Ministério do Esporte Funcionários públicos de El Salvador aprendem na Bahia a produzir material esportivo
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Funcionários públicos de El Salvador aprendem na Bahia a produzir material esportivo

Um termo de cooperação técnica internacional, firmado entre o Ministério do Esporte do Brasil e o governo de El Salvador, garantiu a vinda de seis funcionários públicos salvadorenhos à cidade de Feira de Santana (BA). O motivo: aprender o ofício da produção de material esportivo. Durante uma semana, os alunos, que são vinculados ao Ministério da Justiça e Segurança Pública do país da América Central, estão aprendendo a costurar bolas e redes de cinco modalidades, além da arte da serigrafia. Com a experiência adquirida, eles serão multiplicadores do ensinamento a 200 presidiários na fábrica do Pintando a Liberdade, programa do Ministério do Esporte brasileiro que será implantado nos próximos meses naquele país.

Eles vieram, viram e sentiram orgulho em fazer. "Tivemos uma grande surpresa com essa equipe, pois é a mais interessada que já vimos por aqui. Eles se empenharam e aprenderam rápido", afirmou Jonas Carneiro Leite, supervisor do curso de capacitação. Ao lado dele, o coronel de 62 anos Wido Martínez, assessor de segurança da Direção Geral de Centros Penais de El Salvador. Ele deixou de lado o cargo e a patente para fazer o curso prático da confecção de redes esportivas. Um trabalho que, segundo o coronel, é essencial para o seu país.

Na quadra poliestportiva da Fundação de Apoio ao Menor de Feira de Santana (FAMFS), o militar apresentou com orgulho o resultado do seu esforço: uma rede de futebol. Sem reclamar do cansaço pelas oito horas de trabalho diárias de produção, disse que aquela era uma experiência inédita em sua vida. "Essa será uma atividade muito importante para o governo salvadorenho e para as famílias dos detentos, que passam a desenvolver as mesmas atividades", afirmou.

A alegria foi a mesma para outro aluno: Carlos Ernesto Letona, que levou dois dias para costurar sua primeira bola. Segundo o coordenador de programas institucionais, o trabalho requer muita dedicação e concentração: "Hoje aprendi a costurar minha primeira bola de futebol. É a criação de uma nova cultura de trabalho em meu país".

Há oito anos na costura de bolas na FAMFS, Maria José de Souza Santos foi uma das escolhidas para capacitar a equipe. Ao passar todas as dicas aos futuros costuradores de bola, ela explica: "A bola, ainda não montada, vem com 32 células cortadas à máquina, no formato adequado para ser montada".

Trabalho braçal
Outra pessoa que veio a Feira de Santana com a missão de aprender e sair da cidade baiana com a missão de professor foi José Edgardo Hernandez. O auxiliar administrativo, que atua no setor de informática, deixou o trabalho intelectual para investir no trabalho braçal, ao lado da colega Karina Amaya, assistente social nos centros penais. Enquanto ele desenvolvia o processo de transferência através de uma tela, ela o acompanhava realizando a finalização do produto, com um secador nas mãos. "Nesse caso, a serigrafia é a logomarca do governo do Brasil. Meu maior orgulho será quando, chegando em casa, ao invés de colocar a logo brasileira, eu possa substituí-la pela de El Salvador", revela Hernandez.

Ao retornar para a terra natal como professores na produção de material esportivo, os salvadorenhos serão peça fundamental na multiplicação do ofício. A primeira fábrica do país terá uma produção inicial de 22,5 mil bolas e 4 mil redes de cinco modalidades, incluindo a versão mirim.

"A montagem da fábrica, com equipamentos e matéria-prima, é uma doação do Ministério do Esporte do Brasil: cerca de R$ 1 milhão", calcula Gerêncio de Bem, gerente dos programas da dobradinha Pintando a Liberdade/Cidadania.

Confira a reportagem em vídeo


 
Carla Belizária
Foto: Francisco Medeiros
Ascom - Ministério do Esporte
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