Ministério do Esporte Programa do Ministério do Esporte resgata identidade e dignidade de ex-presidiária
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Programa do Ministério do Esporte resgata identidade e dignidade de ex-presidiária

A estilista de moda e costureira Selma Barbosa Lima, 39 anos, natural de Nova Xavantina, no Mato Grosso, é um exemplo de superação. A aptidão para o ofício nasceu de forma inusitada e sofrida. Foi depois de ser condenada por tráfico de drogas que a profissional redescobriu o mundo da costura, ao participar do Pintando a Liberdade, programa do Ministério do Esporte responsável pela ressocialização dos internos do sistema penitenciário, profissionalizando-os no ofício de confecção de artigos esportivos.

Selma teve seus sonhos interrompidos quando, por influência do ex-marido, entrou para o mundo do crime, foi presa e condenada por tráfico internacional de drogas, na cidade de Guajará-Mirim, em Rondônia. Após sair da prisão - 45 dias depois -, foi detida novamente pelo mesmo crime e condenada a 17 anos. Ela cumpriu pena durante seis anos, de 2000 a 2006, na Penitenciária Feminina de Piraquara, a 60 km de Curitiba, onde conheceu o Pintando a Liberdade.

Ao passar por uma seleção, Selma foi escolhida para trabalhar como costureira, ofício que já conhecia desde os 15 anos de idade. Com experiência na área não teve dificuldades em colocar em prática a velha ocupação. Segundo ela, o trabalho a ajudou a preencher os momentos de solidão e a falta dos pais e da filha residentes em Mato Grosso, e sem condições financeiras para visitá-la.

O tempo foi passando e Selma aperfeiçoou-se na profissão, sendo promovida à instrutora do programa Pintando a Liberdade. "O trabalho me engrandecia, ganhava por peça confeccionada e cheguei a receber mil reais por mês, valor o que não conseguia arrecadar lá fora. O tempo na prisão foi a oportunidade que a vida lhe ofereceu para recuperar a dignidade e a identidade perdidas. "O dinheiro do tráfico é muito fácil, vem muito rápido, mas não vale a pena porque a gente perde a dignidade, vira ninguém", afirmou a estilista.

Com total dedicação ao trabalho, Selma foi instrutora do Pintando a Liberdade, na penitenciária de Belo Horizonte, onde passou três meses; e dois meses no presídio masculino de Vitória, no Espírito Santo, ensinando os internos a confeccionar material esportivo. Ao sair da prisão, Selma voltou para sua terra natal, ganhou uma bolsa de estudo da prefeitura de sua cidade e foi estudar design de moda, na Universidade de Cuiabá (Unic), curso que concluiu no final de 2010.

No momento de mais uma conquista, Selma ganhou um grande presente: foi convidada a voltar a trabalhar em Curitiba, como instrutora do Pintando a Liberdade, programa que a acolheu quando passou por momentos difíceis e que também lhe ofereceu a oportunidade de repensar sua vida e mostrar às pessoas que se encontram nas mesmas condições que sempre existe uma chance para mudar e melhorar como pessoa. Mas os sonhos de Selma não param por aí: "Pretendo montar meu próprio negócio e quem sabe tornar-se uma grande empresária do mundo da moda", afirmou a mato-grossense.


Cleide Passos
Foto: divulgação/SJPR
Ascom - Ministério do Esporte
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