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Mesmo com deslize do bloco, Paulo André e Rodrigo Nascimento vão à semifinal dos 100m e correm por dobradinha
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- Publicado em Segunda, 08 Julho 2019 23:03
Integrante da equipe campeã mundial no revezamento 4 x 100m em maio e com 10s02 como melhor marca da carreira e do ano, Paulo André Camilo de Oliveira está muito perto de se tornar o primeiro brasileiro a quebrar a barreira dos 10s nos 100m. O recorde nacional é de exatos 10s, alcançado por Robson Caetano em 1988. Com toda essa expectativa, Paulo André entrou na pista de atletismo do Estádio San Paolo, em Nápoles, nesta segunda (08.07), para disputar as eliminatórias da prova mais badalada da modalidade.
O brasileiro só não contava com um problema no bloco de largada em sua primeira Universíade. “Meu bloco de partida hoje escorregou e prejudicou muito a prova. Eu me perdi completamente, me desconcentrei. Então foi um começo meio estranho, mas agora é colocar a cabeça no lugar e me concentrar, porque amanhã tem semifinal. Estou feliz por ter me classificado, e agora é virar a página”, disse o velocista.
Assim que terminou de dar entrevista, Paulo correu para ver a chegada do colega de revezamento Rodrigo Nascimento. “O seu bloco escorregou também?”, perguntou Paulo. E Rodrigo assentiu. “Empurrei e fiquei, todo mundo foi. Fiz uma corrida de recuperação, e graças a Deus consegui me classificar, mas assustei, quase que fico fora”, contou.
“Um bloco desse é caríssimo, não pode acontecer isso, se não a empresa nunca mais vende bloco. O que vamos fazer é verificar o bloco e, se não resolver, colocar um bloco atrás do outro”, disse o treinador Neilton Alfano.
Mesmo com o problema, Paulo venceu com sobras sua bateria: fez 10s32 e passou para a semifinal com o segundo melhor tempo. O sul-africano Michae Van Wyk fez 10s29. Já Rodrigo Nascimento conseguiu o quarto tempo geral, com 10s38. O eslovaco Jan Volko fez 10s36. Corrigida a questão do bloco, a expectativa é que os dois melhorem seus tempos na semifinal, que está marcada para esta terça (09.07), às 14h20. A final será às 15h40.
“A pista está boa, o tempo está bom. Está tudo favorável para que a gente corra bem”, disse Rodrigo. “O clima está ótimo, me surpreendi com a competição. É a minha primeira Universíade. É semelhante aos mundiais. Eu vim aqui com o intuito de sentir esse clima, já que o Mundial de Doha está próximo e estou sentindo já a câmara de chamada, a pista, a atmosfera, e estou gostando para caramba”, completou Paulo André.
Quem também correu os 100m, mas no feminino, foi a brasileira Vitória Rosa. Ela também venceu sua bateria e, com a marca de 11s52, avançou para a semifinal, que está marcada para esta terça, a partir das 13h55.
Bronze escapa no peso
Na prova de arremesso de peso, o Brasil teve dois competidores: Willian Dourado e Wellington Morais. Wellington não conseguiu avançar para a final, mas Willian disputou uma medalha até o fim da prova. Ele chegou a estar em segundo lugar, mas acabou ultrapassado por um mexicano e um norte-americano e viu o pódio escapar. Com 19m99, Willian acabou em quarto. O terceiro foi o mexicano Uziel Aaro, que conseguiu 20m45. A prata ficou com o norte-americano Andrew Liskowitz, com 20m49. O campeão foi o polonês Konrad Bukowiecki, que, com 21m54, estabeleceu o novo recorde da Universíade.
“Eu saio feliz, porque recentemente perdi a vaga no Pan por um centímetro, com uma marca inferior, de 19m69. Com essa marca de hoje, estaria no Pan, que é meu sonho. Foi um centímetro para 20, um detalhezinho, mas foi bom, vou me lembrar bem da Itália. E agora é pensar nas próximas competições”, disse Willian, que na Universíade anterior, em Taipei 2017, ficou em sétimo na mesma prova.
O Brasil também competiu no salto triplo, com Alexsandro Melo e Mateus Sá. Alexsandro conseguiu a melhor marca nas classificatórias, ao saltar 16m45. Mateus também passou, com 15m83. A final será na noite de quarta-feira (09.07). Nos 400m com barreira, Marlene Santos se classificou para a semifinal, que será na noite desta terça, com 57s66.
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Mateus Baeta, de Nápoles, na Itália - rededoesporte.gov.br