Ministério do Esporte Com atuação de alto nível, Brasil bate os EUA e encerra rodada da Liga Mundial invicto
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Com atuação de alto nível, Brasil bate os EUA e encerra rodada da Liga Mundial invicto

Foi um confronto válido pela Liga Mundial de vôlei, mas Brasil e Estados Unidos, neste sábado (18.06), teve clima olímpico. A Arena Carioca 1 será palco do basquete nos Jogos Rio 2016, mas o cenário do Parque Olímpico da Barra, a vibração do público de 9.573 espectadores e o horário da partida, que teve início às 23h10, criaram a atmosfera da partida, que se repetirá pelo Grupo A das Olimpíadas, entre duas equipes favoritas ao ouro.

“Acho que o time se saiu muito bem, manteve um nível alto de jogo e se ambientou ao clima de Olimpíada que foi formado”, avaliou o central Eder. “Hoje pode ter sido uma prévia da final olímpica. A gente sabe que os Estados Unidos são um time de muita qualidade, que vêm demonstrando isso ao longo dos anos. Foi muito bom ter conseguido essa vitória. É importante para a moral do grupo”, prosseguiu.

Os saques de Eder foram decisivos para a virada do Brasil no quarto set. (Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)Os saques de Eder foram decisivos para a virada do Brasil no quarto set. (Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)

Se foi uma prévia do que teremos em agosto, o torcedor brasileiro pode ficar otimista. A seleção impôs um ritmo forte de jogo, superou situações adversas, lidou bem com a pressão e conquistou a vitória por 3 sets a 1, com parciais de 25/19, 25/15, 22/25 e 25/22, em 2h03min de partida. Wallace foi o maior pontuador do Brasil, com 18.

Para o levantador Bruninho, a equipe está em evolução para buscar manter a mesma intensidade mostrada nas duas primeiras parciais contra os Estados Unidos em todos os sets. “A gente conseguiu ver que o time está jogando bem. Jogar no nível dos dois primeiros sets o jogo todo não é fácil, mas a gente busca isso. Se jogarmos com essa intensidade, seremos um time difícil de ser batido”, projeta.

Mesmo a derrota na terceira parcial, quando a seleção chegou a ficar sete pontos em desvantagem e reagiu no final do set, foi valorizada por Bruninho. “A gente também precisa passar por dificuldades. Ganhar por 3 sets 0 e não sentir um momento de tensão, de repente, não ia ser tão importante quanto foi a partida de hoje. Depois dos dois primeiros sets que a gente dominou amplamente, a gente teve que suar muito”.

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O Brasil sai com um saldo positivo nesta primeira rodada da Liga Mundial, disputada no Rio de Janeiro. Foram duas vitórias de 3 sets a 0, contra Irã e Argentina, e uma por 3 sets a 1, contra os Estados Unidos. Todas as equipes estão classificadas para os Jogos Rio 2016. “Acredito que Argentina e Irã são times que não brigam por medalha de ouro, mas vão incomodar, possivelmente vão tirar o jogo de algum time grande nas Olimpíadas e os Estados Unidos são candidatos ao título. Foram três bons testes para a gente. São times com volume de jogo, que defendem muito, você tem que ter paciência para rearmar o mesmo ponto várias vezes”, disse Bruninho.

O técnico Bernardinho também pôde fazer experiências e iniciou as partidas com três formações diferentes. Contra os Estados Unidos entraram o ponta Lipe e o central Eder. Posições que haviam sido testadas com Douglas e Murilo, além de Maurício Souza e Isac, respectivamente, nas partidas anteriores.

Na próxima semana, a seleção embarca para a Sérvia, onde enfrenta os donos da casa na quinta-feira (23.06), novamente o Irã, na sexta-feira (24.06), e a Bulgária, no sábado (25.06). Os jogos serão válidos pela segunda rodada da Liga Mundial.

Lipe, que faz aniversário neste domingo, foi uma das experiências de Bernardinho no jogo contra os EUA. (Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)Lipe, que faz aniversário neste domingo, foi uma das experiências de Bernardinho no jogo contra os EUA. (Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)

Horário
Na primeira fase das Olimpíadas, o Brasil fará sua estreia contra o México, no dia 7 de agosto, às 11h35. Depois, a equipe dirigida pelo técnico Bernardinho enfrentará Canadá, no dia 9; Estados Unidos, no dia 11; Itália, no dia 13; e França no dia 15, sempre às 22h35. Os quatro jogos noturnos obrigarão os atletas a mudarem a rotina de alimentação e descanso, como foi no confronto deste sábado.

“A gente se adaptou. Fizemos o treino da manhã mais tarde, por volta das 12h30. Atrasamos tudo, o café da manhã foi mais tarde, o almoço... Descansamos um pouco à tarde, para chegar na hora do jogo com o organismo mais ‘acordado’. Jantamos antes do jogo, que é uma coisa fora do normal, mas a adaptação foi boa”, descreveu Eder.

Os dois fatores que mais afetam os jogadores são manter um nível de atenção elevado – a partida desta noite começou em uma hora que os atletas costumam estar descansando – e conseguir dormir após as partidas, quando o nível de adrenalina ainda está alto. “Esta é uma preocupação grande em relação às Olimpíadas, porque a gente vai terminar um jogo nesse horário, lá no Maracanãzinho. Até voltar (a Vila dos Atletas fica na Barra da Tijuca), se alimentar, baixar a adrenalina...”, analisa Eder, que conta com o cafezinho para se manter mais ligado antes dos jogos noturnos.

Outras estratégias menos convencionais devem ser implementadas na seleção. Óculos com luz branca que retarda a diminuição da temperatura corporal, mantendo o atleta mais desperto, e uma máquina que faz o processo inverso, para ajudar no sono, foram apresentados aos jogadores.

“A gente até teve palestras sobre sono, formas de atrasar o sono e de dormir após o jogo. Estão vendo ferramentas para isso. Tem uma máquina que a gente segura e abaixa a temperatura da mão, não de forma extrema. Assim o organismo manda sangue para a mão e diminui o ritmo cardíaco, o que acelera o processo do sono”, descreve Eder.

Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra, recebeu mais de nove mil torcedores na partida entre Brasil x EUA. (Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra, recebeu mais de nove mil torcedores na partida entre Brasil x EUA. (Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)

Homenagem
No intervalo entre o segundo e o terceiro sets, a Arena Carioca 1 parou para reverenciar 78 atletas que defenderam a seleção masculina de vôlei nos Jogos Olímpicos. Desde 1964, em Tóquio, quando a modalidade foi incluída no programa olímpico, o Brasil participou de todas as edições, conquistou três pratas (Los Angeles 1984, Pequim 2008 e Londres 2012) e dois ouros (Barcelona 1992 e Atenas 2004). “Todo mundo viu seus maiores ídolos. O Gustavo sempre foi um cara em quem me espelhei muito. Ele estava ali, assistindo ao jogo. A gente sabe o quanto eles estão torcendo”, celebrou Eder.

Já o levantador Bruninho tentou evitar acompanhar muito a homenagem para não se emocionar e desconcentrar. “Foi incrível. Naquele momento ali, tentei até não olhar muito, porque você acaba se emocionando, tantos craques ali que foram seus ídolos, pessoas que abriram as portas para a gente, foram pioneiros. Você vê o ginásio lotado, muito porque eles se sacrificaram lá atrás. Hoje a gente tem Centro de Treinamento bacana, coisas que o vôlei, depois de tantas conquistas, merece, graças a eles”. Além da festa pela homenagem e pela vitória, ao fim do jogo a torcida ainda cantou os parabéns para o ponta Lipe, aniversariante do dia.

O Jogo
Brasil e Estados Unidos começaram o duelo equilibrado, como era previsto, com muitos erros de saque, até o placar de 4 x 4. A partir daí, a seleção brasileira mostrou mais intensidade, forçou os erros do adversário e com ataques rápidos chegou no primeiro tempo técnico em vantagem de 8 x 5, aumentou a diferença no segundo tempo técnico para 16 x 10 e fechou o set em 25 x 19, em 27 minutos. Foram 12 pontos de ataque, três de bloqueio e dez com erros dos Estados Unidos.

No segundo set, a seleção brasileira começou arrasadora, aproveitou novamente os erros de saque dos adversários e chegou ao primeiro tempo técnico com 8 x 3 no placar. Com um ace de Eder, bloqueio de Lucão e ataques de Lucarelli e Wallace, a vantagem no segundo tempo técnico era de 16 x 6. Depois, a equipe administrou o jogo para fechar em 26 minutos por 25 x 15. Foram dez pontos de ataque, quatro de bloqueio, três aces e oito por erros do oponente.

Wallace sobe contra o bloqueio norte-americano. Atacante foi o principal pontuador brasileiro, com 18. (Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)Wallace sobe contra o bloqueio norte-americano. Atacante foi o principal pontuador brasileiro, com 18. (Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV)

O terceiro set começou disputado ponto a ponto e com alguns ralis. Os norte-americanos chegaram ao primeiro tempo técnico um ponto na frente. Com o ataque e o bloqueio funcionando, a vantagem aumentou para 16 x 10 no segundo tempo técnico. O Brasil ainda esboçou reação, fez sete pontos contra dois dos adversários e encostou no placar: 17 x 19. O marcador seguiu equilibrado, mas com dois erros seguidos dos brasileiros, os Estados Unidos fecharam em 25 x 22, em 35 minutos. O Brasil fez 16 pontos de ataque, um de bloqueio e cinco com erros do adversário.

O Brasil chegou com a vantagem de apenas um ponto no primeiro tempo técnico do quarto set. O equilíbrio seguiu e os Estados Unidos mostravam que não venderiam barato a derrota, chegando ao segundo tempo técnico na frente: 16 x 15. Os norte-americanos abriram dois pontos em 18 x 16 e Bernardinho pediu tempo. O placar estava em 20 x 18 quando Eder foi para o saque. Em uma sequência incrível, o Brasil virou o placar para 22 x 20, com direito a dois aces de Eder. A torcida se levantou e a seleção foi virando as bolas até fechar o set em 25 x 22, em 35 minutos. Foram 12 pontos de ataque, quatro de bloqueio, três aces e seis por erros dos adversários.

Na primeira partida da noite, o Irã derrotou a Argentina por 3 sets a 2, com parciais de 25/22, 25/20, 21/25, 13/25 e 15/11, em outro duelo que irá se repetir nas Olimpíadas, desta vez, pelo Grupo B. Ao fim do jogo, os iranianos fizeram questão de agradecer à torcida brasileira, que adotou o time contra norte-americanos e argentinos. “Estou muito feliz. Ontem foi igual. Os brasileiros gostam dos iranianos, não sei por que, mas estou muito feliz que neste ginásio todos torceram pelo Irã”, elogiou o líbero Farhad Zarif.

Ebadipour Milad se surpreendeu com o apoio. “Estou muito feliz com o público, porque a gente não acreditava que todos estavam gritando Irã. Obrigado aos brasileiros”. Ele espera que a torcida se repita nos Jogos Rio 2016. “Espero que seja como hoje, todos gritando Irã”.

Tabela Liga Mundial 2016

Grupo B


16.06 (Quinta-feira)
14h10 - Brasil 3 x 0 Irã
17h15 - Argentina 1 x 3 EUA

17.06 (Sexta-feira):
14h10 - Brasil 3 x 0 Argentina
17h15 - EUA 3 x 1 Irã

18.06 (Sábado):
20h30 - Irã 3 x 2 Argentina
23h10 - Brasil 3 x 1 EUA

Gabriel Fialho, do Rio de Janeiro - Brasil2016.gov.br

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