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Programas do Ministério do Esporte transformam vida de família no Entorno do DF
- Detalhes
- Publicado em Quarta, 01 Junho 2011 15:15
Moradora de Valparaíso (GO), uma das quatro cidades do Entorno do DF que fazem parte da lista das mais violentas do Brasil, a dona de casa Sonia Aparecida Silva Souza, 42 anos, encontrou no esporte a fórmula para melhorar de vida e blindar a família contra os perigos da região.
Sua atuação e a de dois filhos nos programas Segundo Tempo e Pintando a Cidadania aumentaram a renda familiar. Antes, Sonia contava apenas com o salário mínimo do marido serralheiro para pagar o aluguel e a alimentação de quatro filhos. Hoje, a realidade é outra: a família adquiriu casa própria, Sonia e o filho Raíson, 20 anos, estão na universidade - cursam pedagogia e educação física, respectivamente - e Luiz Henrique, 17, fará um teste para jogar futebol no América-MG.
Tudo começou há cinco anos. Raison e Luiz Henrique foram beneficiados pelo Segundo Tempo, programa de inclusão social do Ministério do Esporte. Preocupada com a segurança dos filhos, a mãe enfrentava poeira diariamente para acompanhá-los num trajeto de uma hora, de casa ao clube da Bungee, no setor de chácaras Marajoara, às margens da BR-040, no município de Luziânia (GO).
A prática esportiva, o reforço escolar e a alimentação gratuita, além do convívio com outros estudantes, eram uma oportunidade única para os dois garotos. Ao constatar a felicidade e a evolução dos filhos, Sonia passou a acompanhá-los como voluntária do programa. Enquanto isso, Raíson trocava os jogos de videogame e as brincadeiras de rua por futebol e vôlei. "Fico maluco só em pensar na primeira vez que estive no programa. Era tudo o que faltava à minha vida, bastante ociosa na época", lembra.
Motivação
Muito tímido ao entrar no Segundo Tempo, de pouca conversa e raras amizades, Raíson melhorou as notas e superou uma repetência graças ao reforço escolar. Ele encontrou no programa do Ministério do Esporte a motivação para concluir o ensino médio e a inspiração profissional. Ao ser aprovado na Faculdade Albert Einstein, em Luziânia, o esporte surgiu novamente em seu caminho.
O curso de educação física o habilitou ao cargo de monitor do Segundo Tempo. Raíson recebe mensalmente R$ 750,00, dos quais R$ 250,00 são usados para pagar a faculdade. O universitário trabalha no núcleo Recanto das Águas, que atende a crianças carentes dos bairros Friburgo, Nápolis e Colina Verde, em Cidade Ocidental (GO). "Passou uma fita em minha cabeça", revela Raíson, ao comparar sua experiência com a de seus alunos.
Costureira
Sonia conheceu a fábrica do Pintando a Cidadania, programa de produção de material esportivo do Ministério do Esporte. A unidade funciona em Céu Azul, bairro de Valparaíso (GO), numa parceria com a Cooperativa Cooperação. Lá aprendeu a profissão de costureira de camisas, recebendo por produção. Ela se inspirou em Raíson e prestou vestibular. Hoje é estudante universitária de pedagogia e trabalha como monitora do Programa Segundo Tempo.
Já Luiz Henrique, ex-aluno que adorava pintar e desenhar durante a recreação do Segundo Tempo, aprendeu a arte da serigrafia no Pintando a Cidadania. Pinta bonés e camisetas, com salário de R$ 600,00. O jovem sonha em ser jogador de futebol. Ele viaja na próxima quarta-feira (08.06) para Belo Horizonte, onde fará um teste no América-MG.
Novos núcleos
Atualmente em fase de prestação de contas junto ao Ministério do Esporte, o convênio do Instituto Pró Ação atendeu até o inicio de 2011 a 6 mil crianças em 30 núcleos, distribuídos por 10 polos (endereços), nas cidades goianas de Valparaíso, Cidade Ocidental e Luziânia. A renovação da parceria prevista para o próximo recesso escolar - julho - prevê a implantação de novos núcleos.
"Esperamos inaugurar unidades em Novo Gama (GO) e no Varjão, área do DF com histórico de assentamento em sua criação", antecipa o presidente do Instituto Pro Ação e da Cooperativa Cooperação, Zilmar Moreira. A proposta é que os programas por meio do esporte atuem em três das quatro cidades apontadas como as de maior índice de homicídios: Novo Gama, Luziânia e Valparaíso, por meio do Segundo Tempo, e em Águas Lindas.
"Praticando esporte, em local seguro, crianças e jovens estão longe da violência das ruas, do perigo das drogas e do abuso", afirma o secretário Nacional de Esporte Educacional, Wadson Ribeiro.
Carla Belizária
Foto: Divulgação
Ascom - Ministério do Esporte