Ministério do Esporte Na Mata Atlântica, alunos do Segundo Tempo têm aula de sobrevivência na selva
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Na Mata Atlântica, alunos do Segundo Tempo têm aula de sobrevivência na selva

Para os alunos que costumam praticar vôlei, futebol de campo, judô, tênis de mesa e xadrez no programa Segundo Tempo/Forças no Esporte, a aula do dia 26 de setembro, além de interessante, foi muito diferente da rotina vivenciada no núcleo do Segundo Comando da Aeronáutica (II Comar) em Recife. Cerca de 100 alunos, entre 11 e 14 anos, aprenderam a sobreviver na selva. Em uma sala de aula montada dentro da floresta da Mata Atlântica, que circunda a Base Aérea do Recife (BARF), a garotada teve aulas teóricas e práticas ministradas pelo capitão Luiz Souto.

O ensinamento básico é necessário para a sobrevivência em um ambiente hostil, situação que geralmente acontece quando uma pessoa sobrevive de acidente aéreo ou quando ela se perde dos demais integrantes de um grupo durante um passeio. Ao entrarem na floresta, os jovens foram recepcionados pelo comandante do II Comar, major-brigadeiro do ar Pinto Machado, que deu as boas-vindas e desejou aos estudantes sucesso na empreitada. Na oportunidade, houve a formatura de início de expediente do batalhão seguido do canto do Hino Nacional entoado pela garotada junto à tropa.

Depois o grupo percorreu uma trilha, com toda a segurança, e passou por obstáculos naturais que a floresta proporciona, até chegar a uma sala de aula improvisada ao ar livre. O local, em formato de arena, foi construído com troncos de árvores, e tem capacidade para cerca de duzentos alunos.  

Da trilha até a sala de aula, os estudantes colocaram em prática os conceitos sobre orientação que tiveram há cerca de um mês. O ensinamento envolveu o uso de recursos disponíveis como mapa e bússola e, na ausência destes, a utilização de recursos naturais. Alternativas como a localização dos pontos cardeais por meio do sole  pelo Cruzeiro do Sul, à noite, também fizeram parte da programação. Os jovens instruíram-se ainda quanto à maneira de medir com os próprios passos um trajeto feito a cada 100 metros.

Na selva eles viram com se constroem abrigos e camas suspensas, para evitar o ataque de animais peçonhentos, e nas aulas de primeiros socorros tiveram noções de como agir se alguém se acidentar. "Eles aprenderam como imobilizar um membro quebrado e o que fazer em caso de fraturas expostas", detalhou o coronel-aviador Ubiratan Dias, coordenador de núcleo do Segundo Tempo/Forças no Esporte.

Água e comida
Mas as novidades não pararam por aí. Meninos e meninas descobriram como se alimentar sem mantimentos disponíveis nas cidades e a acender fogo sem isqueiro ou fósforos. Os jovens também observaram a construção de armadilhas para pequenos animais como uma arapuca feita com galhos de árvores e o laço preparado com cipós, para alçar a presa.

Para Matheus de Oliveira, 13 anos, a estrutura de abrigo construída foi o que mais lhe chamou a atenção. Para o filho de pai eletricista e mãe dona de casa, a cama, a mesa e o banheiro feitos de bambu são muito interessantes, assim como a utilização da folha de bananeira nos alimentos. "Nunca imaginei que a folha de bananeira fosse utilizada para assar alimentos no fogo", disse, surpreso, o estudante do 5º ano da Escola Estadual Fernando Morta.

A garotada conferiu de perto uma alternativa prática de encontrar água armazenada. "Cortamos o cipó d?àgua e eles provaram o líquido tão precioso à sobrevivência humana", lembrou o coronel-aviador Dias, ao ressaltar que um ser humano suporta até 28 dias sem comida, mas aguenta somente até 72 horas sem água.

"Aprendi muita coisa legal, como beber água no cipó e acender o fogo usando apenas a faísca gerada pelo roçar das pedras sobre a palha", destacou Vitória Lorena Cavalcante, 13 anos. Para a jovem, filha de mãe empregada doméstica e pai mecânico, tanto o  aprendizado de sobrevivência  na selva quanto a prática esportiva do Programa Segundo Tempo refletem positivamente em sua vida. "Minhas notas na escola estadual Eneide Rabelo são excelentes e  sou muito querida no programa, tanto que me sagrei capitã do grupo", finalizou.

Carla Belizária
Foto: divulgação
Ascom - Ministério do Esporte

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