O topo do sonho: esporte impulsiona viagem de ressocializadora de presos ao Everest

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Publicado em Segunda, 28 Março 2011 10:00

O esporte faz toda diferença na desafiadora vida da diretora-geral de ressocialização do sistema carcerário do Espírito Santo, Quésia Cunha. Aos 40 anos, ela encontra no trekking - caminhadas por trilhas em áreas naturais - a disposição que precisa para comandar um batalhão de 12 mil internos (mulheres e homens) em 32 presídios no Estado. Em sua última aventura, uma expedição ao Monte Everest, ela caminhou em 16 dias 150 km para realizar o sonho de deixar ali a marca dos presos que produzem material esportivo dos programas Pintando a Liberdade e Pintando a Cidadania, do Ministério do Esporte: tirar uma foto com a bandeira nacional feita por eles. A bandeira brasileira usada pela ressocializadora no Everest foi confeccionada em Valparaíso (GO), por integrantes do programa Pintando a Cidadania. Junto com o Pintando a Liberdade, os programas permitem que presos trabalhem, ajudem suas famílias e caminhem rumo a um futuro melhor. Em Valparaíso, a ação conta com a parceira do Instituto Pro Ação e atende às comunidades, gerando renda para 100 mães, que são costureiras e carentes. Estar a mais de 5 mil metros de altitude, no acampamento base do ponto mais alto do planeta, foi a maior peripécia da vida da psicóloga. A montanha de 8.850 metros em formato de pirâmide fica na cordilheira do Himalaia, na fronteira da China (Tibet) com o Nepal. A aventura contou com a participação das amigas Paula Frizz e Ade Razera e de um guia turístico. Elas viajaram para lá em outubro, no final da primavera. "Estava menos frio, porém ainda enfrentamos baixas temperaturas e bastante neve", lembra. Para encarar as adversidades da viagem, Quésia se preparou muito. Durante seis meses fez, pelo menos, duas horas diárias de ginástica na academia, exercícios constantes --subindo e descendo escadas - e muitas caminhadas na areia para aumentar a resistência. "O segredo do sucesso foi estar preparada fisicamente, psicologicamente e com equipamentos adequados", explica. O objetivo da viagem, conta ela, não foi apenas a superação física. "Nossa expedição foi muito mais que isso. Foi de aprendizado, de crescimento e de transformação pessoal", revela. Foto legenda: Quésia Cunha entre as duas amigas com o Everest ao fundo. Carla Belizária Ascom - Ministério do Esporte

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