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Nação Bolsa Atleta estaria no Top 5 dos Jogos Mundiais Militares
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- Publicado em Sexta, 25 Outubro 2019 15:53
Taekwondo, ginástica artística, boxe, atletismo, pentatlo naval e maratonas aquáticas. Nesta sexta, 25.10, essas cinco modalidades ajudaram o país a se consolidar na terceira colocação do quadro oficial de medalhas dos Jogos Mundiais Militares, com novas 12 medalhas. Assim, o Brasil entra no último fim de semana de disputas em Wuhan, na China, com 74 medalhas computadas oficialmente. São 19 ouros, 24 pratas e 31 bronzes, atrás apenas de China, com 193 pódios, e Rússia, com 136.
A matemática oficial da competição não leva em conta, contudo, as conquistas nacionais na ginástica artística, que participa como modalidade de demonstração, e em modalidades que tiveram provas mistas, entre atletas olímpicos e paralímpicos, caso do tiro com arco, por exemplo.
Com essas medalhas todas somadas, o desempenho do Brasil é de 82 medalhas em 17 modalidades, com 22 ouros, 26 pratas e 34 bronzes. Dessas, 64 (78%) tiveram a participação de atletas que integram o Bolsa Atleta, programa da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.
Os bolsistas subiram ao pódio em 13 modalidades diferentes. No total, 127 dos 345 atletas brasileiros receberam medalhas, levando em conta esportes individuais e coletivos. Desse universo, 74 (58,27%) são bolsistas. Os bolsistas protagonizaram 17 ouros, 20 pratas e 27 bronzes. A Nação Bolsa Atleta estaria no Top 5 do quadro de medalhas, atrás de China, Rússia e Brasil.
Taekwondo
A nova geração do taekwondo brasileiro manteve o ritmo de bons resultados internacionais em Wuhan. Nesta sexta, o país conquistou um ouro e dois bronzes na modalidade. Paulo Ricardo Melo foi o campeão na categoria -54kg, ao superar na decisão o iraniano Mahaleh Kalaei Iman, por 31 x 22. Os bronzes ficaram com Otabek Turganbekov, do Uzbequistão, e com Dongdong Liu, da China.
Ao todo, 127 dos 345 atletas brasileiros em Wuhan já subiram ao pódio
As meninas também mantiveram o nível de boas performances. Caroline Santos chegou até a final da categoria -62kg e só foi superada pela chinesa Jie Song, por 17 x 9. Os bronzes ficaram com Feruza Sadikova, do Uzbequistão, e Nicole Kraayeveld, do Canadá.
Na categoria -53kg, o Brasil também subiu ao pódio, com o bronze de Leonor Saraiva. O ouro foi para Charos Kayumova, do Uzbesquistão, que superou na decisão a alemã Nadja Nothaft. O outro bronze foi para a chinesa Xiaojing Wei.
Maratonas Aquáticas
Já é quase pleonasmo a relação entre maratonas aquáticas e Ana Marcela Cunha. Maior medalhista da história dos mundiais da modalidade, com 11 pódios (cinco ouros), a baiana já havia conquistado a medalha de ouro na prova olímpica dos 10km em Wuhan, há dois dias.
Nesta sexta, a integrante da Bolsa Pódio manteve a regularidade e recebeu o bronze na distância dos 5km. Ana foi superada pela francesa Oceane Cassignol, que havia ficado com a prata na batida de mão na prova dos 10km. Cassignol fechou os 5km em 1h03min14s, seguida pela eslovena Spela Perse (1h03min16s). Ana Marcela garantiu o pódio com 1h03min17s. A brasileira ainda volta à água no domingo, para a disputa por equipes mistas.
Boxe
Bia Ferreira vem em um ano mágico no boxe feminino. A brasileira já subiu ao topo do pódio nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Campeonato Mundial da Rússia e chegou a Wuhan como um das favoritas na categoria 57kg a 60kg.
Com vitórias sem contestação sob a italiana Valentina Alberti nas oitavas, sobre a mongol Khulan Purevdorj nas quartas e sobre a norte-coreana Hye Song Choe na semifinal, Bia teve pela frente, nesta sexta, a chinesa Zichun Xu. Desta vez, contudo, a atleta da casa levou a melhor em decisão unânime dos cinco árbitros, e a bolsista da categoria pódio saiu da China com a prata.
Ginástica Artística
A forte equipe masculina brasileira de ginástica artística, que já tinha levado o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima, garantido a vaga olímpica para Tóquio e terminado com a medalha de prata na disputa por equipes em Wuhan, deu ao Brasil nesta sexta mais três bons motivos para a torcida celebrar, agora nas provas por aparelhos, todas conquistas por integrantes da Bolsa Atleta.
O campeão olímpico Arthur Zanetti foi o segundo colocado na prova das argolas, sua especialidade, batido pelo chinês Yang Liu. O próprio Zanetti voltou ao pódio nos exercícios de solo, com o bronze. Dois chineses ocuparam as primeiras posições, com Shudi Deng em primeiro e Ruoteng Xiao em segundo.
Outro bronze veio no cavalo com alças, com Francisto Barreto Junior, também superado por uma dupla de chineses. Jingyuan Zou conquistou a medalha de ouro e Ruoteng Xiao ficou com a prata.
Atletismo
No Estádio Five Rings Sports Center, a atleta cearense Laila Ferrer ganhou a prata no lançamento do dardo, com 56,02m. A chinesa Li Zhang foi a campeã, com 63,02m, enquanto Lakmali Nadeeka, do Sri Lanka, terminou em terceiro, com 52,73 m.
Nos 100m com barreiras, Fabiana Moraes terminou perto do pódio. Ela foi a quarta colocada, com 14s25. A mesma colocação obteve o revezamento 4 x 400m masculino. Hugo Balduíno, Alexander Russo, Arthur Terezan e Lucas Carvalho cruzaram a linha de chegada em 3min11s01.
Nos 20km marcha atlética, Caio Bonfim, medalha de bronze no Mundial de Londres-2017, foi desqualificado a 10 metros da chegada, quando ganharia o ouro. Com isso, o chinês Xu Hao foi beneficiado e levou o título, com o tempo de 1h22min18s.
“A marcha atlética é um problema. Caio ultrapassou o chinês a 50 metros da chegada e foi desqualificado a 10 metros. Se fosse segundo, não seria tirado da prova. Caio não foi para o pit lane, mas acabou sendo punido injustamente. Os comandantes da equipe brasileira tentaram recorrer, mas o Caio não ultrapassou a linha de chegada (parou assim que recebeu o cartão vermelho)”, disse João Sena, técnico e pai de Caio, após analisar um vídeo da chegada.