Ministério do Esporte Salto de paraquedas sobre comunidade indígena marca a passagem da tocha por Roraima
Ir para conteúdo 1 Ir para menu 2 Ir para a busca 3 Ir para o rodapé 4 Página Inicial Mapa do Site Ouvidoria Acessibilidade MAPA DO SITE ALTO CONTRASTE ACESSIBILIDADE

|   Ouvidoria   |

 
Conheça os principais programas e ações da Secretaria Especial do Esporte.
Videorreportagens, textos e fotos mostram como os projetos são colocados em prática e os resultados alcançados em todo o país.

Informações:  (61) 3217-1875E-mail:O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

                          

Salto de paraquedas sobre comunidade indígena marca a passagem da tocha por Roraima

 
Desde que aterrissou em solo brasileiro, em 3 de maio, a chama dos Jogos Olímpicos Rio 2016 já protagonizou experiências inusitadas: surfou no mar de Pernambuco; desfilou em carro de boi e desceu de toboágua em Goiás; desceu um pico nas mãos de um piloto de parapente em Minas Gerais. Neste sábado (18.06), o símbolo máximo dos Jogos Olímpicos adicionou mais uma experiência à sua lista de aventuras: saltou de paraquedas de uma altura de 10 mil metros e sobre uma comunidade indígena em Roraima.
 
O autor da façanha é o paraquedista e videomaker Luigi Cani. Há 20 anos, o curitibano transformou o paraquedismo, até então um hobby, em profissão. Ele foi aos Estados Unidos estudar e acabou arrumando estágio em um produtora especializada em produção de imagens aéreas e viu a oportunidade de associar a paixão pelo voo a um produto midiático. Apelidado de Homem Voador, Cani tornou-se celebridade internacional em seu meio e desenvolveu uma carreira calcada em desafios, recordes mundiais e superação de limites. Ele é o recordista mundial de velocidade em queda livre (552 km/h sem auxílio de motor) e de salto e pouso com o menor e mais veloz paraquedas do mundo, além de ter participado da maior formação de wingsuit (traje especial semelhante às asas de um morcego) do mundo.
 
Desde o início do dia, moradores da comunidade indígena Campo Alegre, nas terras indígenas São Marcos, a 60 km da capital, estavam eufóricos com a manobra do piloto. Arqueiros faziam demonstrações de sua habilidade com a flecha, homens e mulheres exibiam suas pinturas e adornos de dias de festa, crianças corriam de um lado para o outro e reagiam com gritos sempre que um helicóptero cruzava o céu da comunidade.
 
O tempo não ajudou e, em minutos, o calor amazônico se transformou em céu encoberto, com constantes pancadas de chuva. As nuvens encobriam o avião que levava o paraquedista e a tocha, o que exigiu dez sobrevoos e muitas missões abortadas. No início da tarde, no entanto, o piloto encontrou uma brecha entre a nebulosidade e cruzou o horizonte da aldeia, em uma queda livre de 300 km/h, em um voo rápido e instável, que deixou a plateia apreensiva. Visivelmente cansado, o piloto comemorou o plano bem sucedido e a oportunidade de conduzir o fogo sagrado do esporte. "As Olimpíadas são um dos eventos mais importantes do mundo e ter uma microparticipacão neles é emocionante", afirmou.
 
 
Em terra firme, ele entregou a chama para a líder indígena Lourdes dos Santos Sampaio, 56 anos. Atuante na agricultura comunitária e especialista em culinária indígena, Lourdes é uma espécie de articuladora e conselheira dos Macuxi que ali vivem. Durante três anos foi tuxaua (administradora) de Campo Alegre, onde vivem 378 indígenas. "Para nós, essa festa traz união. Muitas pessoas de outras comunidades, que têm rádio ou televisão, ficaram sabendo e vieram acompanhar a festa", destaca.
 
Assim que cruzou o pátio central da aldeia, escoltada por arqueiros, a indígena entrou em um semicírculo e se posicionou no centro de uma roda feita por crianças da comunidade, que dançaram a parixara. "É uma dança para quando estamos esperando por alguma coisa, ficamos felizes e resolvemos dançar a nossa alegria", ensina Lourdes.
 

Revezamento Tocha - Boa vistaRevezamento Tocha - Boa vista

Rota Urbana 
Em Boa Vista, o trajeto teve início na Praça das Águas. Recentemente revitalizado, o espaço agora une tradição e inovação. Os painéis de azulejo assinados pelo escultor pernambucano Francisco Brennand foram mantidos. Mas a praça ganhou um sistema de fontes abastecidas por águas renováveis que ganham iluminação noturna e se movem conforme o ritmo da música executada. O espetáculo, diário, começa quando o sol se põe. A orla da cidade, a Igreja da Matriz, o Rio Branco, que banha a capital roraimense, e a Vila Olímpica da cidade fizeram parte do percurso, de 32 quilômetros, percorridos por 125 condutores.
 
Uma delas, a cantora Euterpe, nome artístico de Andressa Nascimento, 30 anos, era só orgulho por representar a classe artística do estado. "Estou muito emocionada. Logo eu que tenho esse nome: Euterpe é o nome de uma das nove musas da Mitologia Grega", destacou.
 
Investimentos
Boa Vista, única capital brasileira localizada no hemisfério norte, receberá um Centro de Iniciação ao Esporte (CIE), com ginásio reversível e pista de atletismo, orçado em R$ 4,1 milhão. A reforma da Vila Olímpica Roberto Marinho é fruto de uma parceria entre Ministério do Esporte e Prefeitura Municipal. O Governo Federal também está investindo R$ 9 milhões na construção de uma pista oficial de atletismo no Parque Anauá, em Boa Vista. Seis atletas do estado recebem recursos do Bolsa Atleta.
 
Mariana Moreira, de Boa Vista
Ascom – Ministério do Esporte 
 
Desenvolvido com o CMS de código aberto Joomla