Videorreportagens, textos e fotos mostram como os projetos são colocados em prática e os resultados alcançados em todo o país.
Informações: (61) 3217-1875E-mail:O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
Com participação especial de Petrúcio Ferreira e Verônica Hipólito, Paralimpíadas Escolares são abertas em São Paulo
- Detalhes
- Publicado em Quarta, 20 Novembro 2019 01:19
Sotaques, bandeiras, uniformes e expectativas de atletas de todo o país se reuniram na noite desta terça-feira, 19.11, no Pavilhão Oeste do Anhembi, em São Paulo. A Cerimônia de Abertura da edição de 2019 das Paralimpíadas Escolares simbolizou o pontapé inicial para três dias de competição em 12 modalidades no Centro de Treinamento Paralímpico da capital paulista, entre esta quarta-feira, 20.11, e a próxima sexta, 22.11. O evento, considerado o maior do planeta para adolescentes com deficiência, reúne mais de 1.200 meninos e meninas com idade entre 12 e 17 anos.
A Abertura recebeu representantes das três esferas de governo, dirigentes de entidades esportivas e ídolos paralímpicos que iniciaram a carreira brilhando no megaevento escolar. O secretário Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Décio Brasil, e o secretário nacional de Alto Rendimento da pasta, Emanuel Rego, participaram da cerimônia.
No time dos atletas convocados para servir de inspiração para os meninos e meninas, Verônica Hipólito e Petrúcio Ferreira foram os destaques. Os dois são medalhistas em mundiais, Jogos Parapan-Americanos e Jogos Paralímpicos e deram os primeiros passos rumo ao alto rendimento nas Paralimpíadas Escolares.
Petrúcio, por exemplo, foi um dos destaques da edição de 2013. Seis anos depois, ele acaba de chegar de Dubai, nos Emirados Árabes. Lá, conquistou o título mundial nos 100m e nos 400m na classe T47, para amputados do braço. O tempo de 10s42 registrado por Petrúcio na semifinal dos 100m livre transformou o brasileiro no atleta mais rápido da história das provas paralímpicas, levando em conta todas as classes.
"Despontei para o atletismo nas Paralimpíadas Escolares. Hoje tenho oportunidade de representar o meu país, a minha nação. Espero que vocês aproveitem ao máximo a experiência, se divirtam bastante e façam o que treinaram", convidou Petrúcio. Verônica Hipólito, que venceu uma série de tumores e cirurgias no fim de 2018 e voltou às pistas em alto rendimento recentemente, tem no histório medalhas em Jogos Paralímpicos e em Mundiais.
"Claro que aqui é uma competição, mas acima de tudo aproveitem para se divertir. Existem medalhas, recordes, mas não é só isso. Nessa idade é importante fazer o que vocês gostam e começar a correr atrás dos próprios sonhos. Corram, nadem, pulem, façam o que move seu coração, o que faz ele bater mais forte", afirmou Verônica.
Décio Brasil ressaltou a energia positiva dos atletas e pontuou a capacidade de superação de metas esportivas e de cidadania que os adolescentes demonstram. O secretário Especial do Esporte reforçou, também, a relevância da estrutura do Centro de Treinamento de São Paulo para o desenvolvimento do esporte paralímpico no país. O CT será palco da disputa das 12 modalidades do programa dos Jogos.
"Vocês são a essência da nossa existência como gestores do esporte. Nessa competição vocês vão conhecer o CT Paralímpico, uma grande parceria entre os governos federal, estadual e o Comitê Paralímpico Brasileiro. O CT tem colaborado para o esporte paralímpico nacional se tornar referência de preparação, treinamento e iniciação", disse, citando as campanhas históricas nacionais no Parapan de Lima, no mundial de natação de Londres, e agora, recentemente, com o segundo lugar no quadro de medalhas do mundial de atletismo de Dubai.
Secretária estadual dos direitos da pessoa com deficiência de São Paulo, Célia Leão ressaltou a importância dos investimentos no esporte paralímpico e de acreditar na inclusão como conceito. "A ONU foi inteligente ao definir quem somos e como somos. Chegou à definição de 'pessoas com deficiência'. É uma definição que ressalta, primeiro, que somos pessoas, sujeitas de direitos. Acreditar nas pessoas com deficiênca, na sua qualidade e na sua competencia, é fazer um país melhor, de todos", ressaltou Célia Leão, que é cadeirante.
Vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Ivaldo Brandão lembrou que, para chegar à versão nacional do evento, existem etapas locais e regionais, e que esse trabalho demanda a participação de quase 15 mil pessoas. "É isso que faz deste o maior evento do mundo para estudanes com algum tipo de deficiência na faixa de 12 a 17 anos".
Serviço