Ministério do Esporte Etnia brasileira que não fala português, os Enawene-Nawe detêm a arte do futebol de cabeça
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Etnia brasileira que não fala português, os Enawene-Nawe detêm a arte do futebol de cabeça

Indígenas habitantes do estado do Mato Grosso, os Enawene-Nawe são um povo que vive isolado da civilização, fazendo com que seus costumes sejam mantidos com mais rigor. No seu dia-a-dia, preferem beber água com mel em vez de de água pura. Os integrantes dessa etnia adoram comer peixe e não falam sequer uma única palavra em português. Esse é o perfil do povo indígena detentor da arte de jogar o esporte tradicional do futebol de cabeça. Na noite do domingo último (01/11), os Enawene-Nawe se apresentaram para um público de mais de 13 mil pessoas na arena dos Jogos dos Povos Indígenas, em Paragominas (PA). Utilizando uma bola confeccionada por eles mesmos, com 10 centímetros de diâmetro e feita de látex da seringueira - árvore nativa da Amazônia - os jogadores mostraram um futebol diferente. Os atletas interagiram com dois moradores locais e com o público, que sorria da falta de habilidade com o esporte por parte dos dois convidados. Cada um deles participou de times adversários. A falta de habilidade dos aprendizes de jogador de futebol de cabeça arrancou sorrisos e aplausos dos presentes. Os dois homens foram presenteados, ao final da "pelada", com arcos e flechas. Em seguida, os Enawene-Nawe saudaram os paragominenses. "Arriratarara, Arriratararraia", gritaram eles ao público, repetindo a mesma saudação, que significa, na língua portuguesa, "todos jogando bola". Inocência à flor da pele De tão felizes com a recepção, houve, por parte dos próprios Enawene-Nawe, a iniciativa de pedir à organização do evento para que pudessem mostrar sua dança ao público. Usando indumentárias sobre o corpo, pintado integralmente de vermelho extraído do urucum, além de cocares na cabeça e arco e flechas na mãos, os indígenas mostraram que a amizade entre raças está em primeiro lugar. "Muito alegre nossa", disse um dos integrantes indígenas, arriscando uma comunicação com os não-índios, numa demonstração de alegria e amizade. A etnia, cuja cultura não permite ser fotografada porque acredita que "a foto rouba a alma", deu exemplo de sabedoria ao mostrar que o esporte se destaca cada vez mais como ferramenta de superação de diferenças. Carla Belizária Foto: Francisco Medeiros Ascom - Ministério do Esporte

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