Ministério do Esporte Ex-presidiário se transforma em maior empresário de Minas na produção de redes esportivas
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Ex-presidiário se transforma em maior empresário de Minas na produção de redes esportivas

Personagem real de uma vida desafiadora, a história de Edson Roberto Guido, 39 anos, é digna de novela: repleta de espinhos, com perdas irreparáveis de entes queridos, solidão, delinqüência e resgate. Serve de exemplo para quem um dia escolhe o caminho do crime e acredita que não há esperança de mudar.  Para o ex-detento (à esquerda na foto), o esporte foi a luz no fim do túnel capaz de transformá-lo no maior fabricante de redes esportivas do estado de Minas Gerais.

Desde criança, o filho mais novo de uma família de oito irmãos não conhece o pai. Quando Guido tinha 14 anos, sua mãe, residente em Piracicaba (SP), faleceu vítima de doença de Chagas. "Nós comemorávamos a virada do ano e na manhã seguinte ela amanheceu morta. Fiquei desesperado", recorda-se. Por encontrar-se sozinho - os irmãos mais velhos moravam em cidades distantes -, ele conquistou a maioridade.

Logo começou a luta pela sobrevivência. Trabalhou como vendedor de lojas de brinquedos e de roupas e acessórios de estilo country. Foi pedreiro em canteiro de obras e balconista de padaria. Ao trabalhar como garçom, na madrugada, conheceu as "facilidades ilusórias" oferecidas pelas drogas, como o dinheiro fácil.

No auge da juventude, com apenas 19 anos, Guido foi condenado a 10 anos de prisão por tráfico. O que parecia o fundo do poço na verdade serviu de motivação para uma radical mudança. Detento na penitenciaria de Ahú, em Curitiba, e na Colônia Penal de Piraquara, na região metropolitana da capital paranaense, aprendeu a confeccionar redes esportivas. Foram três anos de trabalho e aprendizagem nas fábricas de material esportivo do programa Pintando a Liberdade, do Ministério do Esporte, em Piraquara.

Talento
Guido ocupava o tempo ocioso, aprendia uma profissão e recebia por produção. A cada três dias trabalhados, tinha um dia abatido na pena. Assim, sua sentença foi reduzida para sete anos. "Agarrei com unhas e dentes a chance que o esporte colocou em minha vida. Mas foi durante o regime semi-aberto que demonstrei meu talento profissional", conta.

Em 2001, quando Guido cumpria a progressão de pena, o Ministério do Esporte implantou uma fábrica do Pintando a Liberdade na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande Belo Horizonte. O órgão precisou de um instrutor de confecção de redes, e Guido foi contratado para a missão de ministrar as aulas durante dois anos. "Ele sempre foi excelente profissional de redes. Tinha didática e facilidade de se expressar como os demais presos," destaca o gerente nacional do programa, Gerêncio de Bem.

Ao sair do presídio, Guido montou uma cooperativa de artesãos de redes esportivas. Atualmente, é dono de seu próprio negócio, a Redes Paraná, uma empresa privada.  Casado e pai de três filhos, o bem sucedido empresário emprega, com carteira assinada, cerca de 30 funcionários. Desse numero, 50% são ex-detentos, que recebem, em média, salário de R$ 900,00.

Diversificados, os produtos confeccionados vão desde modelo básico ao profissional de competição: redes de futebol de campo, futsal, vôlei, peteca e basquete. Também são produzidas redes de proteção para fechamento de quadras esportivas - teto, lateral e arquibancadas. A produção, feita em grandes quantidades, tem como foco principal atacadistas, distribuidores e lojas do ramo.

Carla Belizária
Foto: Divulgação/Ministério do Esporte
Ascom - Ministério do Esporte
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