.
 
Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBVFoto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV
 
 
O jogo
O Brasil começou a partida imprimindo um forte ritmo de jogo e chegou ao primeiro tempo técnico com três pontos de vantagem. Com o central Lucão muito bem no saque, quando a equipe chegou a fazer sete pontos seguidos, a seleção dobrou a vantagem no segundo tempo técnico: 16x10. Enquanto o saque dificultava a recepção adversária, os ataques potentes de Lucarelli e Wallace prosseguiram e os brasileiros fecharam em 28 minutos e por 25/19 o primeiro set. Foram 17 pontos de ataque, quatro de bloqueio, um ace e três erros dos iranianos.
 
No segundo set, o Irã tentou equilibrar as ações até os 13 x 12 para o Brasil, quando novamente Lucão foi para o saque. Foram mais quatro pontos seguidos para os brasileiros, sequência repetida entre o vigésimo e o vigésimo terceiro pontos. No final, 25/16 para o Brasil, em 26 minutos. Foram 12 pontos de ataque, dois de bloqueio, quatro aces e sete erros dos adversários.
 
O mais longo e disputado set foi fechado pelos brasileiros em 36 minutos. O Irã melhorou na defesa, o Brasil também cometeu mais erros, com alguns saques na rede, e a parcial foi disputada ponto a ponto. Pela primeira vez, os iranianos chegaram a um tempo técnico na frente: 8 x 7. Mas, no segundo tempo técnico, o Brasil havia revertido a vantagem em 16 x 15. Na volta, mais dois pontos para a seleção que deram tranquilidade.
 
No entanto, quando chegou o match point brasileiro e o placar apontava 24 x 22, o Irã segurou o ataque de Evandro em duas oportunidades e empatou. Em seguida, mais uma bola no chão e os asiáticos viraram: 25 x 24. O Brasil empatou com uma bola pelo meio, enquanto os adversários fizeram 26 x 25 com um saque na rede de Bruninho.
 
O novo empate veio com um ataque de Lucarelli, que tocou no bloqueio e foi para fora. O toque só foi comprovado pelo desafio de vídeo. Em seguida, o próprio Lucarelli foi para o saque, que tocou na fita e caiu na quadra adversária: 27 x 26 e match point. No último ponto, mais uma bomba de Lucarelli que complicou a defesa do Irã. Final 28 x 26, com 15 pontos de ataque, um de bloqueio, cinco aces e sete erros dos iranianos.
 
Com o resultado, o Brasil iguala o histórico no confronto direto contra o Irã na Liga Mundial, agora são três vitórias para cada lado. Em seguida, Argentina e Estados Unidos se enfrentaram, com vitória dos norte-americanos por 3 sets a 1, parciais de 26/24, 25/23, 22/25 e 25/22.
 
Tabela Liga Mundial 2016
 
Grupo B
 
16.06 (Quinta-feira)
 
14h10 - Brasil 3 x 0 Irã
17h15 - Argentina 1 x 3 EUA
 
Gabriel Fialho
Ascom - Ministério do Esporte
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