Ministério do Esporte Trio mais jovem mostra serviço e Brasil vence Argentina na Liga Mundial
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Trio mais jovem mostra serviço e Brasil vence Argentina na Liga Mundial

Há pouco mais de dois anos, Douglas Souza integrava a seleção masculina de vôlei infanto-juvenil. Hoje, ele disputa uma vaga para estar nas Olimpíadas com a equipe principal. Aos 20 anos, o atleta fez sua estreia na 27ª edição da Liga Mundial nesta sexta-feira (17.06), na Arena Carioca 1, no Rio de Janeiro. Com 1h19 de jogo, o Brasil fez 3 sets a 0 na Argentina, com parciais de 25/21, 25/13 e 26/24.
 
O ponta soube no vestiário que iria iniciar o jogo e revelou a surpresa: “Fiquei em choque! Foi engraçado, não esperava muito. Achei que essa primeira etapa eu não fosse jogar, mas está servindo como um teste, foi importante”. Apesar do nervosismo no início da partida, Douglas conseguiu se soltar nos outros sets e mostrar o seu jogo.
 
Para o caçula da seleção, as oportunidades na carreira têm surgido de forma rápida.  “Em um ano eu estava no Mundial infanto-juvenil, no outro estava no Pan-Americano (Toronto 2015), no pódio, e no seguinte estou aqui com a seleção adulta disputando uma vaga para a Olimpíada”. Nem por isso ele se abala com a pressão e mostra a vontade de poder subir mais um degrau na carreira. “É uma chance real, estou com unha e dente cravado nessa vaga. Estou confiante”, conta.
 
Douglas ataca por cima do bloqueio argentino. Mais jovem da seleção teve boa atuação. (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)Douglas ataca por cima do bloqueio argentino. Mais jovem da seleção teve boa atuação. (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)
 
Caçula é uma posição no grupo que há pouco tempo ainda pertencia a Lucarelli, 24 anos, maior pontuador contra a Argentina, com 19 bolas no chão. Outro destaque da equipe, o central Isac também está na mesma faixa etária, 25 anos. Ele recorda do nervosismo da estreia e sabe que a tendência do companheiro é se soltar e crescer. “Lembro quando entrei na seleção adulta, em um torneio na Polônia, nunca é fácil jogar lá. Acredito que ele está tendo essa chance. Jogou o primeiro jogo. Já foi. Agora é relaxar e pensar na frente”.
 
Uma geração que está sendo preparada para manter o Brasil no topo da modalidade por muito tempo. “Ele (técnico Bernardinho) está fazendo uma renovação para ver como vai ficar a seleção daqui a alguns anos. Lucarelli e Isac ele já conhece muito bem, aliás a todos nós, mas tem que ver ali na hora da pressão como é que vai funcionar”, avaliou Douglas.
 
Mais experiente do grupo, Serginho, 40 anos, entende a situação do novato do grupo. “Eu fico pensando o que deve estar passando na cabeça do Douglas, com 20 anos, com condição de poder jogar uma Olimpíada aqui no Brasil. Uma pressão grande de não poder errar. Ele sabe que é um jogador que precisa passar, atacar e fazer todos os fundamentos”.
 
Mesmo assim, o líbero, que tem na bagagem três medalhas olímpicas – um ouro e duas pratas -, confia na capacidade dos mais jovens e valoriza a disputa por uma vaga na seleção para os Jogos Rio 2016. “A briga está muito boa nas posições. Esse problema é do Bernardo. Ele que resolva. A preparação a gente vem fazendo o que sempre fez. A Liga Mundial serve de teste, mas um teste no qual a gente tem responsabilidade de ganhar também. Vamos atrás do título. Querendo ou não, as peças vão ser testadas, como o Douglas foi testado hoje, o Isac também, porque a briga entre os centrais está forte”.
 
Opinião de quem tem moral para cobrar os companheiros, como foi no confronto contra os argentinos, quando Serginho orientou bastante a equipe em quadra. “A gente brinca que ele é o chefe, quem manda. Se ele está falando, querendo jogo, a gente tem que ir junto”, revelou Isac, que treinou separado do grupo e era dúvida para a Liga Mundial por conta de um desgaste nas costas.
 
Bernardinho orienta Douglas, que estreou na Liga Mundial e sonha com uma vaga no grupo que vai disputar os Jogos Rio 2016. (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)Bernardinho orienta Douglas, que estreou na Liga Mundial e sonha com uma vaga no grupo que vai disputar os Jogos Rio 2016. (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)
 
Próximo confronto
Após a segunda vitória por 3 sets a 0, em dois jogos desta Liga Mundial, o Brasil vai se preparar para enfrentar os Estados Unidos neste sábado (18.06), às 23h10. Horário diferente do que os jogadores estão mais acostumados, o que muda a rotina de alimentação e descanso. Contra Irã e Argentina, as partidas foram às 14h10, por exemplo. “É um horário que a gente não está acostumado a jogar, bem tarde da noite, em que estaríamos descansando. A gente tem que ter atenção para estar ligado o tempo todo”, afirmou Isac.
 
Os Estados Unidos estrearam com vitória por 3 sets a 1 contra a Argentina e serão um adversário direto do Brasil no Grupo A das Olimpíadas. “É um adversário pesado. Depois da Liga Mundial do ano passado, a gente fez uma excursão por lá, alguns amistosos, sempre foi jogo duro. É difícil jogar contra os Estados Unidos. Eles jogam bem taticamente, têm jogadores bons, será um jogo digno de Olimpíada. Vamos ver se a gente faz a terceira vitória para viajar bem”, avaliou Serginho, já projetando as próximas rodadas da Liga Mundial.
 
Após os três jogos no Rio de Janeiro, o Brasil vai até a Sérvia, onde enfrentará os donos da casa, o Irã e a Bulgária, e depois à França, para duelar contra os franceses, a Polônia e a Bélgica. A fase final da competição será na Polônia, entre 13 e 17 de julho.
 
Lucarelli se prepara para atacar. Seleção Brasileira não perdeu nenhum set na competição. Foram duas vitórias por 3 a 0, sobre Irã e Argentina. (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)Lucarelli se prepara para atacar. Seleção Brasileira não perdeu nenhum set na competição. Foram duas vitórias por 3 a 0, sobre Irã e Argentina. (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)
 
O jogo
Brasil e Argentina iniciaram a partida se alternando no placar. Poucas vezes no primeiro set alguma equipe abriu dois pontos de vantagem. No primeiro tempo técnico, os brasileiros foram em vantagem por 8 x 7, enquanto no segundo a Argentina chegou na frente: 16 x 15. O saque brasileiro, que havia feito diferença desde o início contra o Irã, demorou um pouco mais a entrar contra os argentinos. Mas foi na volta do segundo tempo técnico que a seleção conseguiu emplacar uma sequência de seis pontos, com saques fortes e bloqueio efetivo. A equipe administrou a vantagem e fechou em 25 x 21 o set, que teve 25 minutos de duração. Foram 12 pontos de ataque, três de bloqueio, um ace e nove erros dos argentinos.
 
Na avaliação do líbero Serginho, o time errou muitos contra-ataques, principalmente no início do confronto. “Dois resultados bons (contra Irã e Argentina), mas a parte técnica, principalmente os contra-ataques, não me agradou. No primeiro set a gente criou oito contra-ataques para fazer um ponto. Não pode, temos que fazer seis, ou oito pontos. Um é muito pouco para uma seleção brasileira, que quer ganhar medalha. A gente está criando, temos que fazer”.
 
No segundo set, o Brasil acertou o saque, quebrou a recepção da Argentina e chegou ao primeiro tempo técnico com uma boa vantagem: 8 x 3. O ritmo brasileiro continuou forte, apesar de alguns saques na rede, e a diferença foi aumentando. No segundo tempo técnico o placar já mostrava 16 x 9. A partir daí, o Brasil atropelou os adversários, com variações de saque e ataques rápidos e fechou em 25 x 13, em 24 minutos. Foram 13 pontos de ataque, dois de bloqueio, dois aces e oito pontos de erros da Argentina.
 
O terceiro set foi o mais longo e disputado. Com 30 minutos de duração, o Brasil venceu o set por 26 x 24. No início as equipes se alternaram na ponta, com a Argentina fazendo 8 a 6 no primeiro tempo técnico. Os brasileiros reverteram o placar e fizeram 16 x 14 no segundo tempo técnico. Com alguns rallys e ataques fortes dos dois lados, o placar chegou a igualdade em 24. No fim, dois ataques de Lucarelli deram a vitória ao Brasil. Foram 18 pontos de ataque, dois aces e seis pontos com erros adversários no último set.
 
Isac se mostrou recuperado de desgaste nas costas e foi fundamental na vitória sobre a Argentina. (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)Isac se mostrou recuperado de desgaste nas costas e foi fundamental na vitória sobre a Argentina. (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)
 
Com o resultado, o Brasil mantém o tabu de nunca ter perdido para os rivais na Liga Mundial, agora, são 23 vitórias. Na sequência, os Estados Unidos enfrentaram o Irã e sofreram para vencer por 3 sets a 1. Com o apoio da torcida brasileira, os iranianos venceram a primeira parcial por 25/23, mas levaram a virada: 25/13, 27/25 e 26/24, em 2h14 de partida.  
 
Tabela Liga Mundial 2016
 
Grupo B
 
16.06 (Quinta-feira)
 
14h10 - Brasil 3 x 0 Irã
17h15 - Argentina 1 x 3 EUA
 
17.06 (Sexta-feira):
 
14h10 - Brasil 3 x 0 Argentina
17h15 - EUA 3 x 1 Irã
 
18.06 (Sábado):
 
20h30 - Irã x Argentina
23h10 - Brasil x EUA
 
Gabriel Fialho, do Rio de Janeiro
Ascom - Ministério do Esporte
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